Empresários e Comerciantes de Campo Grande discutem criação de entidade representativa.
Dezembro 10, 2002

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Cerca de 50 comerciantes, empresários e lojistas da região de Campo Grande (foto à direita) reuniram-se ontem para discutir a criação de uma associação representativa. Cientes da gravidade da atual conjuntura econômica, os empresários concordaram que "está muito difícil sobreviver isolado, e unir-se é fundamental". Clique na foto para ampliá-la.

Uma das motivações que levaram os empresários a associar-se foi o crescimento da região, de aproximadamente 15% ao ano. Guilherme Avary de Campos, um dos empresários que promoveu o encontro, estimou que ao finalizarem as obras dos dezoito empreendimentos imobiliários atualmente em construção, quase 5.000 novas famílias mudarão para a região até o final do próximo ano.

Oferecer segurança aos usuários do comércio local foi também uma das preocupações. Carla Casale, vice-presidente do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) de Campo Grande e uma das organizadoras da reunião, destacou a importância de estudar alternativas em conjunto para garantir o bem estar dos clientes.

Três pessoas foram convidadas a relatar sua experiência na criação, marketing e associação a uma entidade representativa de empresários.

Aurea L. de Alexandria Weber, da Independent Language Schools Association (ILS), uma associação criada em Junho deste ano que congrega escola independentes de inglês, relatou aos presentes sua experiência na criação da entidade que preside. Entre as vantagens obtidas com a criação de associação, segundo Áurea, destacam-se a união, a economia de escala, capacitação, lucratividade e aumento de competitividade.

O Sr. Louis Chilson, que coordena o marketing da ILS, explicou os conceitos de marketing aplicáveis a este tipo de entidade. O grande problema de uma associação, segundo o Sr. Chilson, reside no ser humano. O associativismo é um caminho de duas mãos, é importante que os associados podem pensar o que podem fazer pela associação, e não só ao contrário. Finalizando, o Sr. Chilson destacou o papel de liderança dos presentes: "O grupo pioneiro é o que faz a cabeça dos outros".

O Sr. Lúcio Sardinha, diretor da UP Language Consultans, transmitiu sua experiência como associado da ILS. "Há 2 formas de ganhar dinheiro: vender mais ou gastar menos", disse o Sr. Lúcio: "a Associação orienta nos dois aspectos". Uma associação só nasce "quando todos acendem a luz ao mesmo tempo", afirmou o Sr. Lúcio, que garantiu aos presentes que "quem se associar não venderá  menos do que venda hoje; talvez não venda mais, mas vai ter a possibilidade de vendar mais". Por último, o Sr. Lúcio alertou os interessados em associar-se que devem estar dispostos a " gastar algum dinheiro para apostar, e dedicar um pouco mais do seu tempo em prol dos outros". Mas, segundo sua experiência pessoal, o resultado é positivo: a associação propicia fazer novos amigos, e "os negócios surgem". 

Sencler Fiorentin, gerente de atendimento à pessoa jurídica da agência Chácara Flora do Banco do Brasil, que atende a ILS, explicou aos presentes que o banco que representa, assim como qualquer outro banco, vê com interesse especial o nascimento da associação, devido ao aumento potencial de sua carteira de clientes, e ofereceu taxas e juros menores, assim como atendimento especializado. No caso da ILS, explicou que apesar da diferença de faturamento entre os associados à entidade, a agência oferece "isonomia no tratamento, mesmo para quem fatura 500 mil ou 20 mil". Dificilmente qualquer um dos associados conseguiria, individualmente, vantagens tão expressivas quanto as obtidas pela associação.

A grande maioria dos participantes aderiu com entusiasmo à criação da Associação de empresários e lojistas da região de Campo Grande. Foi decidida a formação de uma comissão que estudará o estatuto inicial, e marcada uma reunião para o dia 22 de janeiro, quando será efetivada a criação da nova entidade.

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