Reunião discute futuro do Parque do Cordeiro
Fevereiro 25, 2004

O Parque do Cordeiro, localizado na divisa dos bairros de Jardim Petrópolis e Jardim dos Estados, foi oficialmente criado em setembro de 2003 por decreto da então prefeita Marta Suplicy. A área de 34 mil metros quadrados, que já foi palco de invasões e disputas judiciais, passou a pertencer oficialmente à população desde então. Isso não quer dizer, no entanto, que os moradores da região estejam usufruindo e aproveitando as vantagens de se ter um parque perto de casa. A falta de funcionários, a inexistência de administradores e a precária infra-estrutura fazem com que o local permaneça fechado, sendo apenas utilizado esporadicamente em eventos especiais da comunidade.

Nesta Sexta-feira, dia 25, uma reunião na sede da Sajape (Sociedade Amigos dos Jardim Petrópolis e dos Estados) buscou definir as próximas ações a serem tomadas para que o Parque do Cordeiro se torne, efetivamente, um espaço público em benefício de toda a população da área. Representantes de associações de bairros, da Subprefeitura de Santo Amaro, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e da Coordenadoria de Participação Popular marcaram presença.

A confusão e os problemas gerados pela transição da administração municipal no começo deste ano não poderiam ficar de fora das discussões. "Por conta do atropelo do ano passado, a gente não teve tempo para sentar e discutir o projeto participativo", afirmou Marcelo Criscuolo, representante do Depave (Departamento de Parques e Àreas Verdes). "Estamos aguardando o começo da gestão para que seja dada uma continuidade", complementou ele. Essas afirmações foram corroboradas por Waldir Agostinho, técnico da Prefeitura responsável pela administração dos parques da zona sul, que disse ainda estar se familiarizando com a situação.

A inexistência de uma administração para o Parque do Cordeiro também foi amplamente discutida. "Não há cargo de administrador para o parque. Isso está na burocracia da Secretaria (do Verde e do Meio Ambiente) e não há previsão de uma solução", disse Paulo Rodrigues, representante da Coordenadoria de Participação Popular.

Por conta dessas dificuldades, o próprio Paulo Rodrigues propôs aos presentes que a administração do parque seja feita por uma das associações de moradores ou por um conselho de gestores. Dessa forma, os representantes da comunidade teriam maior autonomia de decisões e escapariam um pouco da burocracia da máquina pública, além de poderem buscar recursos junto à iniciativa privada.

A idéia, a princípio, foi bem recebida, o que não descarta, no entanto, a necessidade de discuti-la mais detalhadamente. Para o dia 03 de março está marcada uma nova reunião na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, afim de que os detalhes da eventual administração participativa sejam colocados em pauta.

[ Convide um(a) amigo(a) ] a ler esta reportagem

[ Imprima ] esta reportagem

Portal Sampa Online (http://www.sampaonline.com.br): o maior e melhor portal dos bairros da cidade de São Paulo