Secretaria da Saúde indica os cuidados ao
comprar alimentos para as festas
Dezembro 23, 2008
Lojas sem higiene, vendedores com unhas compridas
ou frutas "passadas" podem fazer com que 2009 comece com muita dor de barriga.
Se o período é de alegria, todo cuidado é pouco para evitar que aquele jantar
especial não provoque problemas de saúde. Por isso, a Secretaria Municipal da
Saúde alerta o consumidor a observar regras simples, mas que fazem a diferença.
A ingestão de alimentos contaminados por bactérias, vírus, toxinas ou parasitas
provoca sérios danos à saúde, sendo o principal a intoxicação alimentar.
Geralmente, os primeiros sintomas - náusea, dor abdominal, vômito, diarréia,
febre, dor de cabeça e cansaço - são sentidos algumas horas após a ingestão do
alimento contaminado. Em alguns casos, a doença pode levar a pessoa à morte.
É preciso estar atento em supermercados, feiras e quiosques que vendem alimentos
prontos. Segundo a gerente de Vigilância em Alimentos da Coordenadoria de
Vigilância em Saúde (Covisa), Evanize Segalla, antes de comprar o cliente deve
observar as condições de limpeza da loja ou barraca, assim como a higiene
pessoal de quem manipula os alimentos.
Detalhes como mãos sujas, unhas longas e cabelos soltos demonstram pouco cuidado
no preparo e entrega dos produtos.
Outro aspecto que deve ser notado, segundo a gerente da Covisa, é a qualidade do
equipamento de refrigeração, que pode indicar se o alimento é realmente bem
conservado. Evanize explica que as geladeiras devem estar limpas, ter um
termômetro visível e não estar superlotadas.
Nas feiras, além de observar a higiene das barracas e do feirante, o consumidor
deve verificar também as condições gerais do produto. Frutas e legumes devem
estar firmes e não podem estar machucados.
Nas vans que vendem lanches e salgados é importante que exista uma pia,
exigência da Covisa, e todos os ingredientes estejam protegidos de moscas e
outros insetos.
Olho no rótulo!
Os produtos industrializados têm um rótulo informativo que deve ser observado
para conhecer sua fabricação, o registro e verificar a validade. "O consumidor
tem que aprender a ler o rótulo", diz a gerente.
Nele, estão indicados a procedência do produto, a forma de conservação ideal e o
prazo de validade. Além disso, ele deve informar as características
nutricionais, o que possibilita sua comparação com demais produtos da mesma
linha. Os produtos que passarem da validade são impróprios para consumo,
independentemente do tempo de vencimento.
Alimentos devem estar no padrão.
É possível avaliar se o alimento está em boa condição de consumo observando
aparência e cheiro. Carnes e peixes devem estar com a consistência firme; a
carne bovina deve ter cor vermelha viva e a de porco, rósea e com cheiro suave.
Peixes devem ter a carne branca ou rosada e o frango não pode ter manchas azuis
ou verdes. Miúdos não podem estar pegajosos. Legumes, verduras e frutas precisam
estar firmes e frescos e sempre devem ser lavados antes do consumo.
É importante ainda consumir os alimentos logo após seu preparo, não os deixando
em cima do fogão ou da mesa por muito tempo. Logo após a refeição, as sobras
devem ser guardadas em potes bem tampados na geladeira. Para consumi-lo
novamente, basta que ele seja bem aquecido.
Consumidores devem ajudar na fiscalização
Nos restaurantes e nas lanchonetes, o consumidor deve estar atento à procedência
do que lhe é servido. Por exemplo, a maionese nunca deve ser caseira, apenas
industrial, o que significa que o alimento passou por um processo térmico que
garante melhor conservação. A comida servida deve estar quente, de preferência
acima dos 60 graus, temperatura que não deixa que bactérias proliferem.
Finalmente, a Covisa, órgão responsável pela fiscalização e regularização dos
estabelecimentos que vendem alimentos na capital paulista, alerta que os locais
que não estiverem em condições apropriadas podem ser multados em até R$ 500 mil
e/ou interditados. O trabalho é feito em ações programadas, mas também a partir
de denúncias da população, pelo telefone 156. Assim, quem se sentir lesado ou em
risco deve acionar a Coordenação para garantir seu bem-estar e o da comunidade.
Fonte: Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa).
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