Comunicação
por Elmo Francfort Ankerkrone
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A Festa do IV Centenário   

Aqui faremos um resumo sobre a grandiosidade das festas de 9, 10 e 11 de julho de 1954, quando a nossa querida São Paulo completava seu quarto centenário de existência. Os que viveram naquela época não se esquecem jamais desta festa, que, independente de classe ou região do Estado (e até do Brasil...), e com a profunda participação de todo o povo comparecendo aos festejos que invadiram as ruas de nossa cidade. Contaremos aqui a história de uma festa que começou em uma Sexta-feira e acabou no Domingo, mas que na memória dos paulista até hoje está acontecendo.

9 de julho

A data não significava somente um dia qualquer do ano do IV Centenário. Era também o 22º aniversário do início da Revolução Constitucionalista de 1932. O espírito do paulista revolucionário também se reafirmava naquela imensa festa de julho de 1954. E não bastasse só isso naquela data, já que a mesma também marcava em São Paulo a celebração do 4º Congresso Eucarístico Nacional.

A festa começa com o povo reunido defronte da Catedral da Sé, que havia sido finalmente construída para comemorar o IV Centenário. A obra era datada do início do século XX, só que a construção ficou inacabada por três décadas, só sendo retomada pelos paulistanos para aquele ano, que na opinião destes, era o de que iriam "dar a volta por cima". E assim se criou um grande símbolo de São Paulo.

Voltando à festa, o povo se encontrava em frente a Sé, quando, ao "meio segundo" do dia 9 de julho (00:00:03h!) os padres e bispos subiram na torre e fizeram badalar os sinos da catedral, dando abertura aos festejos.

Neste momento, os carros buzinavam pela rua comemorando, eram feitos bailes e festas em recintos fechados e todos brindavam, sempre segurando na outra mão uma pequena bandeirinha do nosso Estado.

Os heróis de 32 também estavam presentes , dançando com suas fardas e armas a tira colo. As orquestras invadiram o silêncio das ruas e São Paulo começava a se integrar com o espírito da festa.

Na manhã seguinte...

... as pessoas, que já haviam passado a madrugada inteira acordadas ao som da festa, agora estavam reunidas em torno do Pátio do Colégio, aonde os jesuítas em 1554 haviam fundado seu educandário. Militares, políticos, demais autoridades, o povo e as bandas lá estavam.

Foi quando o corneteiro da revolução de 32, Elias do Santos, tocou a Alvorada e fez com que, gradativamente, as pessoas se ajoelhassem no chão - independente da classe e posição social.

O próximo passo foi o toque dos clarins, dando início a subida da bandeira nacional. Aos poucos, chegava a próxima atração: a Banda Marcial dos Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro, fazendo suas famosas evoluções. E assim contornavam o marco do Pátio do Colégio.

E como foi a Associação das Emissoras de São Paulo (AESP) que organizou a festa (sob a presidência do radialista Enéas Machado de Assis, das Emissoras Associadas) esta seria a próxima a aparecer nos festejos. A AESP convocava os principais locutores das rádios para fazer suas homenagens à São Paulo. Entre eles Murilo Antunes Alves, da Rádio Tupi.

Saindo dali, era a hora da missa campal da Praça da Sé. Conforme os dados obtidos pela AESP, aquele foi o ponto mais forte do evento, comparecendo à missa 200 mil pessoas. Este terceiro acontecimento foi o mais empolgante. Os heróis de 32 receberam suas homenagens no contexto da missa.

O Desfile de Bandas

Ao acabar a missa, partiram todos para o Desfile de Bandas (tudo isto bem programado pela AESP). Civis e militares de todo Estado e organizações industriais (como a dos Elevadores Atlas) fizeram suas bandas e desfilaram pelas principais avenidas de São Paulo, principalmente pelo Vale do Anhangabaú. E só se via por todo lado, nas janelas, balaustres, sacadas e prédios em construção pessoas aglomeradas assistindo ao evento e aplaudindo com entusiasmo.

Foi quando veio a Banda Miami Jackson High Scholl, que com números de piruetas e evoluções conquistou a admiração do povo. A Rádio Bandeirantes pediu a esta banda que tocassem o "Hino do IV Centenário" e ao mesmo tempo, esta fez uma coreografia que culminou na formação do símbolo da "Voluta Ascendente" (à direita, a "Voluta Ascendente", símbolo progressista da festa do IV Centenário. Esboçado por Alzira Francfort Ankerkrone e redesenhado pelo colunista. Arquivo pessoal (2001)).

O próximo grande evento foi a Banda do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (na época Rio de Janeiro). E para o encerramento desta parte dos festejos, chamaram a Banda dos Fuzileiros Navais do Rio - que antes estava no Pátio do Colégio.

A Chuva de Prata

Entre as 6 as 7hs, daquela tarde de inverno, o povo esperava ansioso pelo entardecer da cidade. Isto porque quando caísse a noite, uma festa inesperada aconteceria. É o evento que a maioria das pessoas se lembram, pela forma marcante e até inusitada como esta foi feita. Falamos da Chuva de Prata, organizada pelas Indústrias Pignatari com a colaboração da AESP e da 4ª Zona Aérea da FAB (Força Aérea Brasileira).

Foram feitos vários treinos de vôos noturnos antes da festa, sem que as pessoas entendessem o por quê. A idéia era jogar triângulos prateados ao povo.

Para colocar os sacos, com estes triângulos nos aviões, tiveram que tirar todos os bancos de passageiros e colocaram carretilhas, para que eles deslizassem até a porta de cada avião, jogando os triângulos aos céus.

Colocaram nos pontos mais altos (e estratégicos) de São Paulo os holofotes (alguns fixos e outros que se cruzavam iluminando a escuridão). Os holofotes pertenciam ao exército e à FAB.

Meu tio, Luiz Francfort, como câmera da TV Paulista, canal 5 de São Paulo, estava ao lado de um dos holofotes gravando a festa para a emissora. Ele disse que era uma maravilha aqueles triângulozinhos caindo, como se fossem lâminas de metal.

No dia Randal Juliano, pela Rádio Record dizia sobre o espetáculo:

- "O sentimento do paulista faz com que a cidade se locomova até o viaduto do chá. E aqui a multidão ergue os olhos para o céu, de onde caem lâminas metalizadas...Lâminas coloridas metalizadas sobre o viaduto do chá. Iluminadas por holofotes do exército, com o esplendor e luminosidade bonita. Traduzindo a alegria do povo paulista neste nove de julho, que comemorava uma derrota... Talvez tenha sido o único povo a comemorar uma derrota."

Era um milhão de pessoas na rua, satisfeitas com tudo aquilo. Estes espetáculos, que como já disse, eram cronometrados detalhadamente. No mundo, até aquele momento, só havia existido um grande festejo: o da Coroação da Rainha Elizabeth II, na Inglaterra. O segundo foi justamente aquele de 1954, que as pessoas nem imaginavam a grandiosidade do que estavam fazendo parte.

Algumas pessoas se acotovelavam, por causa de tanta vontade que possuíam para pegar os triângulos metálicos, onde no centro estava gravado em azul o símbolo da festa, a "Voluta Ascendente".

Corrida de Revezamento

No fim da festa, ainda naquele fim de noite, fizeram a corrida de revezamento, com os principais esportistas do Brasil.

A tocha percorreu São Paulo inteira. E sua pira estava localizada no Pátio do Colégio.

Entre os esportistas estava Ademar Ferreira da Silva, que percorreu o último trecho da corrida até acender a pira olímpica da celebração.

Logo após, novo desfile aconteceu. E os civis e militares (até os revolucionários de 32) se uniram para organizar a Marcha Aux Flanbeau (marcha com tochas na mão). Em seguida bandas passaram, depois grupos esportivos (entre eles o Corinthians), o contingente da Força Aérea (os que não estavam na organização da Chuva de Prata) e a banda da Força Pública.

Ressaltamos o Corinthians pela enorme faixa que o grupo expôs na rua:

"- O Corinthians saúda o povo, Rádio e imprensa!"

O fim do Estado Novo era recente. Mesmo assim, Getúlio Vargas não perdeu tempo e incentivou a festa, homenageando os trabalhadores paulistas, que sempre foram contra o seu governo.

E o encerramento do desfile foi feito pelo Corpo de Bombeiros, que colocou seus carros na rua de sirenes ligadas. Motos e cavalos do Batalhão de Guardas compareceram. E a montaria dos Dragões da Independência finalizou o espetáculo.

Festas Infantis

Na manhã do dia 10 de julho até a tarde, a AESP organizou uma festa só para as crianças, já que os paulistas não eram só adultos! As crianças se divertiram e muito. Na frente dos estúdios da TV Tupi, no Sumaré, uma enorme faixa estava sobre o palco improvisado, onde aconteciam as brincadeiras. E nesta estava escrito:

- Homenagem das Rádios Tupi-Difusora e PRF-3TV (Canal 3), ao IV Centenário de São Paulo - Iniciativa da AESP."

Mas a festa não ficou só no Sumaré... Se estendeu a todos os bairros de São Paulo, com palcos pequenos montados, onde as atrações iam se revezando e modificando a cada novo ponto da cidade. A maioria delas tinha como mediador o apresentador Homero Silva. Isto porque Homero Silva era conhecida pelas crianças, já que apresentava o Club Papai Noel. O espetáculo teve até a ajuda das afiliadas da TV Tupi. E nos tablados atores mirins participaram ativamente dos shows.

Grande Corso

Não estavam mais em 1930, quando eram chiques os corsos que davam voltas na Avenida Paulista. Mas para relembrar isto, no entardecer de 10 de julho de 1954, São Paulo se reuniu nas principais e mais largas avenidas da cidade para dar um Grande Corso.

O corso transformou-se num carnaval de antigamente, as pessoas tocavam e cantavam músicas, com muita alegria, caindo na boemia paulistana. Pessoas vestidas de índios e bandeirantes faziam um teatrinho, onde lutavam até que os jesuítas chegassem para a pacificação.

E novamente os revolucionários de 32 foram à festa carnavalesca vestidos com suas fardas e capacetes, se misturando com todo povo, onde na rua dançavam e continuavam o corso à pé.

O Show vai começar

Naquele mesmo dia 10, às 21 horas, a AESP fez o seu maior show com seus profissionais. Tudo aconteceu no Parque Dom Pedro, na concha acústica. Ali as orquestras e atores se apresentaram.

A Rádio Gazeta iniciou o show, com a Orquestra Sinfônica do Maestro Armando Berardi.

Um dos pontos altos desta atração foi quando, logo em seguida àquela orquestra, entrou a grandiosa Orquestra das Emissoras Associadas, com o Maestro Georges Henry.

A Rádio Record foi a terceira, com sua própria orquestra também.

Foi nesta época que Hebe gravou, com o sanfoneiro Mário Zan, "São Paulo Quatrocentão" e "Paulicéia e Festa" - dois discos em comemoração à data.

Voltando ao show, a quarta atração foi da Rádio Bandeirantes, onde estavam seus principais cantores: Dárcio Ferreira, Angela Maria (a "Sapoti"), os Titulares do Ritmo (que eram músicos cegos), Willian Forneau famoso porque assobiava canções), João Dias, entre outros.

Desta primeira parte dos números musicais, a pequena Sônia Maria Dorse, de 8 anos, representando os Associados e as crianças, declamou um poesia de Guilherme de Almeida, cujo primeiro verso era:

 "Bandeira da minha terra,
Bandeira das treze listras...
São treze lanças de guerra,
Cercando o chão do paulista!"  

Depois da poesia, a O.V.C. (Organização Victor Costa), representado pela TV Paulista ofereceu um número de balé. E para prosseguir, trouxeram outro balé, agora dos Associados, que graciosamente dançavam músicas brasileiras, imitando o estilo "Carmem Miranda".

Apresentou-se em seguida a Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob a regência do Maestro Eduardo Guarnieri. A cantora Morgana fez continuar a festa ao cantar canções sobre a cidade.

Logo depois, entra o Coro do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (RJ), sendo maestro o Comandante (e coronel) Sadoff de Sá, o mesmo que fez a regência do hino da festa, no desfile do Anhangabaú. E ali também regeu esta mesma canção, o "Hino do IV Centenário", do sanfoneiro Mário Zan, enquanto as pessoas batiam palmas e cantavam juntas.

Leia abaixo a letra do "Hino do IV Centenário", composta pelo músico à pedido da AESP em 1954.

 1º parte:

São Paulo, terra amada
Cidade imensa
De grandezas mil! 

És tu, terra dourada,
Progresso e glória
Do meu Brasil! 

Ó terra bandeirante
De quem se orgulha nossa nação,
Deste Brasil gigante
Tu és a alma e o coração! 

Refrão:  

Salve o grito do Ipiranga
Que a história consagrou
Foi em ti, ó meu São Paulo,
Que o Brasil se libertou! 

O teu quarto centenário
Festejamos com amor!
Teu trabalho fecundo
Mostra ao mundo inteiro
O teu valor!

2º parte: 

Ó linda terra de Anchieta,
Do bandeirante destemido.
Um mundo de arte e de grandeza
Em ti tem sido construído!
Tens tu as noites adornadas
Pela garoa em denso véu,
Sobre seus edifícios
Que mais parece chegarem aos céus!

(Refrão)  

Dentro da enorme concha acústica, continuando a festa, fizeram o Grande Desfile de Bandeiras e Bandeirantes.

Já era mais de meia noite quando o desfile acabou e começaram os espetáculos circenses. E estavam neste presente até os palhaços das emissoras: Torresmo e Fuzarca, da TV Tupi; Arrelia e Pimentinha, da TV Record, entre outros. O final do espetáculo circense e do grande show do dia 10, acabaria com o número do Globo da Morte.

O Grande Circo

Na manhã do dia 11 de julho (o último dia da festa) às 9h da manhã, a AESP "convocou" os paulistas para irem até o Estádio do Pacaembu. Lá seria a próxima atração da festa. Se tratando de um estádio, as pessoas teriam que possuir um ingresso. E sabe qual era este? Levar uma criança! Adulto desacompanhado de pequenos, não entrava!

No início, enquanto o estádio lotava, a Banda dos Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro executou sua marcha e logo após a CMTC trouxe sua banda. Só depois daria para se entender o porquê de levarem as crianças...

Invadiram o estádio dezenas de palhaços fazendo brincadeiras e mexendo com o público que assistia. Em seguida a Força Pública trouxe seus cães para fazer um espetáculo. Logo em seguida, os palhaços malabaristas fizeram seu show. E não paravam as novidades: trapezistas, Globo da Morte Shangai e tantas atrações fizeram o Pacaembu se tornar um "grande circo".

E, "invadindo" a coluna de meu colega Luiz Fernando Bindi, o IV Centenário também teve sua partida de futebol: O Futebol dos Palhaços! Onde certa hora do jogo, o gol não valeu e assim começou a pancadaria (uma brincadeira, que hoje infelizmente é uma verdade!). Aí chamaram o juiz Mister Ellis. E ele acabou saindo de maca! Não conseguindo o mesmo controlar a confusão, chamaram outro palhaço: o filho de Mister Ellis. E este também não consegue, chamando o neto de Mister Ellis! De repente, a confusão faz o jogo mudar de estilo e aos poucos, mesclam o futebol com outros jogos, como vôlei e futebol americano! E a torcida se diverte com este jogo de brincadeira, sem ninguém sair sangrando (como São Paulo mudou!) ... E as crianças pulavam na arquibancada, pedindo mais.

Desfile dos Romeiros

Uma hora tinha que acabar o jogo... E anunciaram a próxima atração: às 14 horas, na Avenida Nove de Julho começaria o Desfile dos Romeiros.

O repórter e poeta Paulo Bomfim lembra-se que este desfile teve um caráter anti-getulismo, quando nos carros dos romeiros foram colocados a letra R (de renúncia).

E passaram na Nove de Julho todos os tipos de romeiros, desde carroças com noivos, veículos do passado até as mulheres amazonas.

Aos amigos do Santo Amaro On Line, mostramos aqui a participação do seu povo. Já que na época Santo Amaro era uma cidade independente de São Paulo. Esses que fizeram homenagens aos paulistanos, apresentando um desfile de romeiros que traziam estampada a história de São Paulo. Vieram com roupas de Bandeirantes e com o passar do tempo, chegariam até as belas carruagens do século XIX e carros da época. A participação da população de Santo Amaro foi grandiosa.

Fogos e Salvas

Finalmente chegamos a última parte dos festejos do IV Centenário: às 18 horas do dia 11 de julho ainda aconteceria a grande queima de fogos. As pessoas começaram a ir para o Alto da Lapa às 14 horas. Não existia perigo para chegar ao local. Até a CMTC desviou seus ônibus para lá.

Eram 200 mil pessoas quando a noite estava para cair. E o show só estava começando! Fogos formavam estrelas, girandelas chamavam a atenção. Outra atração chamativa foi a alegoria sobre o Rádio Livre, feita com fogos.

Os Fogos Caramuru patrocinaram a festa e não deixaram de fazer sua própria alegoria, "acendendo" o seu índio no meio do Alto da Lapa.

O auge do espetáculo foi a recriação, em fogos, da baiana Cachoeira de Paulo Afonso. E ao lado dela, desenrolaram-se rapidamente duas grandiosas faixas...Aparecendo nestas as bandeiras da cidade e a do Estado de São Paulo.

A força do paulista

Na manhã de 12 de julho os paulistas e paulistanos adormeceram, querendo ainda continuar naquele sonho bom dos três dias anteriores. A festa, mesmo os que tenham dito que não possuiu nenhum caráter político, nem social, esta acabou influenciando gerações. São Paulo saía da festa como se tivesse ganhado a Revolução de 32, que tivesse reacendido a chama de seu espírito, que mostrou naqueles dias a força do seu povo.

São Paulo estava pronto para se colocar agora como a maior cidade do Brasil, dotada de arte, conhecimento, tecnologia, economia, comunicação e indústria... A maioria das emissoras de rádio e televisão se criaram ali e se difundiram mais ainda. A miscelânea dos povos mais ainda crescia. São Paulo começou a ser conhecido cada vez mais no exterior.

Nascia ali o ponto chave para a famosa rixa entre Rio de Janeiro e São Paulo. Nossa cidade não era mais uma cidade qualquer. Se transformava na capital econômica do país. O Rio perdia um pouco seu status, quando a capital se transferiu para Brasília em 1960.

E falando em capital é bom lembrarmos do presidente da época, Getúlio Dornelles Vargas. Este que 43 dias depois do final da festa, se suicidaria. Aquele 24 de agosto, conforme os historiadores brasileiros, era também conseqüência da mostra de grandeza dos paulistas perto de seu maior rival, o próprio presidente. Getúlio que foi culpado pela morte do M.M.D.C, pela forma humilhante que fez com que o paulista fosse taxado como "ovelha negra" do país. Mas o ano de 1954, do começo ao fim foi um acerto de contas. E Vargas não renunciou, não se dobrou até o final, preferindo morrer do que ser deposto pela segunda vez.

E terminamos esta homenagem, agradecendo a ajuda da Equipe do Canal 21, com seu programa "Festa de 9 de julho", que ajudou a completar e ordenar as informações que possuíamos, além de entrevistar personalidades importantes de São Paulo, que aqui foram citadas. E findamos esta coluna relembrando a grandiosa festa de 9, 10 e 11 de julho de 1954, com um dobrado que também fez parte dos festejos. Com vocês, "São Paulo Quatrocentão", de Mário Zan (também!). E até semana que vem!

"São Paulo,
Ó meu São Paulo,
São Paulo Quatrocentão...

 São Paulo,
Ó meu São Paulo,
Tu és o meu rincão! 

São Paulo,
Ó meu São Paulo,
São Paulo das tradições..."

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