Televisão
por Elmo Francfort Ankerkrone
Agosto 06, 2001
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SET / Broadcasting & Cable 2001
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Representando o Sampa On Line fui até o Centro de Convenções Imigrantes para saber mais sobre as novidades televisas...Aconteceram ali nos dias 1º, 2 e 3 de agosto a edição 2001 das feiras da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão) e da Broadcasting & Cable, que ocorreram ao mesmo tempo. O assunto em questão foi novamente a convergência do meio televisivo atual para o sistema de transmissão e capacitação digital, além de abordarem a influência da Internet em nossa televisão e sobre o constante crescimento de vídeos apenas para sites.
 
A feira contou com 50 estandes dos 80 que estiveram na edição do ano passado. Estavam lá presentes as maiores emissoras do país, as principais empresas que fabricam tecnológicos equipamentos para o meio (como a Sony e a Panasonic - de câmeras à computadores), além de empresas que fabricam unidades móveis, tripés e todo tipo de equipamento para "externas", assim como estandes de revistas televisivas, de cinema e rádio, até empresas especializadas em venda de "trilha branca" para emissoras (que não exigem direitos autorais para uso).
 
Para quem não sabe, a ABERT (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão) e a SET são responsáveis pelo projeto de implantação da TV digital no país. As emissoras já estão começando a se preparar para este novo acontecimento.
 
Vocês ainda estão perdidos sobre o que é a tal TV digital? É meio difícil explicar sem vê-la. A transmissão e a definição são totalmente nitidez, sem os famosos "pontinhos" que vemos nas televisões de hoje em dia. A qualidade supera a de um DVD e a linguagem televisiva mudará e muito, já que a TV digital possui um som perfeito como o de estúdio, a potência da luz dos estúdios terá que ser remedida já que a nitidez dará mais força ao que hoje ainda serve para "clarear os rostos" dos apresentadores. Como a tela é maior, nos estúdios as emissoras terão que se preocupar mais com seus cenários, já que o conceito de enquadramento será modificado e aparecerá muito mais do que imaginamos ver!
 
Assim como já acontece com os telefones, a transmissão muda de analógico para digital, dando alta definição (HDTV) e uma velocidade maior para o recebimento de imagens e informações. Com essa modificação as emissoras em VHF terão que passar em dez anos, como tudo está previsto para os canais UHF (do canal 14 pra cima...Imaginem quem se guia ainda hoje pelo número dos canais!). E além disso, os equipamentos das emissoras serão digitais, assim como os transmissores e a própria transmissão. Isso já estão fazendo por aí. Mudando do analógico para o digital, as emissoras poderão ter ao invés de um canal direito a duplicata do sinal (no mínimo), assim podendo existir além de informações extras sobre a atração (o que já acontece com o DVD), também uma Globo-1, Globo-2...O número de canais aumentará assustadoramente. O que fará diferença talvez será o capital econômico de cada emissora, que irá arcar com esta multiplicação de canais. Será algo fantástico e que deixará muita gente perdida no início. Mas logo tudo se ajusta.
 
O problema atual é que a ABERT/SET ainda não definiram o padrão de transmissão que o Brasil adotará: o americano, o europeu ou o japonês. Várias emissoras asseguram que o japonês tem melhor qualidade e menos problemas. Mas isto ainda está em estudo...Quando sair o padrão será dado a largada para a corrida da TV digital no Brasil. As emissoras farão ampla divulgação das mudanças!
 
O televisor digital, assim como os primeiros televisores comuns no Brasil, custa caro ainda. Mas aos poucos irá baratear o preço...A procura pelo televisor aumentará e a concorrência será responsável por esta diminuição no valor do aparelho.
 
E para vocês terem idéia de como será essa transmissão para o meio televisivo, mostramos aqui o que foi feito na primeira experiência com transmissão digital no Brasil, em 1999. Há uma equipe da ABERT/SET, junto com o Colégio Mackenzie que está bancando estas experiências. Vamos ao fato...
 
Em 1999 no laboratório do Mackenzie foi feito o início da transmissão dentro de uma estrutura conhecida como "Gaiola de Faraday", que faz isolamento de transferência nas pesquisas. O sinal passa para uma unidade móvel de recepção por vários lugares estratégicos da cidade de São Paulo para captar e medir os sinais digitais e analógicos. Enquanto isto, um transmissor analógico entrou em cena para enviar sinais de TV comuns. O mais potente e moderno transmissor coloca no ar um sinal de HDTV (High Definition TeleVision - "TV de alta definição") nos padrões americano, europeu e japonês. E aí, no bairro onde o meio televisivo nasceu (Sumaré), é instalado dentro da antena da TV Cultura (Av. Doutor Arnaldo) antenas especiais que transmitem sinais digitais e analógicos testando finalmente a transmissão, enviando sinais de imagem para o laboratório novamente. Futuramente o laboratório será mais um que assistirá a nova televisão que estará chegando ao Brasil nos próximos anos. Aguardem! Vamos ficar na torcida!
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