Parque do povo priorizará acessibilidade e sustentabilidade
por Bruno Meirelles
Dezembro 03, 2007

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Representantes da prefeitura de São Paulo forneceram detalhes do andamento das obras no Parque do Povo (clique e veja uma foto) durante a última reunião do Conselho Comunitário de Segurança do Itaim (Conseg), realizada ontem (2 de dezembro).

O arquiteto responsável pelo projeto, André Graziano, explica que a principal preocupação do parque é com a questão da acessibilidade e da educação ambiental. "Para o parque está sendo prevista a construção de três quadras poliesportivas com todas as demarcações preparadas para esportes para-olímpicos. Nós vamos ter diversos tipos de plantas, desde madeira de lenha, árvores frutíferas de todos os lugares possíveis, que estarão todas identificadas e passíveis de serem utilizadas tanto pelas pessoas individualmente, quanto por escolas e outras instituições que queiram trazer os alunos para fazer atividades no parque".

"Teremos também um jardim sensitivo, adaptado para deficientes visuais. Todas as informações vão estar disponíveis em Braille, e se possível em áudio visual, que estamos negociando com a empresa. Temos um playground, para três idades diferentes de crianças, associado com uma coleção de trepadeiras, que são as que mais atraem pássaros e borboletas. Pretendemos combinar áreas de sombra com áreas de sol. E toda a água que cair no parque ficará nele e não será jogada em nenhum outro lugar. O parque vai ser um exemplo de como a cidade pode ser ambientalmente responsável", afirma o arquiteto.

Milton Persoli, interventor do Parque do Povo, também falou sobre a reutilização de materiais nas obras. "O André está fazendo um trabalho muito interessante com a central de britagem. Todo o entulho que está sendo gerado no parque, todo entulho do entorno daquele empreendimento, está sendo reciclado, tratado e devolvido ao parque. Todas as pistas de caminhada, as calçadas. De um bloco de entulho são obtidos seis elementos que são compostos em diversas áreas do parque. Pedra, areia, qualquer tipo de elemento é subtraído dessa britagem do entulho".

Ele também abordou a questão da desocupação dos moradores da região para a conclusão do parque. "Nós fizemos a desocupação dessa área residencial, que tinha 90 famílias. Foi um trabalho bastante difícil por parte da prefeitura, por parte de todos os órgãos. Envolvemos praticamente 300 pessoas para essa ação, que foi muito vem sucedida, e tivemos que executá-la em 2 dias, porque corríamos de ela ser revertida e ter um mandado de segurança a favor do moradores novamente. Então, enquanto nós estávamos com a demanda positiva do nosso lado conseguimos reverter.  Agora, para os outros 30% a serem concluídos do parque estamos aguardando uma decisão judicial".