Mercado Municipal de Pinheiros inova ao oferecer serviço de delivery aos moradores do bairro e regiões adjacentes.
O Mercado Municipal Engenheiro João Pedro de Carvalho Neto une tradição e modernidade
Por Joyce Ribeiro
Dezembro 13, 2004

O Mercado Municipal Engenheiro João Pedro de Carvalho Neto, localizado no  bairro de Pinheiros, era conhecido como "Mercado dos Caipiras" na década de 20. Comerciantes de cidades do interior de São Paulo, como Piedade, Sorocaba e Itu, expunham os produtos à venda no chão da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Por trazerem batatas, o local da antiga instalação do mercado, quando era ainda um galpão, ficou conhecido como Largo da Batata, onde hoje funciona um terminal de ônibus. Com a intensificação do movimento, em 1971, o mercado foi reinaugurado na rua Pedro Cristi, 89 pelo então prefeito Paulo Maluf.

Composto por dois andares, dois estacionamentos gratuitos com acessos por seis entradas, o mercado possui 52 boxes divididos em: avícolas, açougues, peixarias, mercearia, laticínios, sacolão de frutas, verduras e legumes, hortifrutas, casa de ervas, floricultura, lanchonetes e uma das duas únicas tabacarias existentes no bairro.
Lá ainda é possível encontrar duas tradicionais casas de aves vivas, que vendem pato, coelho, pomba, porquinho da índia, peru, galinha, além de aves incomuns, como o faisão coleira e ganinzé sedosa japonesa (de pele azul). "Setenta anos atrás, vendia-se porco e cabrito vivos aqui", conta Maria Cristina Stoianov, filha de um dos mais antigos proprietários no mercado de Pinheiros. Pássaros exóticos são também vendidos no local, como os agapones africanos que custam R$128, o casal. A grande 
novidade é o Pet Shop que fica no estacionamento aberto do mercado.

Um dos açougues vende carnes de animais silvestres por encomenda, como capivara, cateto (porco do mato) e javali. O quilo do pernil do javali custa R$26,50. "Carnes de 'segunda' não são vendidas devido à clientela exigente que freqüenta o mercado", afirma Valdir Almeida, gerente da ACOMERPI (Associação dos Comerciantes do Mercado de Pinheiros).

As casas especializadas em feijoadas oferecem produtos de primeira qualidade, o que atrai fregueses de outros locais, como Alphaville, Osasco e Itapecirica. "Vendemos 100 kg semanais de lingüiça de pernil e lombo, inclusive para gourmets", afirma o proprietário Osmar Camargo.Diariamente, 500 pessoas circulam pelo mercado, mas o movimento já foi bem maior na década de 80, quando não existiam os hipermercados na região. Para contornar o problema da concorrência, este 
mercado municipal oferece delivery aos clientes do bairro e regiões adjacentes, como Morumbi, Jardim Europa, Itaim e Vila Madalena. O serviço é gratuito. Basta ligar para um box específico e fazer o pedido. "Hoje, o mercado sobrevive das entregas em domicílio", revela o funcionário Paulo que desde 1961 acompanha as transformações no local.

Muitos moradores de Pinheiros não sabem da existência do mercado devido a sua localização. Encontra-se escondido atrás de um velho esqueleto de obra e circundado por imóveis antigos. "Estamos ilhados, o acesso de carro é complicado, o que prejudica a divulgação do estabelecimento na região", explica o gerente Almeida. No entanto, o lojista Osmar Camargo acredita que falta empenho da ACOMERPI: "Se trabalham pela segurança, pela manutenção da limpeza, devem também divulgar os serviços".

O mercado funciona de segunda à sábado das 8:00 às 18:00 horas. Para maiores informações sobre o Mercado de Pinheiros, o telefone da ACOMERPI é 3518-9096.

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