Lei Antifumo melhora saúde da população
Março 11, 2010
Depois de 7 meses, a Lei Antifumo tem bons
números para comemorar. Queda de 73,5% nos níveis de monóxido de carbono, 219
mil ações de fiscalização, 761 multas, aumento de 40% na procura por tratamento
contra o tabagismo e 6 estados que também proíbem o fumo em local fechado, além
de São Paulo. São eles Rio de Janeiro, Paraná, Amazonas, Rondônia, Roraima e
Paraíba. O cumprimento da lei também segue superior a 99%.
Pesquisadores ainda têm a expectativa de que em agosto, quando a lei completar
um ano, o número de casos de pessoas que morrem de problemas como infarto e
derrame cerebral, doenças, muitas vezes, provocadas pelo cigarro, sofra uma
redução entre 10% e 30%.
Estudos apontam que o número de ataques cardíacos
na Europa e América do Norte chegaram a cair em torno de um terço após a
introdução das leis que proíbem o fumo em locais públicos.
O primeiro estudo, realizado pela Universidade do
Kansas em 11 regiões diferentes nos EUA, Canadá e Europa, indica que o número de
ataques cardíacos reduziu em até 26% por ano depois da adoção das leis. A
segunda pesquisa sobre o assunto, realizada pela Universidade da Califórnia na
América do Norte, Itália, Escócia e Irlanda, mostra que a redução do risco de
ataques cardíacos após a adoção das leis antifumo chegaram a 17% apenas no
primeiro ano de vigência da lei.
"Em todos os países onde se restringe o fumo nos ambientes fechados há claros
sinais de melhoria na salubridade dos ambientes e na saúde da população. Em São
Paulo não está sendo diferente", diz o secretário da Saúde, Luiz Roberto
Barradas Barata.
Frequentadores e empregados das casas noturnas paulistas foram os mais
beneficiados pela lei que proíbe o consumo de derivados de tabaco em ambientes
fechados de uso coletivo. Segundo estudo do Instituto do Coração do Hospital das
Clínicas, nos ambientes fechados desses locais, houve uma redução de 73,5% nos
níveis de monóxido de carbono. Nas casas noturnas, o nível de monóxido de
carbono ambiental em áreas totalmente fechadas antes de a legislação entrar em
vigor era de 5,02 ppm (partes por milhão). Atualmente a taxa caiu para 1,35.
Nos bares, a redução da poluição ambiental nas áreas inteiramente fechadas foi
de 73,1% no período, passando de 5,02 ppm para 1,35 após a lei, e de 48% no
organismo de empregados não fumantes (7,22 para 3,75 ppm). Nos restaurantes,
houve diminuição de 67,8% no nível de monóxido de carbono ambiental das áreas
fechadas e de 44,7% na contaminação do organismo de trabalhadores não fumantes
por CO2.
No organismo humano, o monóxido de carbono concorre com o oxigênio
causando menor oxigenação do sangue, células e tecidos. Aos poucos, essa
condição metabólica acelera o envelhecimento do endotélio, camada de células que
formam a parede de vasos e artérias do corpo humano.
Num processo em cascata, surgem inflamações e obstruções dessas vias de passagem
do sangue no organismo, que, nessa condição, não conseguem alimentar de oxigênio
e nutrientes o corpo humano. A evolução deste processo pode levar à ocorrência
de infarto do miocárdio e de acidente vascular cerebral, além de trombose em
membros diversos.
A procura por um tratamento contra o tabagismo aumentou 40% em São Paulo desde a
entrada em vigor da lei antifumo. "As pessoas estão mais motivadas por causa da
exposição que o assunto ganhou na mídia", diz Luizemir Lago, diretora do Cratod
(Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas), da Secretaria da
Saúde.
Ela explica que o tratamento é dividido em duas fases. Na primeira, o paciente
recebe orientações e, em alguns casos, pode receber medicações, como pastilhas
de nicotina. A etapa dura cerca de um mês. Na segunda parte, o fumante recebe
acompanhamento para lidar com as crises de abstinência.
Quem quiser informar sobre o descumprimento da lei, pode fazer a denúncia por
meio do telefone 0800 771 3541 ou pelo site www.leiantifumo.sp.gov.br.
Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo
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