Base Comunitária de Segurança na Berrini deve ficar pronta o final do ano.
Projeto agilizará o trabalho da Polícia Militar
Glaucia Noguera
Abril 19, 2002

A Base Comunitária de Segurança que será construída na Praça Gentil Falcão ainda não tem previsão de funcionamento, mas vem sendo considerada a solução para parte dos problemas de segurança na região da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. "Essa base adquiriu mais importância depois da notícia da construção das vias que interligarão as avenidas Berrini à Faria Lima e a Água Espraiada com a Imigrantes. Um número bem maior de pessoas passará pela Berrini diariamente e precisamos desse reforço para a segurança. Acredito que estaremos inaugurando até o final do ano", disse o comandante da 4ª Companhia, Capitão Salvador Madia.

Para a Polícia Militar, a nova base também terá função estratégica. Como a sede da 4ª Cia está localizada no outro extremo da região, na Avenida 4º Centenário, as operações e troca de turnos seriam agilizadas. "Hoje, uma região nunca fica sem policiamento porque a troca de turnos é feita em horários diferentes. Mas mesmo assim, o caminho que ele tem de percorrer é relativamente grande. A partir do funcionamento da base, os policias não terão de vir até a sede e a mudança de turno será mais rápida", disse.

O projeto foi concebido há cerca de três anos, mas só agora deu sinais de que irá mesmo sair do papel. O principal entrave foi aprovar uma iniciativa da Polícia Militar, órgão de responsabilidade de governo estadual, em um local mantido pela prefeitura de São Paulo. Há vinte dias, o Capitão Madia se reuniu com o Administrador Regional de Santo Amaro, Nerilton Antônio do Amaral, que concordou em ceder o espaço. "Se não montarmos uma base ainda neste ano, estaremos correndo risco de nunca mais conseguir instalar um projeto deste tipo na Berrini, que é um dos corredores que mais cresce em São Paulo. É só se basear no exemplo da Avenida Paulista: hoje não existe mais espaço para se construir nada por lá", lembrou o comandante de 4ª Cia.

O aumento da população flutuante é uma das principais preocupações da Polícia Militar para a região. Segundo as autoridades, alguns crimes novos, como o roubo de notebooks, passaram a atingir os usuários desta via e a concentração de executivos é um chamariz para os assaltantes. "O aumento do número de carros parados nas ruas próximas também é um grande atrativo", comentou o Cap. Madia.

A construção da base terá patrocínio da iniciativa privada que mantém escritórios na Berrini e, com esta ajuda, as autoridades responsáveis esperam aumentar o alcance do projeto. "Gostaria de ter uma base modelo e já foi até citada a possibilidade de instalação de câmeras nas ruas para auxiliar no trabalho da polícia", completou.

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