Serviço Funerário divulga a arte dos cemitérios
da cidade
Novembro 14, 2001
O feriado prolongado é uma boa opção para o paulistano poder visitar, ao ar
livre, obras de escultores como Victor Brecheret, Galileo Emendabili, Enrico
Bianchi, Leopoldo e Silva e outros. Os artistas produziram diversas esculturas
para os cemitérios da Consolação, São Paulo e Araçá, e o Serviço Funerário
Municipal está apresentando aos moradores da cidade a importância cultural
desses locais.
Os cemitérios, verdadeiros museus da cidade de São Paulo, estão abertos
diariamente, inclusive aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h. O
Serviço Funerário também realiza cursos, uma exposição itinerante - hoje
fixada na estação de metrô Sé -, e publica catálogos e um livro fotográfico,
apresentando as obras de arte existentes no Consolação, tal como o Père
Lachaise, em Paris ou o Recolleta em Buenos Aires, cemitérios que recebem
milhares de visitantes o ano todo.
História
Entre as opções, o cemitério da Consolação
tem o maior conjunto de esculturas, numa área de 76,34 mil metros quadrados
com muita área verde, tranqüilidade e cultura bem no centro da cidade.
Com cerca de 130 mil sepultamentos e 8.200 concessões, fundado em 10 de julho
de 1858, o local foi inaugurado como Cemitério Municipal, nome que conservou
por alguns anos. A fortuna de muitas famílias que residiam na capital atraiu
para São Paulo artistas estrangeiros, principalmente italianos, entre os
quais escultores, já consagrados na Europa, artistas que viram na arte de
ornamentar túmulos uma oportunidade de ganhar dinheiro. Na São Paulo dos
grandes barões do café, juristas e políticos, a morte era tratada de forma
mais poética e filosófica e fortunas foram gastas para enterrar seus entes
queridos em templos de mármore, bronze e granito.
Escultores brasileiros, inspirados na arte tumular, foram estudar na França e
na Itália com mestres famosos. Daí a execução de trabalhos de valor artístico
na necrópole (o que na época dava um status social às famílias),
transformando-o em verdadeiro museu ao ar livre, como ainda hoje se constata.
No cemitério da Consolação estão enterradas importantes personagens da
história da cidade e do país. Exemplos não faltam: os escritores Monteiro
Lobato, Mario e Oswald de Andrade, Afonso Arinos; a pintora Tarsila do Amaral,
os presidentes Campos Sales e Washington Luiz, a marquesa de Santos e a
pianista Guiomar Novaes, entre outros.
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