Prefeitura aposta nas bicicletas para combater trânsito e poluição em São Paulo
por Bruno Meirelles
Setembro 17, 2007

A bicicleta, associada muitas vezes apenas ao esporte e ao lazer, pode se tornar também um importante  meio de transporte alternativo numa cidade como São Paulo. É esta a aposta da Prefeitura de São Paulo, que está investindo na criação de ciclovias e bicicletários, tendo como modelo cidades européias como Paris, cuja prefeitura lançou recentemente um programa de bicicletas públicas.

Segundo o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martinz Alves Sobrinho, as bicicletas podem ser uma alternativa para melhorar o trânsito caótico e reduzir a poluição na cidade. "Assumimos em 2005 a tarefa de apoiar e incentivar o uso da bicicleta aqui em São Paulo, e a primeira coisa que constatamos é que existem 250 a 300 mil pessoas que já usam a bicicleta todo dia. São trabalhadores pobres e estudantes".

Porém, ele acredita que podem ser feitos investimentos para disseminar ainda mais o seu uso na cidade. "Defendemos que o mais importante em São Paulo é o bicicletário. Ter o bicicletário nas estações de trem, metrô e nos principais terminais de ônibus viabiliza que a pessoa ande de 3 a 5 quilômetros, deixe a bicicleta em um lugar seguro, pegue o transporte público, trabalhe, estude, e volte no final da tarde para pegar sua bicicleta e voltar para casa. Já construímos um com o metrô na estação da Vila Guilhermina, e teremos mais um no Tatuapé e outro em Itaquera ", explica o secretário.

A Secretaria quer investir também na criação de ciclovias na capital. "São Paulo não tem ciclovias, mas desde 2006 começamos a ter mais recursos para trabalhar com as subprefeituras. Em Parelheiros, na Casa Verde, no Itaim Paulista, já estão em andamento a implantação de alguns quilômetros. E agora fechamos um acordo com o metrô para fazer uma ciclovia maior, que vai da estação de Itaquera até a estação do Tatuapé", explica o secretário.

Existe a possibilidade, inclusive, da ampliação do projeto de modo a fazer como em Paris, onde o cidadão pode utilizar seu cartão de transporte público para pegar uma das 20 mil bicicletas públicas disponíveis na cidade. "Estamos estudando qual a viabilidade técnica e financeira de colocarmos o aluguel das bicicletas aqui em São Paulo. Porém, lá eles usam aquelas bicicletas sem marcha, que é mais fácil a manutenção, e é menos alvo de roubo. Vamos ver se isso também é possível em São Paulo, que é uma cidade de ladeiras", finaliza.

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