Escola do bairro de Pinheiros faz campanha para cadastro de doadores de medula óssea
Atividade foi inspirada por uma de suas alunas, Alexandra Buttel Jalowietzki, a Drica, de 9 anos, que luta contra a leucemia e está na fila de transplante
Outubro 22, 2008

A Escola Alecrim Educação Infantil e Ensino Fundamental promove campanha de cadastramento de doadores de medula óssea no sábado, 25 de outubro, em parceria com a AMEO (Associação dos Doadores de Medula Óssea), entidade sem fins lucrativos que apoia o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o REDOME.

Será um dia de festa na escola, com a participação das crianças que lá estudam. Foram programadas apresentações musicais, rodas de leituras e brincadeiras, entre outras atividades lúdicas. O transplante de medula óssea é o último recurso para salvar vidas no caso de pessoas que enfrentam uma série de doenças no sangue.

Professores, funcionários, pais de alunos, amigos, moradores do entorno, a comunidade, enfim, todos podem e devem participar para que o número de doadores cadastrados no REDOME aumente ainda mais. Antes do surgimento da AMEO, em 2002, existiam somente 12 mil doadores cadastrados. Hoje beiram os 800 mil. Mas ainda são poucos se levarmos em conta a necessidade e a população do país. Nos EUA, por exemplo, são 9 milhões de doadores cadastrados.

Durante toda a manhã, profissionais da AMEO vão orientar, responder as principais dúvidas e colher uma amostra de sangue dos voluntários para análise e tipagem e com isso cadastrá-los no REDOME. Caso haja compatibilidade com algum paciente na fila, será feito o transplante. Segundo a bióloga Camila Hinsching, fundadora e atual coordenadora de projetos da AMEO, a chance de transplante entre não aparentados é em média de 1 em 100 mil, "mas pode chegar a 1 em um milhão no caso de algumas etnias, como negros e orientais".

O transplante em si não envolve risco ou dor, pois o doador toma anestesia peridural. Cerca de 10% da medula é retirada da região óssea da bacia. Ao receber alta no dia seguinte, o doador sai apenas com dois furinhos, enquanto o paciente passa imediatamente a produzir plaquetas sangüíneas (plasma, glóbulos brancos e vermelhos), vitais para a sua recuperação e saúde.

A Escola Alecrim pede aos participantes para trazerem um 1 kg de alimento não perecível para compor cestas básicas para a AMEO distribuir entre os familiares que acompanham as pessoas que estão na fila de transplante ou transplantados.

Serviço

Sábado, 25 de outubro, das 9h às 13h
Escola Alecrim - Educação Infantil e Ensino Fundamental
Rua Amália de Noronha, 403 Pinheiros
Informações: fone 3864-3797

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Em 17 de Novembro de 2008 Maria Lúcia da Fonseca Caetano escreveu: Achei ótima essa campanha. Geralmente as escolas ou empresas mandam uma carta comunicando que um aluno ou colega está com leucemia e pede que façam doação de sangue para teste, fornecendo os endereços de bancos de sangue. As pessoas ficam sensibilizadas, mas colocam a carta de lado e não fazem mais nada. Neste caso, a escola fêz realmente uma campanha, pois dispobilizou as coletas dos pais das crianças no local. Estive lá e vi a alegria das crianças levando os pais para fazerem uma boa ação. Eles mesmos queriam ajudar a coleguinha e doarem também. É super importante fazer a tipagem e deixar para análise no banco: nunca sabemos se um dia nosso filho ou nosso neto vai precisar dessa doação e aí é que se tem a certeza de ter feito a coisa certa, enquanto se pode. Possuir o cartão da AMEO já me torna muito feliz. Oxalá eu consiga um dia salvar uma vida! Tomara que essa tomada de consciência se espalhe por outras escolas ou empresas. Parabéns aos pais que fizeram coleta para tipagem de sangue. Parabéns à Diretora da Escola pela campanha de fato. Felicidades à linda menina, Drica, que ela consiga logo superar esse problema e seja saudável e feliz, no seio de sua comunidade e de sua família.

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