Festival Afreaka promove arte e cultura africanas

Junho 01, 2016

Resultado de um trabalho iniciado em 2012, pela jornalista Flora Pereira e o designer gráfico Natan Aquino, que percorreram 15 países da África em busca das mais diferentes expressões culturais, o Coletivo Afreaka apresenta, entre os dias 1 e 25 de junho, a 2ª edição do Festival Afreaka: encontros de Brasil e África Contemporânea. Extensa e gratuita, a programação chega a diversos espaços, quatro deles da Secretaria Municipal de Cultura.

A iniciativa é multidisciplinar e visa romper os estereótipos sobre a África presentes no Brasil e promover o diálogo de representantes da cultura de raízes afro-brasileiras com artistas e intelectuais contemporâneos do continente africano. A programação reúne palestras, debates, mostras de cinema, exposições de arte, feira de empreendedorismo negro, dança, música, grafite e outras atrações.

A abertura do evento acontece no dia 1º, na Sala Olido, com a mesa “Áfricas - O fundo tradicional do mundo contemporâneo”, em que participa o escritor e historiador Pathisa Nyathi, do Zimbábue, que é também consultor da Unesco para a Comissão Nacional de Patrimônios Culturais Intangíveis. Já no dia 14, a mesa “África e diáspora - Diálogos do feminismo negro” reúne a filósofa e blogueira brasileira Djamila Ribeiro e representantes da FEMRITE, organização feminista de Uganda. A programação na Olido conta ainda com a palestra “Interpretações africanas - Literatura e experiências”, no dia 16, com Wole Soyinka, professor, poeta, ensaísta e dramaturgo nigeriano, ganhador do prêmio Nobel de literatura; no dia 21, é a vez de “Mídias e ferramentas sociais digitais para empoderamento negro”, com a criadora da rede Ubuntu, Monique Evelle, do Brasil.

Dez países serão representados no Festival: Moçambique, Angola, Zimbábue, Nigéria, Quênia, África do Sul, Gana, Gâmbia, Uganda e Egito. Além deles, há trabalhos de artistas do Benim, Congo, Camarões, Etiópia, Togo, Tanzânia, entre outros. Este ano, o Festival cresceu na diversidade de linguagens abordadas, assim como expandiu seu perímetro. O foco agora é a descentralização: além do Centro Cultural Olido, Centro de Pesquisa e Formação do Sesc e Novotel Jaraguá; no centro, recebem programação os Centros Culturais da Penha e de Cidade Tiradentes, na Zona Leste, e o Centro Cultural da Juventude, na Zona Norte. Além disso, entram na programação, pela primeira vez, atrações de música, teatro e dança. O espetáculo “Yebo”, da Gumboot Dance Brasil, é o destaque de dança e será apresentado dia 11, no Centro Cultural da Penha Brasil. A inspiração para a coreografia vem da gumboot dance, uma forma de dança criada no século 19 pelos trabalhadores das minas de ouro e de carvão da África do Sul.

Serviço

2º Festival Afreaka
Data: de 1 a 25 de junho
Locais: Galeria Olido, Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, Novotel Jaraguá, Centro Cultural da Penha, CFC Cidade Tiradentes e Centro Cultural da Juventude.
Grátis
Mais informações

Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/noticias/?p=20157