Governo do Estado inicia projeto para recuperação do Rio Pinheiros
por Valéria Cintra
Dezembro 7, 2001

Leia também: Governo do Estado lança Projeto de Despoluição do Rio Pinheiros (Fevereiro 01, 2001)

Geraldo Alckmin O primeiro passo para a recuperação do Rio Pinheiros foi dado nesta sexta-feira, dia 7, com a assinatura do contrato firmado entre a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), vinculada à Secretaria de Energia do Estado, e a Petrobrás. O governador Geraldo Alckmin participou da cerimônia, realizada na Usina Piratininga, Zona Sul da Capital. Na foto à direita, observado pelo Secretário do Meio Ambiente, Roberto Tripoli, Alckmin assina o contrato. Abaixo, à esquerda, um buquê de flores entregues ao Governador, colhidas no Projeto Pomar.

Pelo contrato, a Petrobrás assume o custo e a responsabilidade da instalação de sete estações de tratamento de esgoto, pelo processo de flotação, com orçamento de cerca de R$ 130 milhões. Quando todas as estações estiverem funcionando, serão tratados 50 metros cúbicos de água por segundo.

Este projeto, além de despoluir o rio, vai trazer outros benefícios para a Região Metropolitana, como a melhoria da oferta e qualidade da água no Reservatório Billings, na Baixada Santista e Médio Tietê, além do aumento de geração de energia na Usina Henry Borden, em Cubatão.

O processo de limpeza será iniciado em janeiro de 2002. 'Acho que em oito meses, já deveremos ter os frutos do projeto. Nesta primeira fase serão investidos R$ 42 milhões e engloba seis quilômetros do Rio Pinheiros. Isso deve possibilitar um bombeamento de dez metros cúbicos por segundo e um aumento de geração de energia elétrica em Henry Borden de 59 MW', informou o governador.

Geraldo Alckmin Geraldo Alckmin Geraldo Alckmin
O governador Geraldo Alckmin, acompanhado pelo Secretário do Meio Ambiente, Roberto Tripoli (esquerda), observa um aquário com água do Rio Pinheiros antes do tratamento (ao centro, "e não é insul film", garantiu Tripoli) ) e após ser tratada pelo processo contratado (à direita).

Na segunda fase, o processo de flotação deverá ser utilizado em toda a extensão do rio e vai possibilitar geração total de 280 megawatts na Usina Henry Borden. A Petrobras terá direito ao uso de 50% do aumento de produção de energia possilitado pelo bombeamento. Os outros 50% serão utilizados pela Emae.

O governador destacou que, agora, inicia-se um círculo virtuoso. 'Tratamos o esgoto e o dinheiro gerado pelo aumento de geração de energia paga o tratamento do esgoto. Com isso, despolui-se o rio, melhora-se a qualidade da água da Billings e gera-se energia em Henry Borden no horário de pico. Quando estiver produzindo 280 megawatts, equivalerá ao consumo de uma cidade de 800 mil habitantes. Também haverá melhora no abastecimento de água na Baixada. São benefícios múltiplos feitos em parceria.'

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