Presidente da Sociedade Hípica Paulista promete sossego aos vizinhos do Brooklin.
Dezembro 18, 2001

Representantes do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) do Brooklin, da Sociedade Amigos do Brooklin Novo (SABRON) e vizinhos da Hípica (foto à direita), reuniram-se com Carlos Jorge Loureiro, presidente da Sociedade Hípica Paulista desde Janeiro de 2001, para discutir diversas reivindicações da vizinhança quanto a incômodos causados direta ou indiretamente pela instituição. 

Marcio Luiz da Costa, chefe de gabinete da Administração Regional de Santo Amaro, que incentivou o encontro, abriu a reunião ressaltando que a Hípica é "uma instituição centenária, que tem um papel importante na preservação ambiental da Z1, já que é uma área verde preservada", e expressou que a presença da Hípica "é benéfica para o Brooklin", manifestando que intenção da Prefeitura é "procurar um entendimento entre a Instituição e os moradores de modo a equacionar uma convivência".

Carlos Jorge Loureiro, dizendo que se lá não estivesse a Hípica "poderia ter uma coisa até pior, como um supermercado", reconheceu que há "reclamações que tem mais sentido e reclamações que tem menos sentido, mais profundidade e menos profundidade", mas alertou que em alguns casos há um "componente emocional" na reclamação. Confrontado com as queixas dos vizinhos quanto a perturbação de sossego noturno durante as  festas organizadas na Hípica, Loureiro mostrou aos presentes um laudo técnico elaborado por um perito que demonstra que no dia 10 de novembro, data de realização de um evento que perturbou a vizinhança, o ruído estava dentro de limites toleráveis em quatro pontos de medição, sendo menor ainda que o barulho de um carro passando na rua. 

"O que eu mais gostaria é dizer: olha, a partir de hoje não tem mais nenhuma festa, o Clube não está sendo mais alugado (ouça); acabaria com a reclamação dos senhores e acabaria com a reclamação dos sócios", afirmou Loureiro, explicando que "as festas já estavam contratadas quando a atual diretoria assumiu em Janeiro deste ano, e estão sendo realizadas em função do déficit operacional do clube". Mas Loureiro tranqüilizou os presentes afirmando que a partir de 2002 o número de festas vai diminuir, em função de uma decisão da atual diretoria: aumentar o preço do aluguel em 50% e impor restrições à realização de eventos. "O clube também se sente incomodado quando dá essas festas", afirmou Loureiro.

Por último Loureiro comprometeu-se a respeitar, nos eventos a serem realizados, os limites de ruído estabelecidos pela Lei (o que diz a Lei?). Esta decisão começará a vigorar já no evento previsto para o dia 19, e para garantir seu compromisso Loureiro ordenou que o gerente da Hípica efetuasse a medição do som na janela da casa dos reclamantes presentes à reunião (como determina a Lei) e em mais alguns outros pontos do bairro.

Uma nova reunião para discutir o assunto foi programada para a segunda quinzena de Fevereiro.

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