Sinopse: A exposição, que reúne diversos trabalhos inéditos do artista, tem por fio condutor reflexões associadas à relação entre realidade digital e percepção, bem como a tensão entre os limites colocados pela suposta totalidade da imagem e o seu extremo de ampliação dado à luz de recursos em especial de edição, corte e zoom. "Interessa ao artista essa incompletude da tinta, seja ela na impressão digital ou no tecido canônico da tela, entendendo a tinta como a que revela um mundo de laterais e fundos que não cabem em suas margens, nem nos olhos que se projetam sobre elas, em que está tudo junto e incompleto", escreve Luciara Ribeiro no texto curatorial. Se a finitude da ampliação do digital vai de encontro a potenciais infinitudes na medida em que uma nova imagem pode ser transferida para um outro espaço e permanecer sendo progressivamente ampliada e reconfigurada por ruídos que geram novas medidas e moldes, Renan projeta a navegação virtual enquanto um tipo de deriva própria a um espaço que atua, por essência, na incompletude. E estendendo, então, essas noções a um plano político ligado, por exemplo, a questões de periferia e racialidade, o conjunto desdobra relações entre pornografia e negritude, real e virtual, objeto e simulacro.
Data: até 14 de Setembro; Segundas, terças, quartas, quintas e sextas, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 17h.