Roubo de notebooks aumenta e atinge executivos. Saiba como se prevenir
Glaucia Noguera
Abril 08, 2002

Um novo tipo de ocorrência vem sendo registrado com maior freqüência nas regiões comerciais de São Paulo. Trata-se de roubos de notebooks, os computadores portáteis cada vez mais comuns entre os executivos, e o Itaim, nos trechos próximos à Avenida Juscelino Kubitschek, tem sido uma das áreas visadas pelos assaltantes. "Este era um tipo de ocorrência que não existia até que os ladrões descobriram que um equipamento destes tem um grande valor comercial", explicou o delegado titular do 15º Distrito Policial, Dr. Alexandre Saião.

A polícia de São Paulo ainda não contabilizou o número de casos de roubo registrados, mas com base nos depoimentos prestados pelas vítimas chegou-se a conclusão de que os novos infratores agem de maneira parecida. O roubo geralmente é cometido em dupla e a bordo de uma motocicleta. Eles se aproximam e rendem a vítima no momento em que esta espera para atravessar a rua. "Normalmente o garupa está armado e age enquanto o outro espera na moto. Depois, eles fogem no meio do trânsito e a perseguição torna-se muito difícil", completa o Dr. Saião.

Além de levarem vantagem na fuga, no momento do assalto muitas dessas motos estão com a placa encoberta, dobrada ou, simplesmente, sem placa, o que torna ainda mais difícil a identificação dos criminosos.

Outro desafio para a polícia é encontrar uma maneira de identificar os notebooks roubados, já que eles não saem de fábrica com um número de série. "Nos carros, temos os chassis; nos relógios Rolex, também há gravado um número de identificação. Mas com os notebooks isso não existe". Além disso, eles chegam ao Brasil importados dos mais diversos países e até por meio de comércio ilegal.

Com essas dificuldades, ainda não há como saber qual é o destino da maioria dos computadores roubados. Acredita-se que eles sejam ofertados por um preço bem abaixo do mercado e abasteça o comércio ilegal na cidade. Portanto, desconfie dos notebooks em "promoção" vendidos sem nota fiscal ou garantia técnica. "Se um aparelho custa x e está sendo vendido por metade de x é lógico que há algo de errado nisto", recomendou o Dr. Saião.

Mas segundo ele, a mentalidade dos compradores atualmente é outro empecilho para o trabalho policial. "As pessoas estão interessadas em fazer bons negócios e não ligam mais para as questões morais. Muitas vezes, o indivíduo sabe que comprar um aparelho eletrônico original por um determinado preço não é possível, mas nem liga para o fato de que possa ter sido fruto de um assalto. Se não existisse receptador, não haveria esse tipo de delito", completou.

Saiba como diminuir o risco de ser assaltado:

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