Subprefeitura de Pinheiros retira moradores de praças e canteiros
Dezembro 08, 2005
O Sr. José Otávio Soares de Mello, assessor do
Gabinete da subprefeitura de Pinheiros, informou, na última reunião do conselho
comunitário de segurança (CONSEG) do Itaim Bibi, que a Subprefeitura está
empenhada em retirar moradores de rua que ocupam praças e canteiros da região.
A ação foi resultado de inúmeras reclamações dos moradores do bairro. A Sra. Dinorah,
que mora frente à Praça na interseção das avenidas Santo Amaro e Juscelino
Kubitschek, relatou que a praça "foi invadida pelos carroceiros, e a freqüência
lá é terrível: eles fazem todas as necessidades fisiológicas na praça, há muitos
mosquitos". O Sr. Marcos Vinicius, que também mora na região, relatou que "à
noite a praça fica praticamente vazia, mas os ocupantes voltam ao redor das 05h
e ficam o dia inteiro por lá. Os cachorros latem o dia inteiro".
Pedinte: um bom negócio
O Sr. José Otávio disse que um levantamento efetuado nos moradores de rua da
região apontou que muitos deles residem em casas razoavelmente confortáveis em
municípios vizinhos. É o caso, por exemplo, de uma "moradora de rua" das
imediações da interseção da Avenida Henrique Schaumann com a Avenida Brasil: a
pedinte "tem casa montada em Cotia, com televisão e eletrodomésticos", mas durante a semana instala-se na
região, comandando um grupo de meninos de Cotia, que recruta entre famílias
carentes daquele município. O dinheiro que os garotos obtém dos motoristas lhe é
entregue, proporcionando-lhe um rendimento -após a distribuição de uma pequena
porcentagem do dinheiro arrecadado aos garotos- de aproximadamente R$ 700,00 por
semana. "Onde, em Cotia, ela conseguiria algo parecido?", questionou José Otávio.
Dê mais que esmolas. Dê futuro.
Dentro do programa São Paulo Protege suas Crianças, a Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social lançou recentemente a campanha “Dê mais que
esmola. Dê futuro.”, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para que não dê
esmolas às crianças e adolescentes que vivem e/ou trabalhem nas ruas. A ação de
dar esmolas mantém a pessoa na rua e impede que ela participe de programas
promovidos pelo governo. A campanha propõe que os recursos que generosamente a
população se dispõe a oferecer a essas crianças e adolescentes sejam
direcionados ao:
FUMCAD - Fundo Municipal da Criança e do
Adolescente
Banco do Brasil – ag. 1897-X - C/C – 5738-X
A contribuição pode, ainda, ser descontada do
Imposto de Renda, limitada a 1% (pessoa jurídica) e 6% (pessoa física).
Outra opção é contribuir diretamente com organizações sociais que trabalham de
forma séria e comprometida para tirar as crianças da rua e oferecer-lhes
proteção social.
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