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Pianos nas estações do Metrô viram palco para novos talentos
Abril 05, 2011

Ponto de entrada e de integração entre as linhas do Metrô, a Estação Sé também se tornou um palco de novos talentos. Desde o dia 24 de março, um piano colocado no mezanino chama a atenção de quem passa. Trata-se de mais uma ação do Metrô de São Paulo para aproximar os usuários da música.

Os pianos (quatro, no total) estão instalados nas estações Santana (Linha 1-Azul), Sé e Tamanduateí (Linha 2-Verde) e Largo Treze (Linha 5-Lilás). Os instrumentos, do tipo vertical, fabricados pela Fritz Dobbert  foram doados pela Cinemagia, empresa parceira do Metrô. Os instrumentos podem ser tocados pelos usuários desde a abertura das estações (às 4h40) até o fechamento das estações, à meia-noite.

No começo, os usuários chegam tímidos, mas depois se aproximam do instrumento e começam a revelar seu talento. O repertório é variado: de música gospel, passando pela popular e erudita. "Nossa, já são 15 horas, estou aqui desde às 13 horas. Nem vi a hora passar, diz Felipe dos Santos Tolentino, morador em São Miguel Paulista.

Tolentino soube da novidade ao passar pela Estação Santana do Metrô. "Estou à procura de emprego e vi a publicidade informando que haveria piano aqui e em outras estações, resolvi mostrar o que aprendi na igreja". O jovem de 23 anos aprendeu há três anos a tocar piano em uma igreja evangélica.

Beethoven e Pixinguinha 

Os sons ecoam pela Estação e o número de fieis se aglomera em torno do pianista. Espantado com a própria cantoria e vendo que uma mulher ao seu lado estava esperando a sua vez para dedilhar as teclas do piano, Tolentino dá uma pausa no repertório.

Para agradar ao público e desbancar o antecessor que deu um show de canções gospel com direito a coro, Marise Brito, assistente social, resolveu arriscar o que aprendeu em seis meses de Conservatório. Agradou. "Puxa, eu estava de passagem e vi essa mulher tocando. Estou adorando o repertório," diz a estudante Viviane Galeano, 16.

O número de pessoas e interessados vai aumentando. Também não é para menos, as músicas escolhidas Rapsódia Sobre um Tema de Paganini, de Rachmaninoff , trilha sonora do filme Em algum lugar do passado e Hino à alegria, de Beethoven, são de agrado popular.

Depois de muito aplauso, Roberto Cavalcante, segurança e músico da noite, faz um passeio pelas melhores canções de Pixinguinha. O repertório continua e quem passa pelo local, resolve dar uma paradinha no dia agitado.

O funcionário público aposentado, Nelson Lauro de Souza, dá um viva aos pianistas. "Sem música, a vida não vale a pena", diz entusiasmado. Com 114 mil usuários por dia (números de entrada pelas catracas da estação), a Sé é uma estação de passagem e de entrada. "Não tivemos problemas de vandalismo. As pessoas gostam e revelam seus talentos. No período da manhã tem um pessoal que dá verdadeiros shows de música clássica aqui", diz César Quintans, supervisor geral de Segurança da Estação Sé.

Aluízio Gibson, chefe do departamento de marketing corporativo do Metrô, explica que a ação é baseada no projeto do artista inglês Luke Jerram, chamado "Play me, I'm yours" (Toque-me, Sou teu) que trouxe sete pianos e espalhou por São Paulo, em lugares inusitados, onde o pedestre estava simplesmente convidado a sentar e tocar.  

"Creio que os pianos certamente serão procurados por nossos usuários, seja por aqueles que têm formação musical, seja pelos que simplesmente têm curiosidade em ouvir seu som. A intenção é tornar mais agradável o ambiente em nossas estações e privilegiar a arte, em suas diversas manifestações", afirma Sérgio Avelleda, presidente do Metrô.

Gibson salienta que a ação é permanente. "O piano da Sé permanecerá e os das outras estações irão circular". Uma boa notícia para quem quer sair do anonimato e mostrar o seu talento.

Da Agência Imprensa Oficial

Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo


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