Sinopse: Para esta exposição, Boleta criou telas inéditas que refletem suas vivências e reflexões dos últimos seis anos, principalmente entre Alto Paraíso, GO, e São Paulo. A dualidade urbana e natural desses locais é evidente nas obras apresentadas. A trajetória do artista na arte urbana é marcada pela busca de novos símbolos e narrativas, influenciada por seu envolvimento com a religião Santo Daime e suas peregrinações pela região do Acre, onde teve contato com o xamanismo. A simetria nas composições de Boleta reforça a ideia de equilíbrio e harmonia. As imagens sugerem um espelhamento que cria narrativas paralelas convergindo no infinito, representado pela Fita de Móbius ou pela vastidão do cosmos. Este infinito simboliza a reflexão sobre as infinitas mudanças e a eternidade. Sua iconografia é rica em símbolos como janelas, chaves, animais, vegetação e elementos naturais como fogo e água. Esses elementos compõem narrativas que exploram a transcendência e a busca pelo universal. A fauna e flora brasileiras, resultado das incursões do artista pelo território nacional, estão representadas por espécies como cobras e beija-flores, cada uma carregando significados profundos de renascimento e transcendência. A exposição "Beijaflormetria Cósmica" é uma oportunidade para explorar a interseção entre a arte urbana e a cultura contemporânea, através do olhar único de Boleta, que continua a ser uma figura influente no cenário da arte urbana contemporânea.