Outubro 14, 2025
Em outubro – dias 18, 25 e 26, sempre às 11h e às 16h30 – um enorme polvo toma conta do Sesc Pompeia, mas ele não é uma ameaça. É um ser curioso e sensível, que teme barulhos, olhares e até o chão de concreto. Quando se assusta, solta tinta colorida. Assim nasce POVO POLVO, novo espetáculo do Núcleo Vraaa, que estreia em São Paulo com apresentações gratuitas.
Parte boneco, parte festa, parte brincadeira, POVO POLVO – direção e dramaturgia de Thais Póvoa, que divide a concepção com Rodrigo Munhoz aka Amor Experimental – envolve crianças e adultos em uma experiência participativa. Com cerca de três metros de altura e tentáculos de até nove metros, a criatura ganha vida a partir da manipulação coletiva do público, que também ajuda a erguer a sua estrutura. Tecidos de 30 metros e uma base confeccionada com boias de recreação compõem a visualidade da obra, que mistura elementos circenses, atmosfera carnavalesca e referências às festas populares brasileiras.
“A ideia para dar vida ao POVO POLVO surgiu da confluência de sentimentos que vivemos no período pandêmico. Num primeiro momento, parecia que só o mar poderia abrigá-lo, mas percebemos que a rua poderia ser esse oceano coletivo. Povo e polvo se misturam como palavras e como imagens, e o ato de brincar é o elo entre as crianças e essa criatura que só existe porque é erguida pela coletividade”, explica Thais Póvoa.
Narrativa silenciosa, mas cheia de imagens
Embora sem falas, a dramaturgia do espetáculo é clara e conduzida pelas ações. O público acompanha o nascimento, o crescimento e os medos do polvo até a sua transformação em festa coletiva.
“Nossas dramaturgias se constroem através de imagens e jogos. Não há uma história linear, mas micronarrativas disparadas pelas ações físicas. Em POVO POLVO, são as crianças e o público que não apenas acompanham, mas participam ativamente na construção dessa criatura gigante. O que acontece depois é sempre uma surpresa coletiva”, comenta Thais.
A montagem também evoca referências da cultura popular brasileira. “Pensamos a obra como uma instalação cênica que já de início provoca fruição estética e desejo de participação. As festas carnavalescas, o circo e outras manifestações populares nos inspiram justamente por essa efusão, pelo jogo coletivo e pelo êxtase do encontro. É nesse contágio que a figura brincante do polvo se constrói”, acrescenta Rodrigo Munhoz.
A rua como oceano, o público como povo
Um dos pontos centrais do espetáculo é a ocupação do espaço público. “Imaginar que podemos encontrar um polvo gigante no meio da rua ou que a rua pode se transformar num grande oceano faz parte da brincadeira de construção de novos imaginários coletivos. É um convite à utopia, à lembrança de que podemos inventar mundos e experiências coletivamente”, afirma Thais.
O Núcleo Vraaa é um coletivo transdisciplinar que explora as fronteiras entre artes cênicas, visuais e performativas, sempre em diálogo com o universo da infância e da participação ativa do público. Suas obras se caracterizam pelo uso de materialidades expandidas e pela criação de espaços de encontro e invenção coletiva, como Vraaa!, Máquina de Fazer Bagunça e Garatuja Boom. O grupo já integrou a programação de eventos como FLIP – Feira Literária de Paraty, Semana Mundial do Brincar, Circuito Sesc de Artes, Festival de Inverno de Campos do Jordão e Jornada do Patrimônio, entre outros.
“Nossa pesquisa com materialidades expandidas é sempre uma busca por outros sentidos, pelo extraordinário. Queremos restaurar acasos, criar brechas de espontaneidade e preencher o cotidiano com alegrias ainda desconhecidas. POVO POLVO é mais um passo nesse caminho”, conclui Munhoz.
Serviço:
POVO POLVO
Núcleo Vraaa
18, 25 e 26 de outubro, sábados e domingo, 11h e 16h30.
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia, São Paulo.
60 minutos | Livre | Gratuito.
Ficha Técnica:
Concepção – Thais Póvoa e Rodrigo Munhoz aka Amor Experimental. Direção Artística – Thaís Póvoa. Direção de Arte – Rodrigo Munhoz. Dramaturgia – Thaís Póvoa. Coordenação de Produção – Thaís Póvoa. Assistente de Produção – Thainara Santos e Rodrigo Munhoz. Elenco – Denise Guilherme, Márcio Vasconcelos, Renato Nonato e Rodrigo Munhoz. Stand-in – Thais Póvoa. Cenotécnica – Mauro Martorelli. Som – Henrique Rímoli. Criaturas Gerais – Núcleo VRAAA. Figurino e Costura – Studio Nana Simões. Acessibilidade Comunicacional – Carla Jarra. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Mídias Sociais – Serendipity Lab. Produção Geral – Pólvora Produções.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Nossa Senhora da Pauta
Itaú Cultural e Museu das Culturas Indígenas realizam visita expandida por suas exposições sobre povos originários brasileiros.
O percurso começa na Ocupação Ailton Krenak, em cartaz no térreo do IC, e termina em Nhe
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Peça O Julgamento de Sócrates realiza apresentações gratuitas em vários equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.
Espetáculo convida o público a uma imersão na Grécia antiga para reviver a tragédia filosófica que explora coragem, integridade e os limites entre a lei e a consciência.
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Com dramaturgia de Felipe Dias Batista e direção de Martinha Soares, espetáculo celebra a culinária afro-indígena-brasileira e as cozinheiras.
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Nova programação para famílias do Itaú Cultural apresenta contações de histórias africanas e afro-brasileiras e oficina de dobradura.
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Cia. Sansacroma traz novas apresentações do espetáculo "Carvão" no Centro Cultural SP e na Fábrica de Cultura Jardim São Luís.
"Carvão" é uma coreografia-manifesto que investiga as narrativas do amor negro como ato político, filosófico e ancestral, atravessado por violências históricas e persistentes. Obra foi indicada ao Prêmio APCA do primeiro semestre em duas categorias, assim como ao Prêmio Arcanjo 2025.
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Kalunga Mar: com leveza e palhaçaria, Indômita Cia. fala de antirracismo e ancestralidade negra para crianças.
O grupo faz sessões abertas ao público em geral: no Teatro Flávio Império (9/11) e no Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (14/11) e oito apresentações gratuitas para alunos de escolas públicas, crianças com deficiência auditiva e imigrantes em diferentes espaços de São Paulo.
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