Auto Posto Safári, no Brooklin, é interditado e gerente é preso
Junho 26, 2007
O prefeito de São Paulo determinou nesta
segunda-feira (25/06) a interdição do Auto Posto Safári, que fica na avenida
Padre Antônio José dos Santos, no Brooklin, Zona Sul de São Paulo. Equipes do
Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis, da Secretaria Municipal de
Habitação) e da Subprefeitura de Pinheiros constataram que o estabelecimento
tinha um tanque clandestino que estocava gasolina adulterada suspeita de ser
comercializada, não dispunha de licença de funcionamento e não atendia normas de
segurança. Além de lacres, o posto foi fechado com malotões (blocos de concretos
de uma tonelada) e multado em R$ 850 por não ter alvará e em R$ 1.090 por não
tê-lo fixado em local visível. Após a descoberta da gasolina adulterada, o
gerente do estabelecimento foi preso em flagrante e encaminhado à 2ª Delegacia
Fazendária.
"Mais um posto é interditado pela ação da força-tarefa da Agência Nacional do
Petróleo (ANP), Prefeitura e Governo do Estado. Vamos continuar nesta cruzada",
afirmou o prefeito. "É muito importante a participação do paulistano. As pessoas
precisam denunciar sempre que houver suspeitas de que um posto comete
irregularidades. Não pode haver venda de combustível adulterado. Temos que zelar
pelo direito dos paulistanos e dos proprietários de veículos", defendeu o
prefeito.
Atendendo à denúncia anônima, fiscais da Prefeitura flagraram que o posto tinha
fiação exposta e extintores vencidos, o que compromete a segurança do local.
Segundo o secretário municipal de Habitação, os técnicos suspeitaram de botões
na parede, escondidos atrás de um balcão. Dessa forma descobriram uma válvula
reversora, que serve para alternar gasolina normal e gasolina adulterada do
tanque clandestino que serve as bombas de combustível que abastecem os veículos.
Funcionários utilizaram uma britadeira para encontrar o tanque clandestino, que
estava encoberto por concreto. A gasolina encontrada no tanque clandestino tinha
47% de álcool, enquanto o percentual permitido pela ANP é de 22% a 24%.
O tanque clandestino é utilizado para enganar a fiscalização. Enquanto o tanque
regularizado armazena combustível normal, o outro estoca o adulterado. Quando os
fiscais chegam, a válvula reversora é acionada para que as bombas sejam
abastecidas com gasolina dentro dos padrões da ANP, frustrando a ação de
fiscalização.
O posto interditado tem a marca BR (Petrobrás), mas não vende combustível da BR
Distribuidora. A ANP investiga se havia comercialização entre congêneres - ou
seja, venda de gasolina entre postos, que é ilegal - e infidelidade de bandeira.
A ANP já havia interditado o estabelecimento no mês passado por vender gasolina
adulterada, mas o posto foi reaberto depois de atender todos os requisitos
exigidos. A força-tarefa de combate à adulteração de combustível já interditou
113 postos em São Paulo.
Para o prefeito, o combate ao comércio de combustível adulterado será auxiliado
por legislação que autoriza a retirada das bombas de combustível dos postos
flagrados cometendo o crime. A medida impede que violem os lacres e voltem a
funcionar. A nova legislação foi recentemente aprovada na Assembléia Legislativa
e só espera a sanção do governador do Estado. "Espero que nos próximos 45 dias
tenhamos o convênio assinado com o Sincopetro para retirar os equipamentos",
informou o prefeito. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo
de São Paulo (Sincopetro) ficará responsável pela guarda dos equipamentos.
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Fonte: Secretaria de Comunicação da Subprefeitura de São Paulo
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