MAM São Paulo oferece novos roteiros de visitas educativas virtuais

Setembro 15, 2020

A partir do dia 15 de setembro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo promove três novos roteiros virtuais de visitação inspirados nas exposições de Antonio Dias, Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM - 20 anos e roçabarroca de Thiago Honório (também disponíveis no Google Arts & Culture).

Atualmente, o museu conta com duas visitas educativas virtuais disponíveis, sobre o Jardim de Esculturas e o painel d'Os Gêmeos. A ação faz parte do Programa de Visitação do museu, realizado pelo MAM Educativo, que oferece, desde o início do período de distanciamento social, uma programação fixa e recorrente de encontros virtuais, mediados pelos educadores.

As visitas ocorrem às terças e quintas-feiras, às 10h30, e quartas e sextas-feiras, às 14h30, por videoconferência, mediante agendamento prévio e disponibilidade. Os encontros são destinados às escolas e/ou grupos acima de 10 pessoas. Os interessados podem agendar a atividade pelo e-mail educativo@mam.org.br.

Visita Virtual ao Jardim de Esculturas do MAM

O Jardim de Esculturas é o acervo permanente a céu aberto do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Sua importância perpassa décadas de aprendizado sobre conservação, mediação no espaço público e ocupação do Parque. Nesta visita virtual, a educadora conduzirá a visita remotamente, compartilhando propostas de leitura de obras e de experiências poéticas relacionadas às esculturas.

Projetado por Roberto Burle Marx para receber obras da coleção do MAM, o jardim de esculturas foi inaugurado em 1993 e abriga 30 esculturas numa área de 6 mil metros quadrados, sendo um dos principais acervos brasileiros expostos a céu aberto.

Visita Virtual ao Painel d'Os Gêmeos

Em 2010, a entrada do MAM foi repaginada. O público passou a ser recepcionado pelos seres e cenas coloridas e inusitadas criados pelos grafiteiros Os Gêmeos. A parede entre a porta de acesso e a Sala de Vidro transformou-se, com a intervenção da dupla, em ponto de visita obrigatório no Parque. A obra, além de ser instigante e atemporal, contribui para atrair ao museu pessoas de diversos lugares, idades e culturas.

Visita Virtual inspirada na exposição "Antonio Dias: derrotas e vitórias"

Figura de singular trajetória na arte contemporânea brasileira, Antonio Dias (1944 - 2018) é autor de uma obra multimídia, carregada de engajamento social e político, e de ironia e sensualidade. A mostra reúne obras emblemáticas, muitas delas raramente exibidas, todas advindas do acervo pessoal do artista.

"Ao falecer, em agosto de 2018, Antonio Dias reunira uma coleção das próprias obras que recobria toda sua trajetória artística. O conjunto compunha-se tanto de peças de que ele nunca havia se separado, como de outras recompradas de terceiros para quem tinham sido vendidas. Tratava-se, pois, de uma representação de si mesmo intencionalmente construída, mantida e guardada", explica o curador.

O título da exposição - Antonio Dias: derrotas e vitórias - remete à gravura que o artista criou para os 20 anos do Clube de Gravura do MAM, em 2006, e deriva de imagens de um filme homônimo. As pinturas, desenhos, instalações e filmes que compõem a mostra revelam, também, temas existenciais recorrentes na pesquisa do artista e conferem o caráter testemunhal à sua obra. "Portanto, a coleção que ele formou de si mesmo é uma síntese única, tanto pelo percurso que organiza ao longo das várias fases, como pela declaração dos valores éticos norteadores de sua arte", conclui o curador.

Visita Virtual inspirada na exposição "Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM - 20 anos"

Colecionar arte é a possibilidade de olhar por um viés fascinante para a diversidade humana. Logo, os museus e suas coleções são espaços democráticos que fomentam a reflexão, a convivência das diferenças, o debate sem dogmas e a formação de repertório. Tendo este foco, o Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo foi criado em 2000. Ao completar agora 20 anos e 21 edições, a mostra reúne obras de 107 artistas que passaram a integrar o acervo do museu e também as coleções particulares de centenas de pessoas que fazem ou fizeram parte do Clube nessas duas décadas. Olhar em perspectiva as imagens que formam o acervo do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM é uma oportunidade rica e original de conhecer a história recente do país contada por fragmentos que, quando conectados, são capazes de representar múltiplas camadas da nossa cultura, dos anseios e das fraturas de uma democracia que luta por se firmar, da singular beleza natural de seu povo, das possibilidades semânticas da fotografia em espelhar nossa complexidade.

Visita Virtual inspirada no Projeto Parede "roçabarroca" de Thiago Honório

O Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta a instalação roçabarroca (2018/2020), do artista mineiro Thiago Honório, no Projeto Parede - espaço entre o saguão de entrada do MAM e a Sala Milú Villela. Para a instalação, o artista mineiro reveste as duas paredes que cercam o corredor do Museu com taipa de mão e pau a pique, entrelaçando ripas e toras de madeiras com galhos recolhidos no Parque Ibirapuera e vigas de bambu amarrados por sisal ou cipó.

O título da obra vem do livro e do poema "Roça barroca", ambos da poeta e tradutora Josely Vianna Baptista (1957). Ao unir as duas palavras, a grafia explicita elementos presentes na instalação, como roça, oca, oco, barro e barroca.

Em roçabarroca, o artista homenageia duas figuras importantes em sua trajetória: Maria Boaventura de Souza, sua avó materna, que viveu em uma casa de pau a pique no interior de Minas Gerais; e Maria de Fátima Boaventura de Souza Andrade, sua falecida tia, que em 1978 registrou a casa em fotografias. Esses mesmos registros levaram Honório a criar, agora, uma fotomontagem, que foi a maior referência para a construção da obra.


Crédito: Biela Piston

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições abrem-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Serviço
Terças e quintas-feiras às 10h30
Quartas e sextas-feiras às 14h30, por agendamento.
Para agendamento em outros horários, verificar a disponibilidade.
Plataforma: as visitas online são realizadas por videoconferência. O link de acesso pode ser disponibilizado em até 1h antes da visita. Caso o grupo tenha preferência por alguma plataforma específica, o mesmo ficará responsável pela disponibilização do acesso em até 1h antes da visita.
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