Instituto de Psiquiatria discute depressão e
transtorno bipolar
Maio 19, 2008.
A medicação no tratamento de depressão e do transtorno bipolar: importância e
dificuldades é o tema da palestra que será realizada no dia 30 de maio, das 13h
às 15h, no Anfiteatro do Instituto de Psiquiatria - Rua Doutor Ovídio Pires de
Campos, 785, São Paulo.
O evento gratuito é promovido pelo Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (Gruda),
do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Destina-se aos portadores das doenças,
familiares e demais interessados no assunto.
Há quase oito anos o Gruda realiza encontros mensais, abertos ao público interno
(pacientes e familiares) e à comunidade para explicar certos aspectos da
depressão e do transtorno bipolar.
Se você ou algum conhecido apresenta alteração de sono, falta de apetite,
desmotivação para viver, perda de interesse generalizado, pensamentos negativos
e mau humor, cuidado! "Se estes sintomas persistirem por mais de duas semanas
seguidas é recomendável procurar um psicólogo ou psiquiatra para analisar a
possibilidade de depressão", orienta o psiquiatra Frederico Navas Demetrio,
coordenador do Gruda e um dos palestrantes. Ele conta que, ao longo da vida, 15%
da população mundial manifesta o problema de saúde.
A doença vai muito além de uma simples tristeza. Numa pessoa sadia, a melancolia
é momentânea e surge por alguma situação desconfortável. Já no depressivo, a
falta de alegria é mais intensa e acompanha outras alterações fisiológicas.
Suicídio - O problema psíquico provém de vários fatores: hereditários,
ambientais (submeter-se a situações que geram excessivo estresse) e médicos.
Contrair certas doenças geradoras de depressão como câncer, aids e aquelas que
comprometem o desempenho do sistema nervoso central, dos hormônios e da
tireóide, são causas médicas da moléstia. Demetrio explica ainda que otratamento
quimioterápico e o consumo de alguns medicamentos (compostos de corticóide, por
exemplo) também podem desencadear crises depressivas.
A cura exige tratamento médico, pois não existe melhora espontânea da depressão.
Para a maioria dos pacientes, o profissional recomenda medicamentos
antidepressivos e psicoterapia. Casos graves são submetidos a
eletroconvulsoterapia - anestesia com choques no cérebro para redução dos
sintomas psíquicos. Quinze por cento dos depressivos cometem suicídio. "Isso sem
contar as diversas tentativas", alerta.
Poder da fé - "Os doentes que têm fé, independente da religião, melhoram
progressivamente seu quadro clínico. Isto vale para qualquer doença", avalia
Demetrio. A crença religiosa associada ao tratamento médico beneficia o
organismo: mais imunidade e melhor desempenho do sistema nervoso e das glândulas
hormonais. As atividades físicas realizadas freqüentemente também ajudam.
Transtorno Bipolar atinge 1% da população
De acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), a doença é
caracterizada por alterações de humor e depressão alternando-se com euforia
(denominada mania), em diversos graus de intensidade.
O transtorno bipolar (TB) tipo I apresenta episódios de depressão e de mania e
atinge 1% da população geral. Quadro mais brando, o TB tipo II, pode comprometer
até 8% das pessoas no mundo. Estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de
brasileiros sejam portadores de transtorno bipolar.
Dados da Organização Mundial de Saúde da década de 1990 apontam que a TB foi a
sexta maior causa de incapacitação do mundo.
A ABTB divulga também que o suicídio é a causa mais freqüente de morte,
principalmente entre os jovens. Aproximadamente 50% dos portadores tentam
suicídio ao menos uma vez e 15% efetivamente o cometem. Doenças clínicas como
obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares são mais freqüentes entre as
pessoas portadoras de transtorno bipolar.
SERVIÇO:
Inscrições para a palestra A medicação no tratamento de depressão e do
transtorno bipolar: importância e dificuldades podem ser feitas pelo telefone
(11) 3069-6648 até o dia 27 de maio. Há 100 vagas.
Mais informações no site www.hcnet.usp.br - link Cursos e Eventos
Fonte: Agência Imprensa Oficial.
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Comentários registrados para esta reportagem
Em 14 de Setembro de 2008 luciana tsutsui escreveu: Olá,meu nome é luciana.
na verdade não é um comentário,eu gostaria de saber se há alguem aqui que pode me aconselhar me guiar,não vou contar a minha história antes de saber se é aqui que vou poder resolver meus probleas gostari muito que alguem que conheça algum psquiatra me informe por esse email :
luciana_tsutsuii@yahoo.com.br
Em 10 de Setembro de 2008 Sonia Regina escreveu: Para a paciente que alega ter ansiedade e toma vários remédios, uma recomendação:Procure um terapeuta cognitivo ou uma indicação direta do ITC: INSTITUTO DE TERAPI COGNITIVA
Em 20 de Agosto de 2008 rita de cassia escreveu: gostaria de saber se em curitiba existe algum grupo ou palestras.
Em 24 de Junho de 2008 mara escreveu: Gostei muito das informacoes;porem gostaria de fazer uma pergunta sobre o assunto:tenho sindrome da ansiedade,tomo fluxetina 20mg e rivotril 1mg,mas apenas ameniza as minhas crises.Tenho q tomar dramim antes de todas as refeicoes,mesmo assim as vezes tudo q comi volta,e sinto muito mal,com angustia,suor excessivo,vomito,diarreia,nada ta bom e nenhum lugar e bom,isso ocorre desde os meus 8 anos mas era uma vez ou outra e passava logo,agora de uns 10 anos para ca tem sido constantemente,todo dia,faco psicanalise,e o com psiquiatra(posto de saude publica,mas ja faz alguns meses q o psiquiatra nao vem,nao tem medico,eles apenas fornece a receita medica)conclusao nao tenho melhora,estou esgotada fisicamente,e mentalmente.O psicanalista diz q sao situacoes passadas,ocorreram na minha infancia,que ficaram guardada no meu inconciente e modo q meu corpo achou para por pra fora foi essa vomitando.Sera q nao existem remedio que possam me ajudar a parar de tomar dramim e parar c/esses vomitos?enquanto faco o tratamento?Me ajudam por favor.Obrigada...(tenho hoje 37 anos)
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