Barulho provocado pelo Colégio Anhembi Morumbi incomoda a vizinhança
Junho 2006

Sou vizinho do Colégio Anhembi Morumbi há mais de dez anos e desta vez, depois de mais uma das suas festas juninas, resolvi escrever na pretensa idéia de que eles talvez não saibam como se sentem os moradores do entorno da escola. Além da educação formal, acho que toda escola hoje em dia pensa em dar também noções de cidadania a seus alunos. Participar da coletividade, ajudar outras pessoas ou contribuir para a melhoria do bairro -e, conseqüentemente, da cidade e do país- é também um meio de crescer e realizar-se.

Assim nos situamos no universo, percebendo que vivemos numa coletividade que depende dos atos de cada um dos seus membros, ou seja, de cada um de nós. É como um grande motor em que a menor engrenagem precisa funcionar adequadamente para o bom desempenho do todo.

Voltemos à festa junina. Será que não há um único educador nessa escola que perceba o desrespeito com a coletividade, a falta de cidadania, o péssimo exemplo que é uma festa barulhenta, chata, e ainda por cima com pessoas que têm o microfone nas mãos que cometem os piores erros gramaticais, massacram a língua e os ouvidos dos outros?

Todo ano se repete e não entendo como é que ninguém percebe... Desta forma eles preparam o aluno para ser um futuro desrespeitador de seus vizinhos, o egoísta clássico que quer que o mundo se lixe, desde que ele possa se sentir feliz e barulhento o quanto quiser. É esta a educação que eles querem dar aos seus filhos? É este o mundo que eles querem?

Eu não, definitivamente não. Gostaria sinceramente que todos meditassem sobre isso.

M.F.N.