Comércio e Serviços | É grátis! | Shows | Teatro | Atividades Infantis | Dança | Música Clássica | Exposições | Cinema | Contato

Zoológico inaugura Espaço Abaré para divulgar cultura indígena
Fevereiro 18, 2010

Desde a última quarta-feira, 10, no Zoológico de São Paulo, todo dia é dia de índio. Considerado um desafio até então, o trabalho com a temática indígena nas atividades do parque se tornou possível com a inauguração do Espaço Abaré, sonho que se tornou em realidade graças à equipe da Educação Ambiental do parque. A grande oca, que reúne objetos, informações, e imagens de vídeo relacionados às mais de 200 etnias indígenas do Brasil começou a tomar forma há menos de um ano, quando a Fundação Parque Zoológico conquistou a parceria da Cia. Cacique de Café Solúvel para a realização.

"Foi uma coincidência de interesses", afirmou o presidente da Fundação Zoológico de São Paulo, Paulo Bressan, na cerimônia de apresentação do novo local. Ele explicou que a intenção de ter uma área dedicada à cultura indígena já contava pelo menos cinco anos. "Desde que conheci dona Marina e a sua preocupação de que o acervo que tem em casa (reunido pelos irmãos Villas Bôas) não se perca e seja do conhecimento das pessoas", disse, referindo-se à viúva do sertanista e indigenista Orlando Villas Bôas. "O Zoo quer fazer parte dessa história como divulgador", completou.

Marina Villas Bôas e o filho Noel prestigiaram a inauguração do espaço, que ajudaram a elaborar. "Eles tiveram papel fundamental na nossa pesquisa", conta a bióloga da equipe de Educação Ambiental do Zoo, Sabrina Romano.

Noel se disse agradecido pelo convite para a participação no projeto. Segundo ele, ao atendê-lo ficou muito feliz por encontrar uma equipe bem preparada e envolvida. "Acho muito bom que se tenha esse espaço aqui, pois possibilita uma visão da relação desses povos com os animais", destacou. Para Marina Villas Bôas, o Abaré proporciona ao povo o conhecimento da cultura indígena e da história. "A gente não pode esquecer as nossas raízes", concluiu ela.

Diversidade

O esforço de criação do Abaré, que em tupi-guarani significa amigo, teve como base a proposta de abordar variados aspectos da cultura indígena para resgatar um pouco da história do povo brasileiro. "A principal mensagem que a gente quer passar é a do respeito pela diversidade biológica e cultural", diz a bióloga Sabrina Romano.

Ela conta que o objetivo principal da nova atração educativa do Zoo é disseminar esse conhecimento e destacar a forma como o índio se relaciona com o meio ambiente: "Que é mais sensata, mais harmônica", afirma. Para isso, a equipe "mergulhou no universo indígena, por meio de intensa pesquisa em livros, vídeos, lojas autorizadas de artigos confeccionados por índios e no contato com a família Villas Bôas.

O resultado pode ser visto nos painéis que discorrem sobre o que é ser índio, quantas etnias há no Brasil, a relação dos povos com a natureza, entre outros aspectos. Tudo isto está disposto na frente da oca, cujo interior é cenário para diversos artefatos usados pelas mais diversas etnias. São peças de caça e pesca, de cerâmica, adornos, utensílios femininos e masculinos, além de instrumentos musicais, brinquedos e cestaria.

Um vídeo, também na parte interna, apresenta a estrutura das sociedades indígenas, por meio das relações com as crianças e com o trabalho, por exemplo. Atrás da oca foi criada uma minirroça com espécies produzidas e consumidas pelos índios, como mandioca e urucum.

Faz parte ainda da iniciativa a visita monitorada Resgatando a nossa história, que propõe a valorização dos costumes dos índios, a compreensão de suas formas de comunicação, de organização social, de uso da terra e dos recursos naturais. Ela pode ser agendada por escolas e grupos na Divisão de Ensino e Divulgação do Zoo. "Nesse passeio, destacamos os animais que têm nomes indígenas. É o caso do tamanduá, que significa comedor de formigas", ensina Sabrina.

Serviço
Fundação Parque Zoológico - Avenida Miguel Stéfano, 4.241
Telefone 5073-0811 - Aberto das 9 às 17 horas
De terça-feira a domingo - Fechamento da bilheteria: 16 horas
Abre às segundas-feiras somente em feriado ou véspera
Agendamento de grupos pelo telefone 5073-0811- ramais 2119/2049

Fonte: Agência Imprensa Oficial


Compartilhe:
Facebook Twitter

Outras notícias

Entre andares e tempos: Sesc Consolação promove visita mediada na Jornada do Patrimônio 2025.
Visita mediada pelos bastidores e histórias do Sesc Consolação, com vivências artísticas, curiosidades e memórias que revelam a unidade como um patrimônio vivo de São Paulo. Dia 16 de agosto (sábado).

Com Tardes Brincantes, CCBB leva atividades gratuitas para toda a família, a partir de agosto.
Programação, elaborada pela equipe do CCBB Educativo – Arte e Cultura, traz oficinas, contação de histórias, mediação de leituras, brincadeiras, ação cênico-musical, dentre outras opções.

Cia. Luarnoar ocupa o Parque da Aclimação com narração de histórias, rodas de conversa, intervenções poéticas e música.
Projeto tem como foco a interculturalidade, com destaque para narrativas sobre pessoas em situação de refúgio, PCDs, mulheres negras, população LGBTQIAPN+ e pessoas em situação de rua.

Itaú Cultural recebe espetáculos teatrais e oficina criativa voltados às crianças e suas famílias.
Programação, que acontece aos finais de semana, inclui Casa de Vó, peça do Coletivo Corpo Aberto que mistura teatro, dança e música e faz sessões no Bulevar do Rádio, espaço entre o IC e o Sesc Avenida Paulista, Decripolou Totepou, peça da palhaça Odília Nunes, em cartaz na Sala Vermelha, e Postal lúdico – Rabiscos e memórias, nova atividade do núcleo de Mediação Cultural realizada no térreo do IC.

I Mostra Terreiro de Mulheres em Cena reúne artefeminismos em evento inédito no Ipiranga.
Com curadoria de Helena Vieira, Juliana Pardo e Renata Lemes, a mostra tem dez dias de duração e destaca o poder da arte feminina para promover uma sociedade mais plural e justa.

+ Mais notícias

Mais Ofertas