Perdeu o parque industrial do Jurubatuba e da Capela do Socorro, que já respondeu por mais de 40% de toda a força de trabalho da Capital nesse setor; perdeu a condição, que teve no passado, de maior pólo Turístico de São Paulo; perdeu pela balburdia de seu sistema viário que não acompanhou o enorme crescimento demográfico ocorrido aqui; perdeu em escolas, em lazer, em segurança e, com tudo isso, perdeu o povo daqui sua própria dignidade. 

Dois pontos pedem providências para revitalização de Santo Amaro: O primeiro se refere ao aspecto do complexo Industrial perdido da região do Jurubatuba e da Capela do Socorro. É necessário que se dê uma resposta rápida, através de implantação de políticas de incentivos que visem a retomada da fixação, nessas localidades, dessa importante fonte de geração de empregos, que é a Industria, melhor forma de colocar alimentos na mesa das pessoas. Outro ponto de suma importância para o Santamarense é a reurbanização do Centro de Santo Amaro, compreendido pelo Largo Treze de Maio e seu entorno. Sem prejuízo ao comércio informal ali instalado, que por problemas sociais maiores, tem que sobreviver, deve a Prefeitura, a nosso ver, procurar meios que possam propiciar uma convivência harmônica com essa atividade e o trânsito de pessoas pelos logradouros desse local. 

Deve-se encontrar uma forma de permitir que o cidadão readquira o direito de transitar por alí. Carece o Lago treze de Maio, até como proteção de seu maior monumento histórico, a Catedral Diocesana de Santo Amaro, de uma reurbanização que possa torná-lo prático e agradável, já que esse Largo é o berço de toda a nossa Região Sul. 

Roberto Pavanelli é advogado militante e professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de Santo Amaro. 

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