Chácara Santo Antônio dá lição de cidadania e mostra que é possível, sim, 'Fazer a Diferença'
Outubro 27, 2001

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Prof. SergioNo "Dia de Fazer a Diferença", um evento de mobilização para causas sociais em diversas regiões do planeta, centenas de voluntários tomaram as ruas da Chácara Santo Antônio e trabalharam para embelezar o bairro. 

O Prof. Sergio Audician, idealizador e coordenador do projeto 187 quarteirões, agradeceu a todos os que participaram e colaboraram durante o evento, e disse que "o Dia de Fazer a Diferença é uma pequena semente plantada que poderá ser regada com nossas ações durante o ano inteiro. Cinco palavras chaves foram vivenciadas nesse dia: amor, perseverança, solidariedade, união e gratidão a Deus".

D. Sônia, diretora do JOCAM, disse, durante a cerimônia de abertura, que "é possível fazer um mundo melhor, e vamos mostrar para São Paulo o que é fazer presença".

O Eng. Nerilton do Amaral, Administrador Regional de Santo Amaro, parabenizou os participantes, enfatizando que a participação da comunidade eleva a qualidade do trabalho realizado pela Prefeitura.

Carlos Milaré, Coordenador da Ação Comunitária da Chácara Santo Antônio, que organizou o evento, disse que "esta ação de cidadania não tem paralelo em lugar nenhum, e espero que sejamos um exemplo para toda a cidade de São Paulo, e que sejamos multiplicadores dessa ação, e que cada dia de nossas vidas, não só hoje, nós façamos a diferença".

Os(as) protagonistas

Milagre! Uma coluna sem anúncio de "Compro Ouro"! Graças a Elenir, Cristiane, Eliana e Mariana, da Accenture, e Claudia, da Indoor. Isami e Sônia embelezaram as colunas, já livres de lambe-lambe.
Leandro, 22 anos, e sua mensagem: "As crianças de hoje são a luz da salvação". Daniela, 12 anos, que mora no Condomínio Vila das Rosas, pintou o Muro dos Sonhos.
Natália (17), Daniel (18) e Bruno (18) capricham no traço para que a vovó não pergunte "O que é isso?" Viviane, 16 anos, deixou sua mensagem registrada no muro do Hospital Infantil.
Diana, 13 anos, com seu pet Gaia, Lalita e Ralf colocaram suas habilidades artísticas a serviço da comunidade. Lalita disse que o local era, antigamente, uma escolinha, e foi a primeira escola de Diana. Lorenzo, Fernanda, Regina e Toni, da Accenture, contribuem para decorar o muro do Hospital Infantil. "É muito legal!", afirma Lorenzo. "Se cada um fizer sua parte, a gente consegue melhorar a cidade inteira", diz Toni, que trabalha na Chácara e mora no Morumbi, e gostaria que no seu bairro houvesse um evento similar.
Na esquina da Alexandre Dumas com a Vitorino de Morais, Francisco Carlos Valenta e dona Silvia também contribuem para deixar sua vizinhança mais bonita. Natan limpou a coluna bem em frente de sua casa
Maria Isabel, Anselmo, Cecília, Cláudia e Gabriel aportaram seu trabalho voluntário para embelezar o bairro. Eliana Tramontano, Mariana Americana, Claudia Yamamoto, Isami Watanabe, João Luis Rodriguez e José Roberto limparam e pintaram o muro do Posto de Saúde da Rua Alexandre Dumas.
Miguel, sob o olhar atento do seu pai Eduardo e de sua avó Maria, confecciona um fantoche, de acordo com as instruções de Evanice (esquerda). Em uma das oficinas ministradas por excepcionais, Ana Paula recebe instruções de Antônio Paulo, enquanto Francisco (à direita) transmite seus conhecimentos na arte da marcenaria.
Paula e Catarine recebem instruções de Suzana (à esquerda) na oficina de pintura de azulejos. Alisson, da Tropis, conduziu uma oficina sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Gláucia (16) e Mariana (16), que cursam o segundo ano do segundo grau na Escola Sabóia de Medeiros, pintaram com esmero, junto a outros colegas da Escola, o muro da Eletropaulo
Integrantes do grupo escoteiro Borba Gato, sediado no Jocam, até dormiram no local para não perder um minuto só do evento. Na foto, Bruno, Nicolas, Natalie, Flávio, Michele, Guilherme, Fabiana, Maíra, Bianca, Sabrina, Sirlei, Cristina, Edson, Ricardo, Regina, Andressa, Sônia, diretora do JOCAM, e Quico, a abóbora de Halloween. A cerimônia de abertura, no Jocam

MilaréCarlos Milaré (foto  direita) não escondia sua satisfação ao finalizar o evento, que, segundo sua avaliação, reuniu, durante o dia, mais de mil pessoas. "O importante que hoje centenas de pessoas da comunidade que não se conheciam, algumas das quais moram na Chácara há trinta anos, se conheceram, e isto é algo que a comunidade pede muito: união, integração".

Haverá mais um evento? "Nós não podemos dizer quando vai ser; é a própria comunidade que vai dizer. Talvez aí pelo começo do ano que vem a gente tenha surpresas".

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