O Capitão Djalma de Lima Santos (foto à direita),Comandante da 1ª Companhia do 22° Batalhão da Polícia Militar, afirmando que a PM "é transparente e não foge de sua responsabilidade", fez referência -na última reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Santo Amaro- à reportagem divulgada pela Rede Globo sobre atividades ilegais (bingo e máquinas caça-níqueis) nas imediações da Base Comunitária do Largo Treze de Maio. "A questão é extremamente complexa e a Polícia Militar, por ser ostensiva, está mais exposta e vulnerável na região porque ela aparece; está exposta a todo tipo de critica, reclamação e busca de responsabilização". Segundo o Cap. Djalma, é sabido que "no Largo Treze há pratica de contrabando, comercialização de mercadorias de procedência duvidosa ou ilícita sem Nota Fiscal, crimes federais e estaduais, tudo em função daquela desordem. A PM está na berlinda; [desta vez] a reportagem abordou o bingo, amanhã pode abordar CD pirata, ou produto contrabandeado".

Mas em função da reportagem, o Cap. Djalma comunicou aos seus superiores que o problema reportado "é a ponta do iceberg", e como resposta obteve  uma ordem para "fazer uma operação para para combater tudo o que é de ilícito ali". Convencido que "a repercussão [dessa operação] vai ser enorme", fez uma consulta ao alto comando da Corporação, e está aguardando a resposta. "Se a resposta for "Faz", a PM vai se estruturar, planejar e combater tudo o que for de ilícito ali", afirmou o comandante, mas "a PM não vai fazer essa operação sozinha; vai envolver todos os órgãos que tem o dever de atuar (Vigilância Sanitária, Receita Federal, Polícia Federal, Civil, etc.)".

Quanto ao policial entrevistado pela reportagem, o  Cap. Djalma considerou que "ele foi infeliz e entrou no jogo do repórter: jamais poderia ter dito que ele não podia tomar uma providência, sabendo ou não que estava sabendo uma gravação". O policial "responderá pelos seus atos, já que emitiu um parecer como profissional de polícia, e vai responder pelo que disse".

E o Governo Marta Suplicy, não faz nada?

Mais de três anos depois de assumir o comando do município de São Paulo, o que o Governo Marta Suplicy fez para combater a corrupção na região, principal bandeira de sua plataforma eleitoral? O Tenente Coronel José Carlos Carvalho, assessor do subprefeito de Santo Amaro, Prof. Benjamim Ribeiro da Silva, respondeu que qualquer ação para solucionar o problema "não pode ser singela porque a questão é de vida. Eu me reuni com todos esse lideres de camelôs, conversei com todos eles, mas enquanto não vier a força bruta isso não vai ser resolvido". Segundo Carvalho, "existe um movimento nos altos escalões da PMSP para passar essa missão à GCM (Guarda Civil Metropolitana)", mas ressaltou que "o confronto é mal para todo mundo; a gente passa por cima do joio e do trigo, mas depois é o trigo que vêm reclamar". A situação, que já se arrasta há muitos anos, "não é objeto da distração de nenhum órgão publico de Santo Amaro". Carvalho afirmou que "A intenção do subprefeito é de resolver, é de trocar o universo de fiscais, mas não consegue junto aos escalões aos quais está subordinado". 

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O Dr. Roberto Pavanelli, presidente da 102a. Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (Santo Amaro), também presente à reunião, disse que "nós temos no Largo Treze todos os tipos penais possíveis ocorrendo diariamente, é um assunto complexo e cuja solução depende de uma vontade política e portanto não se pode ter uma solução imediata". O Dr. Pavanelli expressou sua preocupação para passar "à coletividade que nós temos, por razões diversas, que justificar a ilegalidade e não combatê-la",

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