SPTrans e prefeitura explicam volume de ônibus no Itaim
por Bruno Meirelles
Novembro 14, 2007

Representantes da SPTrans e da Secretaria Municipal de Transportes compareceram à reunião do Conselho Comunitário de Segurança do Itaim Bibi (Conseg), realizada no dia 13 de novembro, para esclarecer à população local sobre o grande volume de ônibus que circulam no local.

O assunto havia surgido na reunião do Conseg do mês de outubro, ocasião em que os moradores reclamaram da presença de ônibus articulados no bairro. A moradora da rua Leopoldo Couto de Magalhães, Helen Marie, relatou à época que "entre as 7h30 e as 9h sofremos com 200 ônibus que transitam no local. Fora os 25 ônibus articulados da linha 106-A (Santana-Itaim) que as ruas do bairro não comportam. Além disso, na rua Prof. Geraldo Ataliba, frente ao Parque do Povo, só há lugar para que estacionam 4 ônibus articulados, mas geralmente há 6 ou mais estacionados".

Karl Marx Pacheco da Silva, assessor da Secretaria Municipal de Transportes, afirmou que as alterações de itinerário na cidade precisam ser pensadas com muito cuidado, pois afetam a vida de milhares de pessoas. "São 15.000 ônibus que fazem o transporte coletivo da nossa cidade, são 1.300 linhas aproximadamente, ou seja, é uma estrutura muito grande aonde nós temos que dar respostas para a população, seja de manhã para ele se poder deslocar para o trabalho em um período de tempo curto, e à noite, para para ele poder retornar para seu lar".

"A nossa cidade não está agüentando a quantidade e carros que estão entrando no dia a dia. Nunca se vendeu tanto carro zero. O transporte tem uma lógica. Há linhas que são chamadas de estruturais, que fazem grandes itinerários. Para que não tenhamos uma quantidade de ônibus cada vez maior na cidade, há necessidade de ter em determinadas linhas veículos articulados, em alguns casos bi-articulados, pra poder levar muita gente nos bairros. Chegando lá, aí sim, entram nos veículos menores, porque eles conseguem circular de maneira mais rápida. Nesse caso da linha 106-A existem estudos. Nós temos que buscar atender a nossa população que não tem carro. Não podemos deslocá-las três quarteirões para tomar o ônibus para retornar para o seu lar", completa ele.

O representante da SPTrans, João Carlos Crozariollo, explicou a mudança do ônibus convencional para o articulado nessa linha, e a baixa freqüência de passageiros no Itaim. "A Leopoldo Couto de Magalhães passou um período intenso de obras, há um ano e pouco atrás. Naquele momento alteramos o itinerário da linha pela Faria Lima e Juscelino. Foi um problema serio para nós, a freqüência da linha explodiu. Ela tem um carregamento alto, sim, tem vários pontos de embarque e desembarque. Só que quando chega aqui no Itaim, ela está perto do ponto final e já desembarcou os passageiros, e eu preciso de um local para colocar essa linha. Eu não posso fazer uma linha circular, voltando daqui para Santana. O operador tem que parar, ele precisa parar. Mas podemos reanalisar o problema da Leopoldo".

"Tivemos uma demanda há um ano e meio atrás na Tabapuã, entre a Renato e a São Gabriel, pelo volume de ônibus. Tivemos solicitações da comunidade para reduzir o volume. Aí a gente viu que era possível fazer isso, porque tinha ali uma demanda de ônibus que ia para a Brigadeiro Luís Antônio, e uma outra que ia para a Av. Santo Amaro. Era possível alterar essas linhas pela Renato naquele trecho, para as linhas que vão pra Santo Amaro. Com isso, a gente agilizou a linha, melhoramos a freqüência. Então, não é um problema só da Renato. A Tabapuã também tem problemas, a Joaquim Floriano", finalizou ele.

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