Sinopse: Sallisa Rosa ocupa a Galeria Praça, na Pina Contemporânea, com sua primeira grande instalação composta principalmente por esculturas em cerâmica, abordando questões ligadas a memória, ancestralidade, paisagem e erosão da terra. A instalação foi inicialmente exposta em dezembro, na Collins Park Rotunda, em Miami. Em sua prática artística, Sallisa trabalha com fotografia, vídeo, performance e instalação. Seu trabalho explora a conexão humana com a terra, utilizando o barro coletado como material e estabelecendo um vínculo único com o solo e o território. Em “Topografia da Memória”, Rosa desenvolve a noção de “programação da memória” introduzida em sua produção anterior. Cada uma das esculturas é uma expressão única das suas memórias de Rosa. A instalação desenha uma paisagem imaginária: mais de 100 peças em argila coletada moldadas à mão criam uma experiência imersiva para o público explorar. As esculturas no chão têm a forma de estalagmites, criando uma espécie de caverna, enquanto esculturas esféricas pendem do teto no espaço expositivo, em uma composição que lembra um planetário e simbolicamente abraça o infinito do cosmos. Com este trabalho, o objetivo de Sallisa é explorar formas coletivas de recordação, estabelecendo uma conexão entre a erosão da terra e a erosão da memória. Seu uso de barro coletado, que valoriza o saber tradicional e preserva métodos de trabalho não industriais, desempenha um papel fundamental em sua produção, pois a artista acredita que a cerâmica tem a capacidade simbólica de armazenar a memória e nos ajudar a recordar.