Subprefeitura de Santo Amaro realiza sua primeira Plenária da Participação
Maio 19, 2005

Foi realizada ontem a primeira plenária de participação social da subprefeitura de Santo Amaro.

José Antônio Barros Munhoz, subprefeito de Santo Amaro, que qualificou como "surpreendente" a maciça presença da comunidade, enfatizou a importância da participação da comunidade na confecção do orçamento. Após comentar que no Japão os deputados passam 9 meses discutindo orçamento, e só legislam durante três meses, tamanha a importância do assunto, Barros Munhoz disse que aqui no Brasil "orçamento é quase uma peça de ficção, e isso motiva tantos contingenciamento de verbas e outras manobras". Barros Munhoz conclamou os presentes a lutar para "mudar essa realidade, para que a vida da cidade, do estado e do pais seja definida em uma peça chamada orçamento anual", e garantiu: "o que for deliberado aqui vai ser para valer".

Após a abertura do evento foi apresentado um filme narrando a situação que a nova gestão encontrou a subprefeitura de Santo Amaro, uma região de 37,5 km2, 219.000 habitantes, 98 bairros, 156 praças e áreas verdes, 577 Km de vias públicas, e 1.461 ruas e avenidas: "Há anos que não se compram veículos", afirmou o subprefeito, "e a frota está composta por veículos, equipamentos e máquinas sucateados". Barros Munhoz citou como exemplo que até a semana passada quatro dos seis basculantes da subprefeitura estavam parados . As praças foram encontradas abandonadas ("muitas ainda estão assim infelizmente, mas muitas conseguimos melhorar", disse o subprefeito), os córregos assoreados e cobertos de mato ("um perigo à saúde pública"), as avenidas cobertas de entulho despejado irregularmente, e o eixo histórico de Santo Amaro tomado por camelôs.

Quanto aos inúmeros buracos nas ruas e avenidas da região, Barros Munhoz afirmou que além da operação tapa-buraco em andamento a subprefeitura "vai começar a fazer recapeamento", e reconheceu que "as concessionárias públicas judiam muito de nossas ruas".

A região do Terço Bizantino é "o grande problema de Santo Amaro", segundo Barros Munhoz, "e nós precisamos encontrar uma solução". Outro problema "que atormenta o prefeito Serra" é a existência de "46 favelas, onde moram cerca de 7.000 pessoas, um drama quase inconcebível mas de difícil solução". A prioridade da subprefeitura serão as favelas Jurubatuba, do Buraco Quente e Morro da Macumba.

SAC

O situação do Sistema de Atendimento ao Contribuinte (SAC) também foi abordada pelo subprefeito: "Eu vou ser um subprefeito feliz a hora que não tiver mais SAC, ou, já que isso é praticamente impossível, o número for infinitamente menor do que é hoje", confidenciou Barros Munhoz, que explicou sua estratégia para atingir tal objetivo: "Nós queremos nos antecipar às reclamações do cidadão". Um dos exemplos da nova atitude é a atuação de um funcionário que toda noite percorre as ruas do bairro verificando onde falta iluminação, e aciona o ILUME que, em 72 horas, resolve o problema. As nova administração está, segundo Barros Munhoz, "dando prioridade total ao SAC".

O sistema vai ser reformulado na gestão José Serra. Barros Munhoz declarou ter ficado surpreso quando soube que os pedidos e reclamações do contribuinte não eram respondidos. "Nós vamos fazer a gestão do SAC", afirmou: "todos os SACs pendentes serão acompanhados, a aqueles sem resposta há mais de 30 dias "nós vamos buscar um a um", disse.

Obras

Barros Munhoz informou que o prefeito José Serra "deu luz verde para a construção do complexo viário Jurubatuba, já que não dá mais para depender da Ponte do Socorro". A avenida Nações Unidas também "será continuada, até a Nossa Senhora do Sabará, em direção ao Alvarenga". Esta obra começará, segundo o subprefeito, ainda este ano. O cruzamento das avenidas Interlagos e Sabará é considerado outro cruzamento crítico, que já está sendo discutido; Barros Munhoz afirmou acreditar que seja possível incluir a obra "no orçamento do ano que vem", e comprometeu-se a fazer "tudo o possível para fazer a obra em 2006". Outras obras lembradas pelo subprefeito foram o cruzamento da Av. Interlagos com a Av. Yervant Kissijikian, a duplicação da Av. Vereador José Diniz ("um projeto que será discutido com a comunidade mas não dá para ficar como está"), o prolongamento da Av. Chucri Zaidan, e a canalização de vários córregos: Poli, Zavuvus, e da futura Av. Yara, atrás do Credicard Hall. Barros Munhoz afirmou que sua administração fará um esforço para "eliminar, até final do governo Serra, todos os pontos de alagamento de Santo Amaro".

Ambulantes

Barros Munhoz afirmou que este é o grande problema do Centro de Santo Amaro, e reconheceu: "Não pode continuar como está, mas depois de cinco meses conversando com diversas entidades, até representantes dos ambulantes, fui ao Prefeito Serra e apresentei a proposta: não vamos eliminar os camelôs. Ha uma tradição, é sua presença é importante para Santo Amaro". Entretanto, a situação atual não pode continuar: "temos de acabar com a sujeira; não é possível a imundice que estamos vivendo",  afirmou: "Os próprio ambulantes concordam que a Rua Tiago Luz não pode ficar como está; em frente à Igreja, um prédio histórico, não pode continuar assim". A solução ao problema é "disciplinar esse comércio"; uma das alternativas é transferir os camelôs a áreas próximas à região central, como foi feito em alguns locais do centro da cidade, através da criação de popcentros. "Nós podemos conviver harmonicamente", segundo Barros Munhoz.

O futuro do Brasil

No encerramento do evento, Barros Munhoz vislumbrou o futuro sob administração do PSDB: "O Brasil de amanhã não será o Brasil de hoje. Nós construiremos um Brasil que não nos envergonhe, que seja um país a altura do seu povo, justo, próspero, humano, fraterno e sobretudo feliz".

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