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CINUSP exibe, de 11 a 22 de junho, filmografia completa do canadense Pierre Perrault
Junho 07, 2012

Chega a São Paulo no dia 11 de junho a caravana Pierre Perrault – Retrospectivas e Colóquios no Brasil, que está circulando pelo Brasil de norte a sul, levando a primeira retrospectiva integral dos filmes deste grande documentarista quebequense, considerado um expoente do cinema direto e praticamente desconhecido do público brasileiro. A caravana, que começou no dia 18 de maio no Rio de Janeiro, já passou também por Belo Horizonte e João Pessoa e ainda passará pelas capitais Porto Alegre e Salvador, sempre acompanhada de debates e conferências. Realizada pela associação cultural Balafon, em parceria com a Universidade Paris 3 – Sorbonne Nouvelle e com a Universidade de Montréal, a Retrospectiva Pierre Perrault chega a São Paulo graças à parceria com o CINUSP Paulo Emílio, que exibe com exclusividade na capital paulista todos os filmes integrantes da mostra. São mais de trinta filmes de curta, média e longa-metragem, produzidos entre os anos de 1958 e 1994, dirigidos, co-dirigidos e/ou roteirizados por Perrault, além de dois documentários sobre o cineasta e seu método de trabalho. Com esta mostra, a maioria desses filmes terá agora sua primeira exibição no Brasil, permitindo que o público paulistano tenha a chance excepcional de entrar em contato com todos os filmes de Pierre Perrault, legendados em língua portuguesa. Por meio da apreciação desses filmes em conjunto, emergem os temas e ciclos fundamentais da filmografia de Perrault: a trilogia fundadora da Île-aux-Coudres (formada pelos filmes Para que o Mundo Prossiga, O Reino do Dia e Os Carros d’Água) a busca da identidade coletiva, o ciclo de Abitibi (composto pelos documentários Um Reino vos Espera, O Retorno à Terra e Gente de Abitibi), o homem e a natureza, o rio Saint-Laurent e a série Au Pays de Neufve-France, que se constitui de treze curtas-metragens roteirizados ou co-roteirizados (com Judith Crawley) por Perrault e dirigidos por René Bonnière.

Nascido em 27 de junho de 1927 e falecido em 24 de junho de 1999, Pierre Perrault é um cineasta de proa da segunda metade do século vinte, considerado um dos expoentes do cinema direto canadense. Dirigiu onze longas-metragens e uma vintena de curtas e médias-metragens, dos quais apenas alguns poucos títulos mais célebres, como os da trilogia da Île-aux-Coudres, foram exibidos entre nós – e, ainda assim, apenas em raras ocasiões. Ao longo de uma trajetória artística que se desenvolveu em múltiplas plataformas, incluindo, além do cinema, também a literatura e o rádio, Perrault criou uma obra sempre marcada pela palavra falada e pelo estudo aprofundado das questões do Québec. Em seus documentários, Perrault interrogou a formação histórica e cultural dos povos quebequenses, suas identidades e seus destinos, sua memória oral, sua geografia e seu imaginário. Ao tratar de temas e questões específicas do Québec, pode-se imaginar que a obra cinematográfica de Pierre Perrault se apresente ao público brasileiro como pouco relevante ou muito distante de nossos interesses. No entanto, seus temas recorrentes encontram eco e permitem que sejam traçados diversos paralelos com temas bastante caros à sociedade brasileira, como, por exemplo, o desaparecimento progressivo de práticas tradicionais, hoje tão discutido no país, ou o tema do descobrimento e da colonização. Certamente, há muito o que explorar também em um trabalho comparativo entre o cinema brasileiro e o cinema de Perrault, particularmente no tocante à sua abordagem peculiar do documentário, que privilegia a palavra.

Pierre Perrault veio uma só vez ao Brasil, em 1996, na III Mostra Internacional do Filme Etnográfico no Rio de Janeiro, pouco antes de sua morte, em 1999. Ele se encontrou nessa ocasião com Jean Rouch, presente ao mesmo evento. As filmografias desses dois cineastas apresentam vários pontos em comum. Um, explorador do Sahel, do rio Niger e da África do Oeste; o outro, do rio Saint Laurent, da imensa floresta quebequense com seus milhares de lagos e da tundra ártica. Eles desestabilizaram, tanto um quanto o outro, as práticas do cinema documentário, disseminando o cinema direto. A organização dessa retrospectiva, justamente após a de Jean Rouch, realizada em 2009 e 2010 e também organizada pela Balafon, oferece ainda a possibilidade de multiplicar as confrontações entre os filmes e a problemática do cinema direto.

Para que esse objetivo possa ser alcançado, a Retrospectiva Pierre Perrault é acompanhada também por conferências, debates e sesões comentadas, que pretendem apresentar ao público uma discussão ampla sobre sua obra, assim como levantar pontos específicos sobre alguns filmes do diretor. De maneira geral, será nesses momentos que os espectadores da mostra terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de Pierre Perrault, ainda muito pouco vista e discutida entre nós. Para isso, foram convidados estudiosos e professores de universidades brasileiras e internacionais, como Michel Marie, da Universidade Paris 3 – Sorbonne Nouvelle, Marcius Freire, da UNICAMP, e Henri Gervaiseau, da ECA-USP. Além de apresentarem uma conferência sobre aspectos específicos da filmografia de Perrault na terça-feira, dia 12 de junho, às 19h00, no CINUSP, os professores também colaboram com a compreensão e discussão da obra de Perrault ao apresentar e comentar sessões específicas da mostra (destacada abaixo na programação).

A mostra conta ainda com um extenso catálogo que inclui textos sobre a obra de Perrault, um importante texto do próprio cineasta, sua filmografia completa e uma bibliografia sobre sua obra, além dos programas do colóquio realizado no Rio de Janeiro e da retrospectiva de filmes. Uma publicação, enfim, que oferece ao espectador elementos que lhe permitirão prosseguir em suas reflexões após a “descoberta” dos filmes de Pierre Perrault na sala do CINUSP.
Programação

11/06 | segunda

16h00 Rivière du Gouffre | L’Anse-aux-Basques | As Balsas | Diamantes do Canadá | Os Troncos
19h00 O Bom Prazer | Para que o Mundo Prossiga

12/06 | terça

16h00 O Reino do Dia
19h00 A Travessia de Inverno na Île-aux-Coudres | conferências: Filmagem e montagem em Pierre Perrault, por Michel Marie, e Perrault e a narrativa de travessias, por Henri Gervaiseau | mediação de Marcius Freire

13/06 | quarta

16h00 Um Reino vos Espera
19h00 Os Carros d’Água

14/06 | quinta

16h00 Voltando de Saint-Hilarion | Um País Sem Bom Senso!
15/06 | sexta

16h00 O Bom Prazer | Para que o Mundo Prossiga | sessão comentada por Michel Marie
19h00 Tête-à-la-Baleine | O Retorno à Terra | Era um Quebequense na Bretanha, Senhora!

18/06 | segunda

16h00 Gente de Abitibi | Hauris e Monique Lalancette no dia seguinte ao referendum de 1980
19h00 A Fera Luminosa | sessão comentada por Marcius Freire

19/06 | terça

16h00 Ka Ke Ki Ku | O Gosto da Farinha
19h00 O Jean Richard | Os Rastros do Sonho

20/06 | quarta

16h00 Attiuk | O País da Terra Sem Árvore ou o Mouchouânipi | sessão comentada por Michel Marie
19h00 Acadie, Acadie | Tickets S.V.P.

21/06 | quinta

16h00 A grande mareação 1 | A grande mareação 2
19h00 L’Anse-Tabatière | Toutes Isles | As Velas Baixas e de Través

22/06 | sexta

16h00 A Fera Luminosa
19h00 O Oumigmag ou o Objetivo Documentário | Cornualhas | No vale de Sverdrup

Filmes

Série No País da Nova França (AU PAYS DE NEUFVE-FRANCE):

Documentários originalmente exibidos como parte de série de 13 curtas-metragens de meia-hora de duração, produzida por Pierre Perrault para a Crawley Films Canada, em 1959. Esta série de filmes para televisão, exibida pela emissora CBC e posteriormente distribuída pelo National Film Board do Canadá, documenta a terra, o povo e as culturas da costa norte do Golfo de Saint Laurent e foi derivada da série radiofônica de mesmo nome realizada por Pierre Perrault para a Radio-Canada.

L'Anse-aux-Basques
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
Documentário sobre os irmãos Otis, de l’Anse-aux-Basques, caçadores de lobos marinhos e de marsuínos e últimos descendentes dos caçadores bascos do século XVI.
classificação indicativa: Livre

L'Anse Tabatière
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
Retrato de uma antiquíssima tradição que remonta, talvez, aos pescadores de baleias bascos, que mostra os moradores dessa pequena vila entre as ilhas armando imensas redes para pegar focas da Groelândia em migração para o golfo das parideiras.
classificação indicativa: Livre

Attiuk
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Pierre Perrault
Retrato da vida e cultura dos Montagnais. Diz Perrault: “Para compreender bem a vida dos Montagnais, é preciso percorrer toda a neve em raquetes até o lago Musquaro por 12 dias, em busca do caribou, seguindo os rastros do sonho contido nas paredes do tambor que os sábios constroem lentamente, como se se tratasse de uma canoa, e o caçador segue os rastros do caribou, o caribou que o dera a pele do tambor, o tambor que dá o sonho, o sonho que dá o caribou”.
classificação indicativa: Livre

As Balsas (Les Goélettes)
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
Documentário sobre os métodos de navegação no Golfo de Saint Lawrence, que, nos anos 1950, dependia de 150 balsas de madeira chamadas pelos navegadores de “carros d’água”.
classificação indicativa: Livre

Diamantes do Canadá (Diamants du Canada)
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
Documentário sobre a escavação de montanhas de ferro. “Pode-se censurar a um grande descobridor que passou o inverno em Cap Rouge pra lá do Quebec, em 1541, pelo aparecimento do provérbio bem conhecido “falso como um diamante do Canadá”, quando se sabe que 15.000 homens de toda parte cruzam as montanhas de ferro da tundra onde brilha ainda e sempre a ferrugem dos diamantes do Canadá?” (Pierre Perrault)
classificação indicativa: Livre

O Jean Richard
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
“Ao Pequeno-Ribeirão Saint François no Quebec, em 23 de maio de 1959, lançava-se a última balsa de madeira: o Jean Richard. Este fora construído por Philippe Lavoie, carpinteiro, para Paul-Emile Carré de Port-au-Persil” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

Ka Ke Ki Ku
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
“Os Montagnais, nômades do caribou durante o inverno, se sedentarizam durante o verão e, através de mil e um trabalhos, se absorvem na construção de canoas como o traço inesquecível de um imenso passado. Porque uma canoa em sua linguagem é dizer muito” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

Rivière du Gouffre (La Rivière du Gouffre)
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
“No fim dos anos 1950, todos os ofícios tradicionais que asseguraram a sobrevivência de um povo colonizador no vale de Rivière du Gouffre e da Baía de Saint Paul estão a ponto de desaparecer” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

Tête-à-la-Baleine
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
Retrato de um vilarejo que se muda para diferentes localizações durante o verão e o inverno. “Uma aldeia de terra firme para o inverno, a caça, a madeira de queimar e a boa vizinhança, que se torna uma aldeia das ilhas para passar o verão nas proximidades do lago onde há a pesca. Mas, por vezes, a morte muda o destino das casas e os homens, como os barcos, se põem a deslocar uma casa das ilhas até às margens de terra firme onde terminar seus dias à sombra de um campanário” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

Toutes Isles
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
“Essas terras de Toutes Isles parecem aquelas dos descobrimentos. Aí se encontram os grandes fabricantes de cordas de Lunenburg que pescam ainda o bacalhau como antes e tantos pássaros para dizer o inominável” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

A Travessia de Inverno na Île-aux-Coudres (La Traverse d'Hiver à l'Île-aux-Coudres)
Canadá, 1960, p&b, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
Depois de uma longa introdução para descrever o frio do inverno, as balsas no cais nos baixios e o recolhimento das algas e plantas deixadas pelo mar, este filme, realizado com os habitantes da Île-aux-Coudres, mostra a travessia do rio St. Laurent em um barco de gelo, no momento em que o gelo começa a fundir. Perrault faz parte da equipe de remadores. Alexis Tremblay é entrevistado sobre a técnica dessa travessia e é filmado na cozinha de sua casa, em som sincrônico.
classificação indicativa: Livre
Os Troncos (La Pitoune)
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
Documentário sobre a atividade madeireira às margens do rio St. Laurent, em Quebec. “(...) entre Sept-Îles e Saint-Tite-des-Caps, a jovem gente da terra se engaja, para esperar os tempos da lavoura, como lenhadores no outono, charreteiros no inverno e transportadores de madeiras no rio na primavera” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

Voltando de Saint-Hilarion (En R'venant de Saint-Hilarion)
Canadá, 1960, cor, 16mm, 29’
Exibição digital
direção: René Bonnière
roteiro: Judith Crawley e Pierre Perrault
“Para passar o inverno, uma vila do interior do país não pode sobreviver sem a memória das canções e dos acordes da dança” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

Filmes dirigidos por Pierre Perrault
Acadie, Acadie (L'Acadie, l'Acadie)
Canadá, 1971, p&b, 16mm, 118’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault e Michel Brault
Documentário filmado nos bastidores do movimento do “despertar acadiano”, na Universidade de Moncton (Nouveau-Brunswick), no fim dos anos 1960. Em uma província onde quarenta por cento da população se exprime em francês, o filme testemunha a determinação dos estudantes, que se estenderá à maioria dos acadianos, depois de séculos de derrotismo e resignação.
classificação indicativa: Livre

O Bom Prazer (Le Beau Plaisir)
Canadá, 1968, cor, 35mm, 15’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault, Bernard Gosselin e Michel Brault
Curta-metragem sobre a pesca dos marsuínos na Île-aux-Coudres. Os habitantes explicam ao cineasta toda a arte da pesca, a lógica da armadilha e o movimento do peixe e falam do prazer da captura, na atualidade e no passado. classificação indicativa: Livre

Os Carros d’Água (Les Voitures d'Eau)
Canadá, 1968, p&b, 16mm, 110’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
“Os marinheiros de Île-aux-Coudres fazem a revisão de seus barcos. Nas docas, falam da pesca, lembram-se histórias do passado. Eloi Perron constrói um barco para Léopold Tremblay. Na primavera, os barcos voltam ao mar e a estação da pesca começa. Em Lévis, fabrica-se uma réplica de La Grande Hermine, o barco de Jacques Cartier. Em Trois-Rivières, os carregadores fazem greve” (Olivier Bitoun).
classificação indicativa: Livre

Cornualhas (Cornouailles)
Canadá, 1994, cor, 16mm, 53’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Documentário em que a imagem, as palavras e a música se conjugam numa extraordinária narrativa poética. O cineasta planta sua câmera durante 120 dias a alguns quilômetros do Polo Norte, no valeée laineuse da terra d'Ellesmere. Pacientemente, ele espera o confronto inevitável entre dois rivais em busca de um mesmo território: dois bois-almiscarados que entram em luta ao cair da tarde. Eles rugem, lançam-se um sobre o outro, embaraçam seus chifres, descansam e se lançam novamente um sobre o outro. Até que o vencedor tome calmamente posse de seu rebanho.
classificação indicativa: Livre

Era um Quebequense na Bretanha, Senhora! (C’Était un Québécois en Bretagne, Madame!)
Canadá, 1977, cor, 16mm, 57’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault e Bernard Gosselin
Documentário sobre Hauris Lalancette, um quebequense originário de Abitibi, que viaja e estabelece paralelos surpreendentes entre dois cantos do país considerados desprovidos e abandonados. É também abordada a busca dos ancestrais e a nostalgia dos velhos ofícios mais valorosos, tanto no plano humano quanto no plano técnico.
classificação indicativa: Livre

A Fera Luminosa (La Bête Lumineuse)
Canadá, 1982, cor, 16mm, 127’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Considerado a obra-prima de Pierre Perrault, o filme registra uma festa da caça ao alce. Ali, Stéphane-Albert encontra seu eterno companheiro de infância, Bernard, com outros amigos e parentes. Stéphane-Albert, tagarela, um pouco vaidoso e muito culto, fisicamente menos resistente que seus companheiros, é o “poeta” do grupo, fazendo os outros parecerem, a princípio, mais simples, ou mesmo rústicos. Na busca ao alce tão cobiçado, com a atmosfera aquecida pelo álcool e pelo convívio, o grupo se torna rapidamente uma matilha de lobos que cerca sua presa – Stéphane-Albert, o intelectual, dentre eles. Bernard reina como chefe da matilha.
classificação indicativa: Livre
Gente de Abitibi (Gens d'Abitibi)
Canadá, 1980, cor/p&b, 16mm, 107’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault e Bernard Gosselin
Depois de Um Reino vos Espera e O Retorno à Terra, Pierre Perrault, de alguma maneira, encerra aqui seu ciclo de defesa apaixonada da região de Abitibi. O filme dá a palavra a Hauris Lalancette, agricultor, personagem rico em cores, que briga há quase meio século para salvar seu reino abitibiano.
classificação indicativa: Livre

O Gosto da Farinha (Le Goût de la Farine)
Canadá, 1977, cor/p&b, 16mm, 108’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault e Bernard Gosselin
Documentário sobre os Montagnais de Saint-Augustin e de La Romaine, na região da Côte-Nord, no Québec. Veremos que, apesar do pensamento tradicional da cultura metropolitana que se crê sempre superior a deles, há ainda muito a aprender com os ameríndios.
classificação indicativa: Livre

A Grande Mareação 1 (La Grande Allure – 1re Partie)
Canadá, 1985, cor, 16mm, 60’
Exibição em digital
direção: Pierre Perrault
Um filme que refaz, no presente do mar e do rio, a grande viagem dos descobrimentos, nos rastros de Jacques Cartier e de seu “Breve Relato”. Para Perrault, a escrita do rio e essa viagem nos primórdios do Saint Laurent encontram sua fonte e se iniciam em Saint-Malo. A travessia, num veleiro chamado Blanchon, é confiada a marinheiros, uns bretões, jovens e aventureiros, outros quebequenses, sabidos da navegação antiga e curiosos do astrolábio.
classificação indicativa: Livre

A Grande Mareação 2 (La Grande Allure – 2e Partie)
Canadá, 1985, cor, 16mm, 73’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Segunda parte do documentário A Grande Mareação, que mostra a continuação e fim da viagem de Bonavista à cidade de Québec. “Refazer, nos rastros do livro de Cartier, a viagem das descobertas. Confiar aos marinheiros, uns de Saint-Malo, outros do rio, o cuidado da navegação e da evocação, e aos homens de escrita o encargo da poesia e da tradução. Reencontrar, em suma, senão refazer o livro do rio com todos os riscos de não ter a viagem terminada no fim do curso” (Pierre Perrault).
classificação indicativa: Livre

O Oumigmag ou o Objetivo Documentário (L'Oumigmag ou l'Objectif Documentaire)
Canadá, 1993, cor, 16mm, 28’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Ao fundo da Baie aux Feuilles, que constitui um desvio da Baie d'Ungava no extremo norte do Québec, uma câmera tocaia o Oumigmag, boi-almiscarado que vive na Tundra. À espera, o cineasta nos deixa ver seu pensamento humanista e medita sobre sua concepção do documentário. Depois de consagrar toda sua carreira a fazer surgir a palavra do fundo da terra, Perrault a encerra respondendo ao apelo do Grande Norte. Em seus dois últimos filmes, O Oumigmag e Cornualhas, filmados por seu companheiro Martin Leclerc, Perrault persegue o boi-almiscarado, que vê como metáfora de um “povo abandonado a si mesmo e ao inverno”.
classificação indicativa: Livre

O País da Terra Sem Árvore ou o Mouchouânipi (Le Pays de la Terre Sans Arbre ou le Mouchouânipi)
Canadá, 1980, cor, 16mm, 111’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault, Bernard Gosselin e Monique Fortier
Apresentando um relato das caças antigas sobreposto a imagens do tempo presente, o filme se revela antes como interrogação que como narração. A quem pertence, então, esse território Mouchouânipi onde vive um povo ameríndio nômade, cujos gestos rituais renovam dia a dia o poema secular de harmonia, de respeito e de solidariedade que os une ao país da terra sem árvore?
classificação indicativa: Livre
Um País Sem Bom Senso! (Un Pays Sans Bon Sens!)
Canadá, 1970, p&b, 16mm, 117’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Filme-ensaio sobre a noção de pertencimento a um país. A ação se desenvolve no contexto de uma nação que busca a si mesma: os canadenses franceses e outros povos sem país, os índios do Québec, os bretões da França. Eis o problema fundamental que se coloca: quais são os povos “viáveis”, cuja “maturidade” lhes permite “se dar” a autonomia e o território?
classificação indicativa: Livre
Para que o Mundo Prossiga (Pour la Suite du Monde)
Canadá, 1963, p&b, 16mm, 105’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault e Michel Brault
At the instigation of the filmmakers, the young men of the Ile-aux-Coudres in the middle of the St-Lawrence River try as a memorial to their ancestors to revive the fishing of the belugas interrupted in 1924.
Os habitantes da Île-aux-Coudres cultivaram a pesca aos marsuínos no rio Saint Laurent até 1924. Instigados pelos cineastas Pierre Perrault e Michel Brault, os moradores da ilha retomam a pesca em 1962, buscando perpetuar a memória dessa prática ancestral. Primeiro longa-metragem de Pierre Perrault e um dos títulos mais importantes de sua filmografia, o filme foi selecionado para a competição oficial no Festival de Cannes de 1963.
classificação indicativa: Livre
O Reino do Dia (Le Règne du Jour)
Canadá, 1967, p&b, 16mm, 118’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Alexis Tremblay, acompanhado de sua mulher Marie, de seu filho Léopold e de sua nora, parte para a França em busca de seus antepassados, na Bretanha e na Perche. Pierre Perrault o segue a Tourouvre, onde se encontra a fazenda dos primeiros Tremblay que emigraram para o Canadá. Os Tremblay do Québec descobrem com curiosidade e espanto o modo de vida dos franceses que lhes recebem, tanto os burgueses quanto os camponeses. O filme alterna sequências entre a França e o Québec, especialmente a matança de um porco e a preparação da carne. Os Tremblay relatam sua viagem quando retornam à Île-aux-Coudres.
classificação indicativa: Livre

Um Reino vos Espera (Un Royaume vous Attend)
Canadá, 1975, p&b/ cor, 16mm, 110’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault e Bernard Gosselin
Documentário sobre a Abitibi agrícola, o filme é uma verdadeira defesa da terra e de um tipo de vida mais humana face a uma sociedade que se tornou fria e insensível.
classificação indicativa: Livre

O Retorno à Terra (Le Retour à la Terre)
Canadá, 1976, cor, 16mm, 57’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault e Bernard Gosselin
Documentário do “ciclo abitibiano” de Perrault. Aqui, o cineasta interroga o passado e o presente de Abitibi e opõe as promessas da colonização dos anos 1930 à grande decepção causada pelo abandono das terras nos anos 1970. Encontramos testemunhas da época heroica, entre as quais o agricultor Hauris Lalancette, bem como extratos de filmes do abade Maurice Proulx. Rodado em 1973 em Abitibi, o filme utiliza também trechos de filmes de Proulx como En Pays Neufs, rodado em 1934, 1935 e 1937, e Roquemaure, rodado em 1939 e 1940.
classificação indicativa: Livre

Tickets S.V.P.
Canadá, 1973, cor, 16mm, 9’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Uma história de ficção que se passa no trem da periferia de Montreal, entre um passageiro bilíngue francês-inglês e um fiscal de passagens que só fala inglês.
classificação indicativa: Livre

As Velas Baixas e de Través (Les Voiles Bas et en Travers)
Canadá, 1983, cor, 16mm, 57’
Exibição digital
direção: Pierre Perrault
Entre Île-aux-Coudres e Saint-Malo, Perrault revisita o mito de Jacques Cartier. Em Saint-Malo, cidade natal deste último, onde o cineasta se faz acompanhar por Stéphane-Albert Boulais, Perrault toma o depoimento de diversos marinheiros. Quais eram as qualidades do navegador? Que obstáculos ele encontrou? Escrutando as “Relações” de Cartier, imaginando o homem atrás da lenda, o cineasta tenta reconstruir o périplo do aventureiro até a Île-aux-Coudres.
classificação indicativa: Livre

Fragmento filmado por Pierre Perrault
Hauris e Monique Lalancette no dia seguinte ao referendum de 1980 (Hauris et Monique Lalancette au lendemain du référendum de 1980)
Canadá, 1980, cor, 16mm, 4’
Exibição digital
Pierre Perrault filma as reações de decepção profunda de Hauris Lalancette e de sua mulher Monique, militantes do partido quebequense, diante do “não” majoritário à proposta de independência do Québec no referendo de 1980 da "Souveraineté Association", organizado por René Lévesque. O trecho é um fragmento do documentário de longa-metragem:
O Conforto e a Indiferença (Le Confort et l'Indifférence)
Canadá, 1982, cor, 16mm, 109’
direção: Denys Arcand
classificação indicativa: Livre
Filmes sobre Pierre Perrault

No Vale de Sverdrup (Dans la Vallée de Sverdrup)
Canadá, 2008, cor, vídeo, 19’
Exibição digital
direção: Stéphane Drolet
Estagiária durante a realização do filme Cornualhas com Denis Villeneuve, Stéphane Drolet filma por conta própria Pierre Perarult e sua pequena equipe em Ellesmere, em busca do combate entre dois bois-almiscarados pela posse da tropa e exclusividade das fêmeas. Um verdadeiro making of, filmado com camêra na mão.
classificação indicativa: Livre

Os Rastros do Sonho (Les Traces du Rêve)
Canadá, 1986, cor, 16mm, 95’
Exibição digital
direção: Jean-Daniel Lafond
De l'Île-aux-Coudres à floresta quebequense no inverno e aos jardins do Château de Versailles, esse filme, retrato filmado por Jean-Daniel Lafond, trata do documentário segundo Pierre Perrault e das concepções do cineasta a respeito do cinema direto, paralelamente à história da sociedade quebequense. Ao mesmo tempo em que traça um retrato muito pessoal do cineasta-poeta, Jean Daniel Lafond propõe uma análise crítica de sua obra.
classificação indicativa: Livre

Palestrantes e conferencistas

HENRI GERVAISEAU é professor livre-docente do Departamento de Cinema, Televisão e Rádio da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, coordenador do CEM-Audiovisual e presidente da Associação Video nas Aldeias. Também é cineasta, realizador de documentários independentes. Tem artigos publicados em revistas brasileiras e estrangeiras. Diversos dos seus filmes foram premiados em festivais no Brasil e no exterior. Da sua já extensa filmografia, destacam-se, entre outros: Tem que Ser Baiano? (1994), Terra Prometida (1999), Em Trânsito (2007), Retrato de Grupo (2009) e Entretempos (2012).

MARCIUS FREIRE é pesquisador e professor livre-docente do Departamento de Cinema da Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP, onde se dedica ao ensino do cinema documentário e antropológico. É autor de inúmeros artigos e capítulos de livros sobre o campo cinematográfico, tendo organizado recentemente, juntamente com Philippe Lourdou, da Universidade de Nanterre, o livro Descrever o Visível: Cinema Documentário e Antropologia Fílmica.
MICHEL MARIE é professor emérito de História e Estética do Cinema Francês na Université de Paris 3 – Sorbonne Nouvelle, desde 1993. Foi diretor do UFR Cinéma et Audiovisuel da Sorbonne Nouvelle de 1994 a 2001, Presidente da Cinémathèque Universitaire de Paris de 1993 a 2002, e Presidente da AFRHC (Associação Francesa de Pesquisa sobre História do Cinema) de 2000 a 2004. É Diretor da coleção Cinéma et Arts Visuels da editora Armand Colin desde 1988. Foi professor convidado da Université de Montréal, na cadeira França Contemporânea do CERIUM – Centro de Estudos e Pesquisas Internacionais, de 2009 a abril de 2011. Atualmente, oferece curso como professor convidado na Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Autor de numerosos livros sobre o cinema, tem entre seus últimos títulos publicados Les Films Maudits, Les Grands Pervers au Cinéma, Guide des Études Cinématographiques, Comprendre Godard e Lire les Images de Cinéma (traduzido para o português como Lendo as Imagens do Cinema). Outros livros traduzidos para o português incluem A Estética do Filme, Dicionário Teórico e Crítico do Cinema, A Análise do Filme, e A Nouvelle Vague e Godard. Foi responsável por numerosas direções de colóquios publicados, dentre os quais destacam-se Les Vingt Premières Années du Cinéma Français, Georges Méliès: l'Illusionniste Fin de Siècle, La Firme Pathé Frères: 1896-1914, Le Mythe du Director's Cut e Le Film Pluriel, Cinéma et Cie..

Retrospectiva Pierre Perrault
de 11 a 22 de junho de 2012
CINUSP Paulo Emílio
Rua do Anfiteatro, 181 – Colmeia, Favo 04
Cidade Universitária
Entrada Franca
100 lugares
Fone: 11-3091-3540
Fax: 11-3091-3364

Fonte: CINUSP Paulo Emílio: 3091-3540


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