"Jornal da Tarde denigre a região da Berrini e o trabalho sério da Polícia", afirma o Delegado Assistente do 96DP.
Novembro 20, 2001

A Av. Luiz Carlos Berrini virou "o corredor do medo", como afirma o Jornal da Tarde? Na recente reunião do Conselho Comunitário de Segurança do Brooklin o Dr. Antônio dos Santos, Delegado Assistente do 96° DP, fez referência à reportagem do JT, e disse que ouviu comentários, porém não possui provas que corroborem os mesmos, que "há gente querendo denegrir o bairro para especular com imóveis", já que a Berrini é hoje " uma avenida onde o metro quadrado é o mais caro de São Paulo, sede de escritórios de empresas da maior representatividade do mundo, de quase todos os países". Disse ter ouvido, também, que a matéria publicada pelo JT "é uma matéria paga, mas é dificultoso de provar". Leia, no Jornal da Tarde: "Por dentro do crime na Berrini" e "Crimes na Berrini assustam? A polícia garante que não"

Afirmando que "alguém tem interesse em denegrir a região e o trabalho sério da polícia", o Dr. Antônio envia um mensagem à população: "Tenham certeza que estamos cuidando de nossa casa com o maior esforço possível, e temos nos preocupado muito em dar a segurança que os senhores almejam".

Luiz Carlos Durães, presidente do Conselho Comunitário de Segurança, defendeu a ação policial, afirmando que "mesmo antes da reportagem a gente, que trabalha na região, conseguia observar a movimentação policial na área".

O Tenente Wagner, sub-comandante da 4a. Companhia de Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo da região, afirmou que "os números do INFOCRIME na Berrini são os mais baixos da região". O INFOCRIME é um sistema estatístico, baseado nos registros de Boletins de Ocorrências, que fornece um mapa do crime nas diversas regiões de São Paulo.

Não é a primeira vez que reportagens do Jornal da Tarde provocam reações adversas das autoridades policiais. Em 10 de setembro, o Dr. Alexandre Sayão, Delegado Titular do 15º DP - Itaim Bibi, afirmou que o JT tinha faltado à verdade ao afirmar que a Rua Japão tinha se tornado "um dos pontos mais cobiçados pelos ladrões de carro na cidade", e o jornalista não tinha publicado nem a metade de suas declarações, visando manter o tom sensacionalista da reportagem. ( Leia )

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