Desfibrilador será obrigatório em estabelecimentos com grande circulação de pessoas
Março 07, 2008
O Diário Oficial da Cidade publicou na última
quarta-feira (5) o Decreto nº 49.277, do prefeito Gilberto Kassab,
regulamentando legislação que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de
aparelhos desfibriladores na Cidade. A partir de agora, locais de alta
concentração de pessoas, como aeroportos, shopping centers, centros
empresariais, estádios de futebol, hotéis, hipermercados, supermercados, casas
de espetáculo e espaços de trabalho serão obrigados a manter em suas instalações
desfibriladores elétricos e automáticos, em áreas de fácil acesso.
O desfibrilador é um aparelho que, por meio de choques elétricos, pode fazer
voltar a bater o coração que tenha sofrido parada cardiorrespiratória. O decreto
do prefeito de São Paulo regulamenta a Lei nº 13.945, de janeiro de 2005,
alterada pela Lei nº 14.621, de dezembro de 2007.
Estão obrigados a dispor de desfibriladores estabelecimentos que tenham mais de
1 mil pessoas concentradas ou aqueles nos quais haja circulação média de mais de
3 mil pessoas por dia. A legislação também abrange clubes e academias com mais
de 1 mil sócios e instituições financeiras e escolas com concentração ou
circulação média diária com mais de 1.500 pessoas. O objetivo é criar condições
para o uso do aparelho desfibrilador em até cinco minutos após a ocorrência de
um problema coronário.
A vantagem do desfibrilador automático é que, depois de acoplado ao tórax do
paciente por meio de eletrodos (cabos), o aparelho identifica se há necessidade
de aplicar o choque ou não. "O aparelho é automático e checa a condição da
pessoa. Se o coração parou, ele pode voltar a bater depois do procedimento",
explicou o coordenador de Regulação Médica do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência) de São Paulo, médico Domingos Guilherme Napoli. O SAMU (telefone
192) atende cerca de 40 ligações diárias de pessoas que tiveram problemas
cardíacos em casa, na rua ou no trabalho.
O desfibrilador salva vidas porque o tempo de espera por uma equipe médica de
urgência pode ser fatal. "Diante de uma parada cardíaca, temos prazo de cinco a
seis minutos para reverter o quadro. Nesse período, alguém providencia o
aparelho, dá o choque e faz o coração voltar a bater", salientou o médico Napoli,
lembrando que o desfibrilador é de fácil manuseio, mesmo por leigos, embora
entenda que os estabelecimentos abrangidos pela legislação devam contar com
equipes qualificadas.
A legislação especifica que o aparelho seja instalado externamente, tenha
funcionamento automático e uso facilitado, enquanto a equipe de emergência chega
ao local de atendimento. "É como utilizar um equipamento de incêndio, em que a
pessoa quebra o vidro e imediatamente usa a mangueira ou o extintor para apagar
o fogo, enquanto os bombeiros não chegam", comparou o coordenador do SAMU. Daí
também a necessidade de o desfibrilador ser automático, pois os aparelhos
manuais são de uso exclusivo dos médicos, profissionais que decidem ou não sobre
a necessidade de aplicar o choque a partir do estado do paciente.
Mesmo que seja de fácil utilização, os estabelecimentos serão obrigados a manter
pessoal capacitado para manusear o desfibrilador. A lei prevê que a prestação do
serviço poderá ser terceirizada com a contratação de empresas cadastradas em
órgãos de vigilância sanitária. Os locais que já possuem serviços médicos
deverão colocar o funcionamento do desfibrilador sob responsabilidade de sua
equipe médica, incluindo a nomeação de um profissional responsável.
Fonte: Prefeitura de São Paulo
[Convide um(a) amigo(a)] a ler esta página [Efetue um comentário sobre esta reportagem]
Outras notícias
Solo inspirado na vida de Sarah Bernhardt faz um mês de temporada gratuita na Biblioteca Mário de Andrade. Depois de temporada esgotada na Arena B3, o espetáculo volta ao cartaz. No palco, uma profunda reflexão sobre o legado da icônica atriz Sarah Bernhardt, os desafios das mulheres no mundo das artes, e principalmente, no Teatro.
Festa Julina do Largo da Batata terá show do Circuladô de Fulô e comidas típicas. Evento gratuito e pet friendly segue celebrando a cultura caipira com cerca de 50 tendas de quitutes e animação da quadrilha Asa Branca.
Nas férias, Festival Allegria reúne atrações gratuitas de teatro musical e circo na capital. O festival acontece entre os dias 5 e 27 de julho, em equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa de São Paulo.
Em clima de férias, Menu Cultural de julho oferece pratos com gostinho de infância e reflete sobre a alimentação infantil. Com o tema Comida de Criança, nova edição da feira gastronômica mensal do IC leva ao Bulevar do Rádio, entre a instituição e o Sesc Avenida Paulista, barracas de cinco empreendimentos culinários e de uma livraria, além de roda de conversa. Cardápio conta com doces inspirados em sabores africanos, opções salgadas e bebidas.
O Mundo do Circo SP abre as portas ao respeitável público com programação gratuita nas férias de julho. Cabaré do Mercosul, do Circo Delírio, com artistas do Uruguai e Argentina, e apresentação da renomada companhia Pia Fraus são destaques do mês.
+ Mais notícias
|
|