Em uma mão, dona Elaine Cristina Del Sasso Fernandes segura a guia para a coleira. Na outra, leva um saquinho de supermercado no qual recolhe as fezes de Joy, um yorkshire de cinco anos. Moradora das proximidades da Av. Eng. Luís Carlos Berrini há três anos, ela é exemplo para aqueles que têm o hábito de levar os cachorros para passear: antes mesmo de ser sancionada a lei municipal que torna o dono responsável pela limpeza da sujeira do animal, ela já era adepta da "sacolinha". "Eu tenho ódio de pisar nisso por aí, então acho que não custa nada fazer isto", disse.

Como é criado em apartamento, os passeios na praça Cel. Gentil Falcão são os únicos momentos de liberdade para Joy. Dona Elaine acredita que a responsabilidade para recolher as fezes do animal seja a mesma adquirida ao ter um filho. "Não tem motivo para ter nojo. É a mesma coisa que fralda de bebê: depois que você tem um filho, tem de trocar a fralda. Isso não tem jeito".

Mãe de dois filhos, um de 19 e outro de 16 anos, dona Elaine confia que eles seguirão seu exemplo, caso venham a ter um cachorro futuramente. Mas ela reconhece que será difícil conscientizar grande parte da população sobre a importância da limpeza das vias públicas. "Acho a lei da Marta Suplicy válida, mas acredito que não vai pegar. Sabe como é o brasileiro, né? Eu acho que é uma questão de educação", comentou.

E você? Acha que Lei ( leia ) vai "pegar"?

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