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Orientação sobre mochila reduz peso transportado por estudantes
Janeiro 22, 2008
O melhor caminho para corrigir a postura das crianças em idade escolar, evitando
futuros problemas de coluna, é fazer um trabalho de orientação para o uso da
mochila com pais, professores e os próprios alunos. A conclusão está na pesquisa
da fisioterapeuta Susi Mary de Souza Fernandes, realizada na Faculdade de
Medicina (FM) da USP com 99 estudantes de uma escola particular na cidade de São
Paulo.
A fisioterapeuta pesquisou o tipo de mochila mais usado, o peso transportado e o
modo como as mochilas são transportadas por crianças de 7 a 11 anos, alunas da
1ª à 4ª séries do ensino fundamental. Após uma primeira avaliação, tanto as
crianças quanto os pais e os professores assistiram a palestras de educação
postural e os estudantes receberam orientações mensais por três meses.
No primeiro levantamento, constatou-se que 49,5% dos alunos usavam mochilas do
modelo carrinho, e 46,5% utilizavam o modelo duas alças. “Os estudantes
aprenderam, por meio de vivência prática, que a carga da mochila deve ter no
máximo 10% de seu peso corporal, e que o transporte deve ser feito de modo
simétrico, ou seja, nos dois ombros”, diz Suzi.
Após a orientação postural, o uso da mochila de duas alças subiu para 60,6%,
enquanto o do carrinho caiu para 33,3%. A fisioterapeuta aponta que o número de
alunos que passaram a carregar a mochila nos dois ombros aumentou de 41,4% para
55,6%, e para transporte em mãos foi observada redução de 5,1% para 0%.
Peso
O peso transportado pelos alunos teve uma redução média de 2,66 quilos. “Na
primeira avaliação, foram encontradas mochilas tipo carrinho com peso superior a
10 quilos (Kg), apesar de o material de uso diário exigido pela escola não
ultrapassar 1,5 kg”, revela Suzi. “Percebemos que o peso das mochilas diminuiu,
o tipo de mochila mais utilizado passou a ser o de duas alças e o transporte
passou para ombro bilateral.”
Os pais foram orientados a verificar a mochila das crianças freqüentemente, pois
foi constatado que os alunos carregavam material além do exigido diariamente
pela escola. Outro alerta feito aos pais é que, mesmo vazias, as mochilas tipo
carrinho eram muito pesadas, e transportá-las de modo inadequado gerava
sobrecarga, principalmente porque a escola possuía escadas para acesso à sala de
aula.
Para os professores, foi sugerida a racionalização do material, bem como a
adequação dos horários de aula, a fim de que as crianças pudessem organizar as
mochilas. “Também foi levantada a necessidade de armários para armazenamento do
material na própria escola”, completa a fisioterapeuta.
“Concluímos que as crianças recebem bem educação para hábitos de saúde e que
medidas de educação devem ser implantadas para que as doenças de coluna no
adulto possam ser evitadas”, ressalta Susi. A pesquisa faz parte da dissertação
de mestrado da fisioterapeuta, orientada pela professora Raquel Aparecida
Casarotto, do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da FMUSP.
Mais informações: e-mail
susifernandes@uol.com.br, com Susi Mary de Souza Fernandes
Fonte: Agência USP
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