PUCRS dá continuidade Série Ato Criativo sobre Vitor Ramil

Novembro 20, 2020

No dia 23 de novembro, segunda-feira, às 21h, a PUCRS Cultura realiza a terceira live da série de conversas com o cantor e compositor Vitor Ramil que revisitam os seus 40 anos dedicados à música. Este terceiro encontro tem como assunto os discos e criações do artista nos anos 2000. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do canal da PUCRS no YouTube e conta com a mediação do diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena.

Os anos 2000

Logo no início dos anos 2000, em 2003, participou como conferencista no seminário Porto Alegre, un autre Brésil, em Genebra na Suíça, onde falou sobre as discussões da estética do frio, que viria a ser lançado como livro pouco tempo depois com edição bilíngue em português e francês. No início de 2004, Ramil começou a compor as canções que fariam parte de seu próximo trabalho. Longes, seu sétimo álbum, foi lançado nesse mesmo ano e trouxe algumas características em comum com o trabalho anterior: foi gravado em Buenos Aires, novamente pelo produtor Pedro Aznar e com a banda formada por argentinos e brasileiros.

Ainda em 2004, foi lançado o livro A estética do frio – Conferência de Genebra, também editado pela Satolep. Em 2005, Ramil retomou o show intitulado Borges da Cunha Vargas Ramil, dedicado exclusivamente à milonga, que tinha sido realizado com sucesso em 1999. Desta vez, para acompanhá-lo, chamou o violonista argentino Carlos Moscardini, que viria a ser seu parceiro no disco Délibáb.

Satolep sambatown, lançado em 2007, é um disco assinado em parceria com o percussionista carioca Marcos Suzano, que poucos anos antes havia feito uma temporada de shows com Ramil no Rio de Janeiro e havia participado da gravação de Longes. O disco, fruto desta parceria, foi gravado no Rio de Janeiro e editado pelo selo MPB Discos com distribuição pela Universal, o que também ajuda a explicar seu maior alcance. O trabalho conta ainda com uma parceria e a participação do músico e compositor uruguaio Jorge Drexler e novamente, traz três regravações de canções lançadas em discos anteriores.

O ano de 2008 foi marcado por fatos importantes na carreira de Ramil: viagem à Colômbia para cantar e falar sobre a estética do frio; lançamento do livro Satolep, que vinha sendo escrito há oito anos, e participação, como escritor, na FLIP; o livro Satolep foi ainda um dos finalistas do Prêmio Jabuti; recebeu o Prêmio Tim de Música (posteriormente transformado em Prêmio da Música Brasileira) como melhor cantor pelo voto popular por Satolep sambatown.


Crédito: Ana Ruth Miranda

Sobre o mediador

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).