Bares trazem transtornos aos moradores do Tatuapé
por Bruno Meirelles
Novembro 22, 2007

Moradores do Tatuapé encaminharam diversas reclamações a respeito dos bares da região, durante a reunião do Conselho Comunitário de Segurança local (Conseg), realizada no dia 21 de novembro.

Um morador da rua Euclides Pacheco explicou que "apesar de isolamento acústico eles deixam as portas abertas e o barulho é muito intenso. Todos os dias entre as 3 e 4 da manhã os funcionários e os donos saem fazendo o maior gritando, fazendo algazarra, e não adianta reclamar. Apesar de haver dois estacionamento, os freqüentadores dos bares e os próprios manobristas estacionam os carros nas portas das garagens. Quando chamamos a CET para guinchar os veículos, simplesmente o guincho não vem".

Uma moradora da Rua Cantagalo, alega que "a subprefeitura disse que fecharia os bares, mas eles estão a todo vapor. Até às 6 da manhã há ambulantes vendendo bebidas em isopor por toda a praça, e dogueiros continuam ao raiar do dia". E outra moradora da região completa: "a praça Sílvio Romero continua com um bando de baderneiros, drogados, bêbados, até o amanhecer do dia, às vistas da polícia que não toma nenhuma providência. Dogueiros ficam até a hora que querem. E sabemos que existem normas de horários".

Dagoberto Resende, presidente do Conseg, explicou que são os jovens vindos de outros bairros que costumam causar problemas na região. "O Tatuapé sofre com a emigração de jovens de outros bairros, principalmente bairros como Ferraz, Guaianases. Eles vêm de longe, a condução é o metrô. Eles vão pro Cabral, mas quando encerra, eles não tem pra onde ir, porque o metrô está fechado. Então eles vão pra porta dos shoppings, e ocorrem alguns assaltos. Os jovens ficavam em 10, 15 dentro do shopping, e pegavam alguns jovens, levavam para o banheiro, e roubavam celular, dinheiro, até chamar o pai e a mãe para vir socorrer. Era seqüestro relâmpago. O capitão com sua equipe já encerrou esta atividade. Na porta de shopping não tem mais".

Rogério Lopes, chefe de gabinete da subprefeitura da Mooca, afirma que os bares não dispõe de licença de funcionamento "Além da questão do alvará de funcionamento dos bares, você tem também a questão que na legislação exige que o estacionamento com que ele faz parceria, tenha o alvará de funcionamento também. Nós estamos combatendo isso com muita força, temos feito várias ações, temos multado tanto os valets quanto os bares, mas eles são reticentes e retornam. É uma lutado poder público contra esse pessoal".

Lopes confirma que a administração pública tem ações programadas para solucionar o problema. "Já foram feitas várias operações, várias multas foram dadas para todos esses bares. E estão sendo preparadas algumas ações fiscalizatórias de maior poder de ação em cima dos bares e dos dogueiros. A hora deles está chegando", finalizou.

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