João Batista AraújoNovo delegado do 11º DP (Santo Amaro) priorizará o combate à violência na região.
por Vivian Palmeira
Março 09, 2007

Há pouco mais de dois meses no comando do 11º Distrito Policial de Santo Amaro, Dr. João Batista Araújo sente-se em casa. Ele morou na região durante quarenta anos, seus filhos estão registrados no cartório do bairro e foi no Distrito que agora comanda onde iniciou sua carreira.

Na última reunião do CONSEG (Conselho Comunitário de Segurança), realizada no dia 07, ele apresentou-se à comunidade e falou do seu interesse em combater a violência na região. “Tenho interesse que a segurança melhore por aqui tanto quanto os senhores, então espero poder ser útil a população”.

O delegado, que já atuou em vários distritos da cidade, como Campo Belo, Pinheiros, Tatuapé e Centro, se diz espantado com o número de ocorrências registradas na delegacia de Santo Amaro. “É a delegacia com o maior movimento que eu já vi. O número de ocorrências é absurdo”.

Um dos principais problemas da região são os roubos à mão armada, e principalmente os seqüestros relâmpago. O delegado diz que mesmo com o elevado números de prisões efetuado pela polícia, o número de ocorrências é tão grande que "dá a impressão que o trabalho que estamos fazendo é o de enxugar gelo".

Para combater este tipo de violência ele pretende iniciar ações nos locais onde houver o maior número de casos. Recentemente foram feitas intervenções na região da Chácara Santo Antônio que, segundos dados, apresenta grande número de incidências.

Dr. João ainda diz que priorizar o combate à violência não excluirá o combate a crimes menores. “Vamos começar com o mais grave até conseguir minimizá-lo e, a partir daí, começarmos então a combater os crimes menores”.

O Dr. João também pretende melhorar o atendimento às pessoas que comparecem no ao plantão. Explicou que os três computadores que atualmente registram Boletins de Ocorrência são insuficientes, e quando há um flagrante um dos computadores tem de ser dedicado exclusivamente a esse tipo de ocorrência. "Registrar um flagrante leva até duas horas, e durante esse tempo ao menos três policiais militares ficam retidos no Distrito. Quanto antes os liberarmos, mais rápido retornam ao patrulhamento das ruas", explicou. As falhas e a constante lentidão no sistema contribuem para aumentar a demora. "Quanto tínhamos máquinas de escrever, registrávamos um flagrante em 40 minutos", disse.

Ele disse saber que muitas coisas precisam ser melhoradas, e pediu paciência à população. Finalmente, o Dr. João colocou-se se a disposição para ouvir à comunidade: “Qualquer um de vocês que vier falar comigo, quiser trocar uma idéia, reclamar ou dar uma sugestão, pode me procurar na Delegacia. Eu estou à disposição”.

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