Pocket-shows e podcasts incrementam a segunda semana do Festival Arte como Respiro – Edição Música

Setembro 17, 2020

A programação de setembro do Festival Arte Como Respiro traz mais um recorte de apresentações dos trabalhos selecionados no segmento música, na série de editais de emergência realizados pela instituição para apoiar artistas impactados pela suspensão social no contexto da pandemia do covid-19.


Crédito: Gal Oppido

Nos dias 19 e 20 de setembro (sábado e domingo), 10 projetos contemplados na categoria Podcast são exibidos nas plataformas digitais dos artistas. De 23 a 27 de setembro (quarta-feira a domingo), o site do Itaú Cultural, segue com as apresentações em formato pocket-show, pré-gravado, de mais 15 artistas contemplados na categoria Autoral do edital. São projetos da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Tocantins, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, nos quais os músicos tocam suas composições autorais, que vão do MPB ao rock e do samba ao jazz, e os audiovisuais ficam disponíveis para serem assistidos virtualmente por 24 horas.

Podcast

Em Na pisada, programa produzido e idealizado pelo artista pernambucano Karl Marx, o episódio de estreia mergulha sobre a musicalidade do cangaço e a influência dele na música popular brasileira. O podcast Dona Dalva Damiana de Freitas, a Doutora Honoris Causa do samba de roda de Cachoeira, criado pelo baiano Judson Santos, mostra uma entrevista concedida à cantora e pesquisadora Clécia Queiroz, sobre sua experiência no samba de roda, uma variante do samba com raízes africanas e que reúne diversas músicas, poesias e danças.

Encerrando o primeiro bloco do dia 19, o podcast Fado faz um passeio pela história do Fado, canção popular de Portugal. Apresentado pela musicista Jussara Santos, o programa mostra a relação dela ao estilo, além de explicar suas influências dentro da música brasileira. No dia seguinte, estreia o podcast Notas e Rodapés - #01 Pelão - Um revolucionário da Música Brasileira. Neste primeiro episódio, o publicitário Diego Silveira conversa com o produtor João Carlos Botteselli - Pelão, que tomou para si a missão de registrar alguns dos maiores estandartes da cultura nacional, até então ignorados pelas gravadoras.

Apresentado pelo VJ e músico Luiz Thunderbird, o podcast História do Rock Brasileiro 1980's foi criado para tentar explicar como esse gênero musical se comportou nos anos 1980, além de contar como as rádios da época tratavam os artistas. No podcast Histórias bem contadas - #01 Caco Velho, o sambista infernal, o músico gaúcho Rafael Garcia Rodrigues, conta histórias de brasileiros injustamente desconhecidos, destacando o Caco Velho, um dos idealizadores da bossa-nova.

Criado pela jornalista carioca Anna Luiza Ferreira Pijnappel, As Compositoras é um programa dedicado exclusivamente às mulheres compositoras de música erudita. Para encerrar a programação, o programa Submarino Tropical #01 Rap Feme, apresentado pela DJ capixaba Deb Feme, faz um panorama musical e político sobre as mulheres latino-americanas e caribenhas dentro do estilo Hip Hop.

Pocket-shows

Entre os dias 23 e 27 de setembro, sempre às 20h, mais 15 artistas se apresentam em formato pocket-show, no site do Itaú Cultural. Com três espetáculos diários, que ficam disponíveis por 24h, os músicos levam ao público ritmos que abrangem os gêneros samba, rock, jazz, reggae, música brasileira e música instrumental. Na quarta-feira, o site da instituição coloca no ar o contrabaixista baiano Nino Bezerra. Contando com samplers de percussão, saxofone, sanfona, clarinete, violão, guitarra e piano, o compositor apresenta as canções Jenipapo, Madrugadas de Outono e Forró Baianado. As músicas trazem um forte sotaque nordestino mesclado com jazz, samba, bossa nova, axé music e semba de Angola.

Em performance de voz e piano, o cantor e compositor paulista Breno Ruiz selecionou três canções de seu repertório, em parceria com os músicos Paulo Cesar Pinheiro e Cristina Saraiva. Neste pocket-show, ele toca as músicas Caipira, Cristais de Poesia e Mar Aberto, um mix de suas influências entre o popular e o erudito.

Com uma mistura cativante de rock e jazz, influenciado por ritmos que vão de John Coltrane a Miles Davis, o trio sergipano Taco de Golfe, composto pelo guitarrista Gabriel Galvão, pelo contrabaixista Filipe Williams e pelo bateria Alexandre Damasceno, apresenta suas canções instrumentais em Nó sem ponto ii, Dito e Fora de mim, manifesta-se.

Na quinta-feira, dia 24, também às 20h, o músico paulista Triz apresenta suas composições O som vem assim, Pra Berlin e Elevação Menta, trabalhos autorais que unem rap, samba e MPB. No mesmo dia, o grupo potiguar Macaxeira Jazz apresenta, excepcionalmente em versão com bandolim e violão, suas canções instrumentais O Abraço do Potó, Xô Coruja e Frevo Relaxadão, obras que unem o choro, samba, baião e jazz. A noite termina com a performance de Lari Lima. Com suas canções Iemanjá, Tão Linda e Soul Brasil, a cantora e violonista sergipana apresenta sons da MPB, em pocket-show de voz, violão e percuteria.

O samba, o reggae e a MPB ditam o ritmo da programação da sexta-feira, dia 25, também às 20h. Com uma sonoridade que transita pela música popular brasileira, com melodias de violão e cavaquinho, o trio carioca do Projeto Pietá apresenta, com a voz marcante de Juliana Linhares, suas canções autorais Vivará, Mar de Sonhos e Oração para Luzia.

Trazendo uma mistura de reggae e MPB, Samico apresenta sua personalidade rítmica em voz e violão. Com samplers de bateria e contrabaixo, o músico pernambucano leva ao palco virtual suas canções Sereia, Além-Mar e Oya. Para fechar a noite, Seu Pereira e Coletivo 401, representado em voz e violão pelo músico paraibano Jonas Pereira Falcão, unem o rock com a MPB nas canções Gotham City Love, Já era e Eu não sou boa influência pra você.

Final de semana

A programação musical do sábado e do domingo abrange as culturas e ritmos do Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil. No dia 26, é a vez do tocantinense Dorivã Passarim do Jalapão. Conhecido como o Passarim do Jalapão, o músico navega pela diversidade musical da MPB e do Samba. Em apresentação de voz, violão e percussão, ele toca suas composições Avarandado, Festa da Colheita e Mãe Romana.

Talita Avelino, apesar de ser paulista, carrega em suas canções as influências e os ritmos do Nordeste. Nesta apresentação solo, a cantora traz as músicas autorais Jogo de Ifá, Tara e Rio Vermelho. Fechando a noite, o também paulista Luiz Tatit, conhecido por compor dezenas de músicas que já foram reproduzidas por grandes artistas da MPB como Ney Matogrosso, Zélia Duncan e Leila Pinheiro, apresenta, em voz e violão, suas canções Sem Destino, Feitiço da Fila e Toque o Tambor.

No domingo, a programação passa pelo mistura entre a música barroca e o samba de raiz, com influências africanas. A noite começa com o show do poeta e compositor pernambucano Revoredo. Em apresentação em voz e violão, o músico transita entre a MPB e a música regional nas suas canções Vingança, Acetona e Areia.

Com a união entre o popular e o erudito, misturando ritmos latinos e música barroca, o instrumentista paulista Neymar Dias apresenta, em um viola de doze cordas, suas composições La Valse, Chamamé da Lua e Barroca, todas gravadas para seu disco solo Minhas canções instrumentais.

A cantora e compositora Thayna Janaina encerra a noite de domingo. Apresentando suas canções Saudade, Eu sou assim e Eu canto pra você, a musicista faz parte da atual cena musical goiana, tendo como referência os ritmos do samba, choro, jazz e da música africana.

Outras linguagens

A agenda de setembro do festival, que já contou com duas semanas de espetáculos de cênicas e uma de música, segue com a programação de artes visuais. Ao todo, serão exibidas quatro mostras, que permanecem no ar durante um mês no site do Itaú Cultural, a partir da data de lançamento de cada uma. Em cartaz até o dia 2 de outubro, o primeiro recorte soma 10 projetos relacionados ao corpo e à performance, oriundos do Amapá, Pará, Rondônia, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Serviço

Festival Arte como Respiro – Edição Música - Autoral
De 23 a 27 de setembro (quarta-feira a domingo)
Sempre às 20h
No site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br

Festival Arte como Respiro – Edição Música – Podcasts
19 e 20 de setembro (sábado e domingo)
Nas plataformas digitais dos artistas

Itaú Cultural

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