Ciclovia da orla de Guarapiranga vai ligar parques da Praia de SP
Abril 06, 2010

O prefeito de São Paulo esteve no último sábado, dia 3, na represa Guarapiranga, Zona Sul, para vistoriar trechos da ciclovia que margeará 10 quilômetros de sua orla. Além de verificar a qualidade e o andamento das obras da ciclovia, o prefeito avaliou detalhes do projeto com o subprefeito de Capela do Socorro.

"O entorno da represa Guarapiranga está passando por uma grande revitalização. Iniciamos as primeiras intervenções em 2007 e, em pouco tempo, a população poderá usufruir de 10 quilômetros de ciclovia, além de parques, praias, espaços para shows e clubes escola. A Prefeitura está trabalhando para devolver essa área para São Paulo, que, sem dúvida, será um dos principais pontos de lazer da Cidade", disse o prefeito.

Entre as ações previstas no Programa de Revitalização da Orla da Guarapiranga está a construção de sete parques interligados por 10 quilômetros de ciclovias e calçadas permeáveis. Cerca de cinco quilômetros já estão prontos, mas ainda de forma descontínua. O projeto de revitalização contempla também a substituição dos muros de concreto por gradis. As antigas construções impediam a visualização da represa, que já pode ser vista facilmente da avenida Robert Kennedy.

A primeira fase de implantação dos parques São José, da Barragem e Praia de São Paulo foi entregue e já beneficia a população. Ainda neste ano, será entregue a primeira fase do parque Castelo e iniciadas as obras do Nove de Julho. Além disso, serão desenvolvidos os projetos dos parques Hípico e Atlântica. Nesta primeira fase, o parque São José já conta com uma área de 25 mil m² e o da Praia de São Paulo, 17,9 mil m². Quando concluídos, o Nove de Julho terá 637 mil m²; o Castelo, 103,3 mil m²; e o da Barragem, 88,5 mil m².


Revitalização da orla

Com o intuito de revitalizar a orla da Guarapiranga, a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado criaram a Operação Defesa das Águas no fim de 2007, quando o poder público deu início à retomada de terrenos invadidos e à remoção de loteamentos clandestinos que ocupavam áreas de preservação ambiental. Paralela e gradualmente, a Prefeitura passou a retomar áreas de sua propriedade nas margens da represa que estavam sendo usadas por empreendimentos comerciais irregulares, muitos deles funcionando há mais de 20 anos sem alvará e sem o devido recolhimento de impostos municipais. Pelo menos 20 estabelecimentos foram total ou parcialmente demolidos nos últimos três anos.

Mais recentemente, foi iniciado um programa de aquisição de áreas particulares próximas da represa para anexação aos novos parques em construção. A iniciativa amplia áreas verdes e recompõe parte da mata ciliar na região de mananciais, ações que contribuem com o processo de recuperação ambiental da Guarapiranga que já vem sendo tocado pelo Estado e Prefeitura com outros três importantes programas: Vida Nova (Secretaria Estadual de Saneamento e Energia), Mananciais (Secretaria Municipal de Habitação) e Córrego Limpo (Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras/Sabesp).

Até o momento pouco mais de R$ 10 milhões estão sendo investidos diretamente nas obras projetadas para o programa, que são executadas pela Subprefeitura de Capela do Socorro com recursos que vêm de Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Secretaria de Subprefeituras, Secretaria Estadual de Energia e Saneamento, Sabesp, Fundurb e Banco Mundial. Outros R$ 10 milhões serão investidos em 2010 na continuidade das obras.


Os parques

São sete parques planejados para esse trecho da orla da represa Guarapiranga, todos em áreas alagáveis, condição que deixa os parques com áreas maiores durante os períodos de seca, em torno de oito meses por ano, e com as menores nos períodos de cheia.

Já estão concluídas as obras de construção das primeiras fases dos Parques São José, da Barragem e Praia de São Paulo no trecho denominado Praia do Sol. Este ano serão entregues ainda a primeira fase do Parque Castelo e a segunda do Parque São José. E já tiveram início as obras da primeira etapa do Parque Nove de Julho, além do desenvolvimento dos projetos dos Parques Hípico e Atlântica. De forma geral, a idéia é anexar novas áreas a esses parques para que, unidos, sejam transformados em um único parque que circunde toda essa porção da represa, formando então a chamada “Praia de São Paulo”.

A represa Guarapiranga tem vocação natural ao lazer e ao turismo e o programa de recuperação da orla, além do claro objetivo de preservação ambiental, visa ao resgate de atividades comerciais que possam gerar emprego e renda para a região, sem causar danos ambientais à represa. Dessa forma, todo o programa prevê a ordenação das ocupações ao longo da orla, mantendo os clubes náuticos, as marinas, os restaurantes, os quiosques, os estaleiros, escolas de esportes náuticos e procurando atrair ainda outros empreendimentos ambientalmente responsáveis.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de São Paulo

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