Prefeitura recebe a posse do Parque do Povo
Agosto 26, 2006

Poucas vezes se viu, em época de eleição, um palco como o montado para a cerimônia de cessão da administração do Parque do Povo à Prefeitura Municipal de São Paulo. Os ministros do Governo Lula (PT) Márcio Fortes (Cidades) e Nelson Machado (Previdência),  o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, (PFL), o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo (PSDB) foram unânimes em concordar com a afirmação de Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da Caixa Econômica Federal: "quando entes públicos como a Prefeitura e o Governo Federal fazem uma parceria, quem ganha é a população".

O terreno de 111 mil m², junto à ponte Cidade Jardim, uma das áreas mais nobres de São Paulo, pertence à Caixa Econômica Federal e ao Ministério da Previdência, mas era ocupado irregularmente havia mais de 20 anos. Um circo, um teatro e 11 clubes exploravam comercialmente o local, cobrando pelo uso dos campos de futebol. Bares, casas de shows e estacionamentos também funcionavam irregularmente na área do parque.

A posse do terreno facilitará o trabalho da Prefeitura, que pretende, segundo Kassab, concretizar "uma aspiração da cidade de São Paulo de quase 40 anos": transformar o Parque do Povo em um dos principais espaços de convivência da capital, que oferecerá atividades esportivas e de lazer gratuitas.

O arquiteto Roberto Aflalo, do escritório de arquitetura Aflalo & Gasperini, que doou o projeto urbanístico do parque, apresentou os detalhes da obra, destacando a preservação da vegetação e a construção de uma ponte que ligará o parque à estação da CPTM.

A cerimônia finalizou com o plantio de uma figueira (foto à direita) no local onde ocorreu a cerimônia.

Invasores ganham R$ 5.000,00

Cada uma das 93 famílias que construíram barracos e usufruíram durante 20 anos de um espaço público foi agraciada pela Prefeitura com R$ 5.000,00. Acharam pouco: queriam R$ 50.000,00. Foram, também, cadastradas pela Secretaria de Habitação para receberem novas moradias.

Dos estabelecimentos comerciais, só ficará o Teatro Vento Forte, que assinou uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura passará a oferecer atividades culturais à população.

O reconhecimento do trabalho cultural e educacional do Circo Picadeiro foi reconhecido pela Prefeitura, que cedeu à entidade uma área temporária na região do Butantã para continuar ali até que encontre um lugar definitivo para funcionar.

As demais construções, menos algumas ainda protegidas com liminares da Justiça, foram demolidas. A Prefeitura esperar derrubar todas as liminares ainda vigentes, para acabar com qualquer vestígio da invasão.

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