Governo do Estado quer transformar posto de saúde da Vila Mariana em centro de referência médica
por Vivian Palmeira
Janeiro 10, 2007

Há 40 anos o Centro de Saúde Lívio Amato, situado à rua Domingos de Moraes, é o principal complexo de assistência básica especializada da região da Vila Mariana. Agora, a Secretaria de Saúde do Governo do Estado pretende reformá-lo e quer ampliar suas instalações para que o posto se transforme em um centro de referência médica da zona sul da capital.

Segundo o assessor de imprensa da Secretaria de Saúde, Danilo Vicente, o posto de saúde já está passando por um processo de reorganização, que inclui o remanejamento dos atendimentos cirúrgicos e a renovação do quadro de profissionais do centro médico.

A população está apreensiva quanto à possibilidade de fechamento do Centro de Saúde, mas Danilo garante que “a unidade não será, de forma nenhuma, fechada”. Durante os trabalhos de melhoria, sem previsão de término, o posto manterá o atendimento básico e a farmácia de medicamentos de Alto Custo que existe no local, assim como o calendário de vacinação.

Os pacientes que necessitarem de atendimento em especialidades cirúrgicas devem encaminhar-se ao Posto de Atendimento Médico Santa Cruz, que fica na Rua Santa Cruz, 1181, a menos de um quilômetro do Centro de Saúde da Vila Mariana.

Atualmente são atendidas cerca de 7 mil pessoas por mês no posto da Vila Mariana. O que a Secretaria de Saúde pretende é ampliar o número de consultas. “O Centro de Saúde da Vila Mariana está passando por uma grande reforma que, embora possa causar certo transtorno neste momento, certamente contribuirá para melhorar e ampliar o atendimento médico aos pacientes da unidade”, explica Danilo.

O Centro de Saúde Lívio Amato opera por meio de parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e a UNIFESP/SPDM (Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina), recebendo alunos de graduação em medicina, fonoaudiologia e enfermagem.

Para o Sindicato dos Funcionários Públicos da Saúde (Sindsaúde) a medida do Governo do Estado é um indício do fechamento ou privatização da unidade.  Em novembro passado a direção do Centro de Saúde comunicou a liberação de transferências de funcionários e orientou para que procurassem outro local de trabalho, alegando que o posto passaria por reformas. “Se fosse apenas reforma, por que então a transferência dos funcionários?”, dizia o manifesto publicado no site do Sindicato.

Temendo o fechamento da unidade os funcionários se reuniram com a direção do Centro de Saúde, que não confirmou a informação.

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