A comissão de Finanças da Câmara Municipal de São Paulo, cujo presidente é o  vereador Milton Leite (PMDB), e seu relator o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PL), produziu uma proposta de orçamento cujo principal objetivo é inviabilizar a administração da cidade de São Paulo no primeiro ano de mandato do prefeito eleito José Serra (PSDB).

Remanejamento
Os mesmos vereadores que aprovaram, durante a gestão Marta Suplicy, um índice de 15% (equivalente a cerca de R$ 2,15 bilhões), decidiram agora fixar um índice de remanejamento de 5% (algo em torno de R$ 750 milhões). Acima disso, o prefeito eleito terá de pedir autorização à Câmara. Segundo o jornal Folha de São Paulo, esta é uma demonstração de força de membros da bancada do PMDB e do PTB e do PL, entre outros, "habituados a fabricar dificuldades para vender facilidades" e para os quais "o interesse pessoal está acima do interesse público".

Diminuição da verba da CET
A Companhia de Engenharia de Trânsito, vital para o controle do caótico trânsito da cidade, teve sua verba diminuída de R$ 195 milhões para R$ 145 milhões. 

Diminuição da verba de obras
A verba das obras na avenida Jacu-Pêssego, na zona leste, foi reduzida de R$ 34 milhões para R$ 9 milhões.

Diminuição da verba de manutenção de pontes e viadutos
Os recursos para a manutenção de pontes e viadutos diminuíram de R$ 45 milhões para R$ 4,5 milhões, uma redução de quase 90%.

Diminuição da verba de manutenção da Guarda Civil Metropolitana
A verba de manutenção foi reduzida de R$ 5,1 milhões para apenas R$ 176 mil. 

Diminuição da verba para realização do Grande Prêmio de Fórmula 1
Os recursos para a realização do Grande Prêmio de Fórmula 1, no autódromo de Interlagos, foram reduzidos quase à metade.

Aumento da verba da própria Câmara
A verba do Legislativo, que neste ano era de R$ 215 milhões, passou, na comissão, para R$ 260 milhões.

Aumento do subsídio do transporte
O subsídio ao transporte coletivo (a tal "gratuidade" do bilhete único, entre outras coisas) foi elevado de R$ 280 milhões para R$ 340 milhões. 

Esta proposta deve ser votada em dois turnos. Segundo explicou à redação do portal Sampa Online o Vereador José Rogério Farhat (PTB), que votou a favor, a primeira votação é simbólica: "É depois da primeira votação que os vereadores se movimentam para produzir o orçamento definitivo", a ser votado em segundo turno. Mas por que o índice de remanejamento proposto é só de 5%? O Vereador Farhat  explica: "No orçamento deste ano garantimos, junto com outros vereadores, recursos para as obras de canalização do Córrego Invernada, no Campo Belo. Só que Marta Suplicy remanejou a verba e mais uma vez a obra não foi executada. Nós queremos que as propostas dos vereadores sejam contempladas".

Confira como votou seu vereador.
Sim indica que seu vereador votou a favor do orçamento com as medidas explicadas acima.

[ Convide um(a) amigo(a) ] a ler esta reportagem

[ Imprima ] esta reportagem

Portal Sampa Online (http://www.sampaonline.com.br): o maior e melhor portal dos bairros da cidade de São Paulo