Terrenos ocupados ilegalmente se transformarão em parques para Santo Amaro
Abril 05, 2002
Glaucia Noguera

Santo Amaro deverá ganhar, em breve, dois novos parques. A notícia foi dada pelo Administrador Regional de Santo Amaro, Dr. Antônio Nerilton do Amaral, na última reunião do Fórum de Defesa Permanente de Santo Amaro, realizado nesta quinta-feira. As áreas de lazer serão montadas em dois terrenos da prefeitura, hoje ocupados por terceiros ilegalmente. "É um absurdo uma pessoa invadir uma área pública e nunca pagar nem IPTU nem qualquer outro importo. Queremos que esses locais sejam passados definitivamente para a comunidade". O primeiro terreno está localizado no cruzamento das ruas Visconde de Porto Seguro e Vigário João de Pontes e o segundo, entre a rua Breves e a Avenida Vicente Rao.

"A defesa do patrimônio público está sendo intensificada. Criamos na Regional de Santo Amaro um Departamento de Áreas Públicas e fizemos o levantamento de vários locais que são mal utilizados ou estão invadidos", disse Nerilton. O terreno localizado na esquina das Ruas Visconde de Porto Seguro e Vigário João de Pontes (foto à direita), por exemplo, foi comprado pela prefeitura em 1891, como medida de proteção dos mananciais de Santo Amaro, mas desde 1985 é usada ilegalmente. Quem passa em frente pode constatar que há funcionários de uma empresa imobiliária morando no local. "Já ouvi falar que esse terreno vale R$ 200 milhões", acrescentou Nerilton.

A Regional de Santo Amaro não terá de dispensar um alta verba para a criação destes novos parques. Em uma parceria com os moradores do local, ficou acertado que o prefeitura será responsável pela retirada do entulho e a população, pela capinação.

O projeto também estende a utilização dos espaços ocupados ilegalmente não só para o lazer, mas também para a construção de casas populares. "Havia uma proposta de instalar um condomínio popular em uma área invadida na rua Roberto Cardoso Alves. Mas isso está parado e nossa intenção é retomar".

Nerilton também foi questionado sobre o destino das famílias que hoje moram na favela da Avenida Água Espraiada, mas que terão de sair dali por ocasião das obras de prolongamento da pista. "Temos um projeto de construção de 8.500 casas populares. Não será nem favela, nem Cingapura", completou. 

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