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Prefeitura capacita para o trabalho mulheres vítimas de violência doméstica
Maio 04, 2011

O projeto Excelência na Hospitalidade, da Prefeitura de São Paulo, capacita profissionalmente mulheres de baixa renda para o exercício de diversas funções de hotelaria. A iniciativa é resultado de parceria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Semdet) com a Associação Paulista de Apoio à Família (Apaf). A formatura da primeira turma dos participantes do projeto será realizada no próximo sábado, às 14h, na sede da entidade, no Centro.

Das 38 mulheres que se inscreveram para essa primeira edição do curso, 28 participarão da formatura. São histórias de mulheres com os mais variados perfis, principalmente vítimas de violência doméstica. No projeto, existe um curso com duração de 200 horas, sendo 4h/dia, em que as alunas recebem treinamento teórico e prático nas funções de camareira, garçonete, cozinheira, confeiteira e lavadeira. Após esse período de aulas teóricas, elas passam por vivência prática em hotéis e outros estabelecimentos da Cidade.

O projeto Excelência na Hospitalidade terá 40 vagas disponíveis para a próxima turma, que começa no dia 6 de junho. As inscrições já estão abertas.

Violência doméstica

Segundo dados divulgados pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), a cada dois minutos cinco mulheres são espancadas no Brasil. Esse tipo de violência não se restringe ao território brasileiro.

As colegas de curso do Excelência na Hospitalidade, que por segurança recebem os nomes fictícios de Antonia e Ana, fazem parte dessa triste estatística. Duas pessoas, duas nacionalidades, mas com uma história comum a muitas outras mulheres no País: a violência doméstica.

Quem vê Antonia, toda sorridente, nem imagina o que ela já passou. Seu ex-marido tem dependência alcoólica, doença que destrói muitos lares: “As bebedeiras eram o combustível para as agressões morais e físicas, que me forçaram a sair de casa com os meus filhos para uma das Casas de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, mantidas pela Prefeitura”, conta.

Orientada pelo Centro de Referência e Assistência Social (Cras), Antonia recebeu o auxílio para custear o aluguel social e informações sobre o curso. “Durante as aulas, comecei a recuperar a minha auto-estima e a sonhar com um futuro melhor pra mim e para os meus filhos”.

As ações de violências moral e física no caso de Ana também foram desesperadoras. Estrangeira em visita ao Brasil, ela se apaixonou pelo País e por um brasileiro. “Vim passear e acabei me casando e ficando no País. Ajudava o meu marido a tocar um pequeno comércio na Zona Sul da Cidade”, lembra. “Aos poucos, sob o pretexto de cuidar mais dos filhos e da casa, meu marido foi fazendo com que ficasse isolada em casa. Não me deixava trabalhar nem estudar”, desabafa.

Depois das privações, começaram também as agressões morais. “Meu marido vivia me menosprezando na frente da família, dos amigos e até dos filhos”, diz. Quando Ana resolveu pedir a separação, as coisas pioraram. “Não vi alternativa. Fiz a mala com o que sobrou e fui para rua com os meus filhos”.

Ana recebeu o apoio da Coordenadoria da Mulher, da Secretaria Municipal de Participação e Parceria. “Finalmente, comecei a realizar o meu sonho de estudar”.

Superação para vencer a droga

Outra aluna do curso, identificada apenas como Manuela, teve forte depressão e o uso freqüente de crack a levou ao fundo do poço. “Cheguei a ser presa por roubar um telefone celular para comprar drogas e vivia a vagar pelas ruas do meu bairro, mesmo grávida de meu segundo filho”, lembra. Após cumprir a pena e o nascimento do filho, Manuela percebeu que precisava mudar de vida. “Não sabia por onde começar. Existe muito preconceito com egressos do sistema penitenciário, ainda mais ex-usuário de drogas”.

Foi então que Manuela t omou conhecimento do curso. “Apesar da distância, não tive dúvidas e fiz minha inscrição”. Ela leva quase duas horas de sua residência até o Centro da Cidade, onde são ministradas as aulas. Surge então mais uma barreira, os gastos com a condução. “Pego três conduções para chegar e outras três para voltar para casa. Sem o auxílio concedido pela Prefeitura não teria como continuar o curso”, diz Manuela.

Inscrições

O projeto Excelência na Hospitalidade oferecerá 40 vagas para a segunda turma do curso, que está com as inscrições abertas e se inicia no dia 6 de junho. Para participar do projeto, a candidata deve atender ao perfil de beneficiários do Programa Operação Trabalho (POT).

As exigências são que a mulher tenha 18 anos, ensino fundamental, esteja desempregada há no mínimo quatro meses, não receba seguro-desemprego e tenha renda per capita familiar de meio salário mínimo. A interessada deve apresentar no ato de inscrição na sede da Apaf, na rua Avanhandava, 485, Centro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, cópias do RG, CPF, comprovante de residência e das páginas de identificação e último registro da Carteira Profissional. As beneficiárias do projeto recebem bolsa-auxílio no valor de R$ 381,50, concedida pelo POT.


Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de São Paulo


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