Projeto de adaptação de calçadas beneficiará moradores do Brooklin
Abril 08, 2002
por Glaucia Noguera

O trecho do Brooklin localizado entre as avenidas Vereador José Diniz e Santo Amaro e entre as ruas Laplace e José dos Santos Júnior ganhará cara nova e trará conforto e novidades para os pedestres. Já está em fase de licitação na Regional de Santo Amaro o projeto de adaptação das calçadas para deficientes e idosos. "O principal objetivo é facilitar o acesso dos portadores de deficiência, crianças e idosos", contou Joaquim Marinho Neto, membro da diretoria do Clube dos Lojistas do Brooklin (CLB) e um dos idealizadores do projeto.

A idéia inicial de implantação das normas técnicas para o acesso de deficientes foi apresentada pela Federação das APAEs, entidade que engloba as 287 unidades da associação espalhadas pelo estado de São Paulo. "Nós havíamos conseguido que um projeto parecido fosse colocado em prática na cidade de Batatais e a nossa idéia era estendê-lo para a capital", disse a presidente da Federação das APAEs, Laís Moura Sala Malavila. Como ela também mantém um comércio no Brooklin, a união entre a CLB e as APAEs não demorou a acontecer. "A Laís nos contou essa história de Batatais e nós compramos a iniciativa", completou Joaquim.

Com idéia na cabeça, o passo seguinte foi colocá-la no papel. Nesta etapa, houve ajuda da Escola Politécnica e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Alguns alunos voluntários analisaram o espaço e, depois de 4 meses, montaram dois projetos: um ideal e um viável, como gosta de definir Joaquim. "O ideal seria que todos os equipamentos urbanos fossem instalados em estações subterrâneas, mas isso, por enquanto não possível. Por isso, adotamos o projeto viável que prevê a construção de rampas de acesso e a inclusão de uma faixa verde em todo o perímetro da calçada". Esta faixa seria arborizada e nela seriam instalados os postes e um piso podotáctil, que alertaria os deficientes visuais que dali ele não pode passar.

O projeto foi apresentado na Secretaria Municipal de Obras e, depois de aprovado, a responsabilidade passou para as mãos da Regional de Santo Amaro, que deverá iniciar a implantação dentro de três ou quatro meses. "Estamos tentando abreviar esse prazo, mas tudo depende da licitação".

O projeto visa principalmente atender às necessidades dos deficientes, mas todos os pedestres serão beneficiados, já que está prevista a eliminação de tudo aquilo que possa ser obstáculo à circulação nas calçadas, incluindo todos os equipamentos urbanos como postes de iluminação e fiação. "Isso vai bem ao encontro da missão da APAE. Nós não temos preocupação somente por atender os portadores de deficiência, mas trabalhar na prevenção de acidentes com os pedestres. Este projeto diminuirá o risco de que a pessoa sofra algum tipo de lesão enquanto anda na calçada", acrescentou Laís.

Além disso, a promessa de embelezar a região vem sendo bastante aguardada. "Tudo isso foi muito bem planejado e daqui quatro ou cinco anos, quando as árvores já estiverem grandes, poderemos ter uma idéia melhor", acrescentou Joaquim.

Os idealizadores do projeto não acreditam que os pedestres irão enfrentar algum tipo de dificuldade para se locomoverem nas calçadas durante a execução das obras, que devem durar de 20 a 30 dias. "Na construção das rampas de acesso, por exemplo, há possibilidade de passar pelo lado. As calçadas serão modificadas por trechos e não haverá problemas", disse Joaquim.

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