Sinopse: Atualmente falar de sonho, ou pensar em sonhar, tornou-se um ato heroico. Na idade média, ato heroico era salvar moças indefesas juntamente com seu cavalo e um fiel escudeiro. Nas cavalarias e Grandes Cruzadas, era heroico salvar o outro sem ganhar nada em troca, apenas uma cama e um prato de comida em alguma estalagem. Disso trata o livro de Miguel de Cervantes “Dom Quixote de La Mancha, O Cavaleiro da Triste Figura”, um romance dividido em duas partes, escrito em 1605. No livro, o autor parodia os romances de cavalaria – muito populares nos anos anteriores, e já em declínio em sua época - através da figura de Dom Quixote, um fidalgo idoso que enlouquece depois de tanto ler livros de cavalaria e começa a acreditar ser um grande e poderoso Cavaleiro Andante. Quixote, como todo cavaleiro, sai em busca de aventuras com seu cavalo Rocinante e seu fiel escudeiro, Sancho Pança, ambos, aos olhos lúcidos, incapazes de lutar. O ballet Dom Quixote, coreografado por Marius Petipa e Alexander Gorsky com música de Ludwig Minkus estreia em 1869 no Teatro Bolshoi do Ballet Imperial. A dança traz consigo não só o peso artístico do ballet de repertório que relembra as cortes francesas, como também uma adaptação singela da história do nosso herói nos palcos. Neste espetáculo, a alegria espanhola ocupa o lugar da classe e seriedade do ballet clássico. Historicamente, este ballet é tão importante quanto o livro, pois quebrou os padrões da técnica de sua época e possibilitou que os bailarinos pudessem mostrar sua capacidade de interpretação e usar sua sensualidade.