Paulista Cultural

Abril 24, 2019

A iniciativa pioneira, organizada pela Casa das Rosas, Centro Cultural Fiesp, IMS Paulista, Itaú Cultural, JAPAN HOUSE São Paulo, MASP e agora Sesc Avenida Paulista, que se junta à equipe nesta edição, engloba atividades voltadas ao teatro, à música, às artes visuais, à dança, à literatura, à fotografia e à gastronomia, além do cinema.

Dia 28 de abril, entre 10h e 20h, cada uma das sete instituições preparou uma programação especial para receber o público, além de abrigar atividades de outra. A ideia é proporcionar uma imersão cultural ao longo de toda a avenida, que estará aberta para pedestres, como é de costume aos domingos. Assim, cada pessoa poderá montar seu próprio roteiro e ter a oportunidade de conhecer novos endereços, além de se surpreender nos espaços já conhecidos. O Itaú, apoiador desta edição da Paulista Cultural, irá disponibilizar suas bikes com gratuidade no dia do evento, em parceria com a Tembici.

Nesta edição, Centro Cultural São Paulo, Cidade Matarazzo, Blooks, Museu do Futebol, Cine Reserva Cultural e Blue Note juntam-se às instituições parceiras do ano passado – CINEARTE Conjunto Nacional, Espaço Cultural Conjunto Nacional, Espaço Itaú de Cinema, Instituto Cervantes, Livraria Cultura, Paulista Viva e Teatro Gazeta. Todos os apoiadores também preparam uma programação especial para o evento.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO NO MASP

As atividades propostas pelo museu dialogam com o eixo temático ao qual o MASP se dedica em 2019, as histórias das mulheres, histórias feministas. O objetivo é apresentar diferentes trabalhos protagonizados por mulheres para um público diverso, de todas as idades.

L.E.V.A. - Laboratório Experimental de Vivências Artísticas
Durante a oficina, os participantes serão convidados a criar máscaras de papel inspiradas na festa boliviana Diablada. A Diablada é uma dança popular da cidade de Oruro, na qual o público se veste com máscaras de “diabo”, que na mitologia andina representa Supay, o deus dos minerais. No período da colonização espanhola na Bolívia, a dança passou a simbolizar a rebelião de indígenas trabalhadores de minas de carvão contra a imposição da religião católica e o trabalho forçado determinado pela coroa espanhola. Projeto dos artistas e educadores Gina Dinucci e Marcio Marianno, a proposta do L.E.V.A é proporcionar oficinas lúdicas de arte, com criações a partir de diferentes materiais e suportes.

Horários: 11h e 13h30
Duração: 1h30
Capacidade de até 40 pessoas

Circo di SóLadies
Idealizado por Tatá Oliveira e Lilyan Teles, o Circo di SóLadies surgiu em 2013 a partir de inquietações em relação à desigualdade de gênero e da percepção de que o espaço da mulher no campo da comicidade e da linguagem do palhaço ainda era pequeno. Em 2016, após dois anos de apresentações e intervenções, juntaram-se às duas as artistas Kelly Lima, Vanessa Rosa e Verônica Mello. É um circo feito por mulheres -- palhaças, atrizes, musicistas, pesquisadoras, feministas e realizadoras --, mas que busca atingir todos os públicos, com um repertório que brinca com o improviso e com o jogo cênico.

Horários:12h30 e 15h
Duração:1h30
Capacidade de até 30 pessoas

Coletivo Meio Fio
Trata-se de um grupo multidisciplinar de intervenção urbana, formado por Carol Stoppa, Fernanda Damigo, Ieda Yamasaki, Nara Rosetto, Keka Carrara, Raquel Santiago e Renata Laureano, além de colaboradores. Por meio da costura, o coletivo pretende ligar presente, passado, pessoas e memórias. Com o uso de técnicas tradicionais de crochê e bordado, os encontros são uma forma de resistência ao tempo acelerado da cidade. Como a participação do público é parte integrante da obra, a criação feita na atividade, de caráter coletivo, só fica clara ao final.

Horários:12h30 e 15h
Duração: 1h30
Capacidade de até 30 pessoas

Feminicidade
Na oficina no MASP, participantes vão trabalhar em cartazes ao estilo lambe-lambe como ferramenta de expressão e interação com o cenário urbano. Além de uma contextualização histórica sobre o uso -- artístico e político -- desse tipo de produção gráfica em diferentes partes do mundo, o público será estimulado a criar, coletivamente, a partir da experiência das participantes, e pensando na condição da mulher na sociedade. Após a produção dos cartazes, participantes poderão colá-los no espaço da oficina. O coletivo Feminicidade atua para resgatar o sentido original do Dia Internacional da Mulher, com o objetivo de gerar reflexões sobre as conquistas feministas e o caminho que ainda precisa ser percorrido na luta por direitos iguais e pelo protagonismo feminino.

Horários:15h e 17h
Duração:1h30
Capacidade de até 30 pessoas

IMS no MASP

Luna Córnea - Paisagem e Memória
Luna Córnea é uma grande câmera escura desmontável, desenvolvida a partir de uma lente com profundidade de foco variável. Além de ser capaz de demonstrar os mais amplos princípios formadores das imagens é ainda suficiente para reproduzi-los em escala natural. O projeto tem o objetivo de criar condições de acesso e diálogo sobre a produção de imagens.

Horários:12h, 13h, 14h, 15h e 16h
Duração: 30 minutos
Capacidade de até 12 pessoas

PALCO NO MASP
capacidade: 250 pessoas

Yma
15h30 às 16h30

Nascida em São Paulo, a cantora, compositora e artista visual tem formação erudita, mas transita pelo pop. No início deste ano, lançou seu primeiro álbum, chamado Par de olhos. Sua banda é formada por Uiu Lopes (baixo), André Araújo (guitarra), Leon Perez (teclas) e Marco Trintinalha (bateria). Em seu show, apresentará as músicas do disco, como Shake It, Sun and Soul, Colapso Invisível, Pequenos Rios e Vampiro, o single mais conhecido.

Marcelle Equivocada
17h às 18h

Neste segundo disco, que leva o nome artístico da cantora, Equivocada, a artista mergulha em seu universo particular com a ajuda de Dustan Gallas (produção, arranjos, teclado e guitarra), Samuel Fraga (bateria) e Zé Nigro (baixo e responsável pelo Estúdio Navegantes, onde o trabalho tomou forma). Em suas composições, apresenta influências do rock nordestino, que ganhou a cena musical nos anos 2000, e tem como principal expoente a banda Cidadão Instigado. Sergipana, Marcelle hoje mora em São Paulo e é também integrante do grupo Olympyc.

Triz
18h30 às 19h30

Novidade do rap nacional, Triz identifica-se como transgênero não binário, ou seja, que não se encaixa em feminino ou masculino pois apresenta características particulares de ambos os sexos. Nascido e criado no bairro periférico da Pedreira, zona sul de São Paulo, ficou conhecido após lançar, em 2017, seu primeiro single, Elevação Mental, que traz a causa LGBT como tema principal. Desde o início de 2018, trabalha na criação de um repertório autoral inédito. Suas influências são ecléticas e incluem nomes como Sabotage, Cartola, Bob Marley e Elis Regina.

Coletivo Bandida
16h30 às 20h

Idealizada por Rafaela Andrade, a Bandida, antes de ser uma festa, é um grupo de mulheres que buscam protagonismo feminino nos “line-ups” da vida. O evento no MASP irá mesclar gêneros como bass, funk, tecnobrega e hip-hop, entre outros. O intuito do coletivo é abrir espaço para mulheres mostrarem seu trabalho e estimular os cenários musicais já existentes a valorizar o talento de produtoras, grafiteiras, fotógrafas, etc. O grupo é formado por Duda Bernardez, Leticia Martinez, Tatiane Boury e Jéssica Pauline, além de Rafaela Andrade.

Classificação etária: livre